Parte 53

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Depois de ter refletido por uns poucos minutos tomei a minha decisão. E falei para o médico.

— Se tem algo que eu sei sobre uma mulher que espera um bebê é que não existe ligação mais forte que a que os dois têm, hoje cedo a Néria me contou que será uma menina e eu pude sentir a felicidade dela apesar da angústia. Então se a bebê ainda está viva tudo o que eu posso pedir é que os senhores a preparem para ser transferida para a melhor clínica do país. Eu não vou sacrificar a minha filha muito menos destruir a mulher que eu amo com essa decisão.

— Senhor, é desaconselhável ela voar nessas condições — Falou o médico.

— Por favor, Doctor. Essa bebê foi a compania dela em seus momentos de angústia, temos que tentar.

— Está bem, reuniremos as condições — O médico se retirou.

Com a ajuda do William acertamos a transferência dela para um outro hospital em Skay Town. Os demais ficaram calados o que significa que consentiram com a minha decisão. Em duas horas tudo estava acertado e voamos até a Capital. Estamos novamente na recepção do hospital a espera da cirurgia de emergência terminar.

— Dilan, posso falar com você? — É o Denzel.

— Claro — Nos ausentamos dos demais.

— Sinto muito pelo o que está a acontecer com o vossa filha, mas quero te lembrar que isso é tudo culpa sua, por isso peço-te que quando tudo isso acabar e a Néria estiver fora de perigo tu desapareças da vida dela para sempre principalmente por aquele psicopata que anda a solta.

— Quem tu achas que és para me dar uma lição de moral? Tu a traíste com alguém próxima a ela e ainda a tentaste violentar sem falar do ridículo que ela passou no tribunal por sua causa. — O segurei pelos colarins e começámos a brigar.

— Cala a boca, o que eu fiz não chega nem perto do que tu fizeste, ela quase perdeu a vida por sua causa e vai perder a filha também. Eu e tu vimos o estado dela — Dei-lhe um soco no rosto e o William e o Pai da Néria vieram acudir.

— Que espécie de pessoas são vocês? A minha filha está lutando pela vida e vocês estão aqui lutando como duas crianças? Comportem-se antes que eu peça que vocês se retirem — O pai da Néria gritou connosco.

— Familiares de Néria Werstern? — Esse é a pergunta da angústia.

— Eu sou o Doctor Alves, responsável da equipe de cirurgia, a senhora Werstern está estável, mas lamentamos informar que não conseguimos fazer nada pela a bebê. Ela tinha menos de 6 meses e a gestação era de alto risco, as coisas que ela passou no sequestro foram muito duras para a bebê aguentar. sinto muito. Tudo o que eu posso dizer é que ela poderá ter um outra gestação futuramente. Vamos liberá-la da sala de operações, mas ela só acordará amanhã o que quer dizer que os senhores podem ir para casa descansar um pouco.

— Eu não posso ver a minha filha? — Perguntou a mãe.

— A senhora poderá vê-la somente pelo vidro. Boa noite a todos, estarei de volta amanhã — Ele se retirou.

Sentei na cadeira de tão abalado que estou e o William ficou me dando força.

— A culpa foi minha. — Falei baixinho e o William simplesmente me abraçou.

— Vou meter seguranças no quarto dela ao acaso do Rodrigues quiser aparecer — Denzel falou se retirando.

A família da Néria está muito mal e preparam-se para vê-la ainda que seja a distância, coitados, passaram por momentos angustiantes nos últimos tempos.

William me levou para casa, tomei um banho e descansei até o dia seguinte. Me preparei e logo cedo eu já estava na sala do hospital com ela esperando ela cordar. Fiquei a observar e lembrei do medo que eu tive de a perder, ela está tão maltratada... Eu vou matar aquele desgraçado! — Penso.

— Não, Rodrigues, não. Me solta — Ela luta para acordar.

— Hey, Néria, amor, está tudo bem eu estou aqui.

— Dilan?

— Hey, amor, sou eu — Sorrio para ela, mas ela me olha distante e parece tentar recorda-se de alguma coisa.

— Minha filha! — Falou segurando a barriga e logo seus olhos se encheram de lágrimas ao sentir o vazio.

— Amor, eu sinto muito — Choro com ela.

— Não, não é verdade — Ela luta tirando os soros das veias.

— Amor, você precisa ficar calma. Enfermeira! — Grito.

— Eu quero a minha filha. Você falou que ia nos salvar, porque você deixou isso acontecer? — Ela está muito alterada.

— Me perdoe, eu tentei, mas não consegui, ela não resistiu.

— Você fez o teste de DNA com os restos dela?

— Amor, por favor, não faças isso comigo. — Os enfermeiros chegaram.

— Você nunca a quis, tudo isso só aconteceu porque você não a quis. Aí meu Deus! Quanta dor! Eu quero a minha bebê aqui comigo. Meu ventre está vazio, eu quero ela de volta — Segura sua barriga enquanto se lamenta e os enfermeiros rapidamente a injetaram alguma coisa para ela apagar.

— Senhor por favor, você precisa se retirar. — Os enfermeiros.

— O que aconteceu aí dentro? O que a minha filha tem? — A familia da Néria chegou perguntando.

— Ela acordou, mas entrou em pânico quando descobriu que a bebê se foi — Limpo minha lágrimas.

— Eu nunca mais quero te ver Dilan, eu te odeio, vai embora daqui —  Néria gritou pronunciando essas palavras antes de apagar o que partiu completamente o meu coração.

— Você a ouviu, Dilan, vai embora — Disse o Denzel.

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Continua...

Amor PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora