Parte 55

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Ficando frente a frente com ele voltei a viver tudo aquilo na minha mente como um flashs parece até que aconteceu ontem.

— Sim, eu — Respondeu sem graça.

— O que fazes aqui? — Meu tom é de arrogância.

— Eu queria conversar contigo e pedi uma ajudinha a Zana.

— Hãm ok, pediste para ela me enganar, fantástico.

— Eu não tive escolha, não me deixas se aproximar de ti a meses. Néria, eu sinto a sua falta a minha vida nunca mais foi a mesma depois daquilo.

— É bom saber que pelo menos tens um pingo de remorso depois de tudo.

— Podemos ir para um local onde estejas mais a vontade para que possamos conversar melhor? Sei que sítios fechados te deixam desconfortável. — Disse preocupado.

— Ahh! Pelos vistos fizeste bem o trabalho de casa, o que mais sabes sobre mim? — Meu tom é alto.

— Eu não sei muita coisa, Néria, mas eu gostaria que me dissesses tudo o que tens a dizer quem sabe pelo menos assim toda essa raiva desapareça. Eu quero entender o porquê que eu não mereço o teu perdão, o quê que eu fiz para ser condenado dessa forma?

— O quê que você fez? Para começar, tu és ou eras um traficante o que já é tudo de ruím.

— Eu atualmente estou fora, mas lamento ter esse histórico. — Respirou fundo — Eu cresci nesse mundo meu pai e meu avô eram traficantes, minha mãe se matou pouco depois do meu irmão ter nascido por conta de uma depressão, eu a encontrei ensanguentada numa banheira cheia de água, meu pai me proibiu de derramar uma lágrima pela minha mãe. Tive que assumir os negócios quando eu era apenas um adolescente... —  Parou de falar como se tivesse mais coisas a dizer — Sei que nada justifica minhas ações,  mas aquele era o único mundo que eu conhecia.

— Meu Deus, Dilan, eu não sabia sobre a sua mãe.

— Acho que não tivemos tempo suficiente para falar sobre essas coisas...

— Eu sinto muito.

— Enfim, eu vim aqui porque quero e precis o teu perdão por tudo o que passaste por culpa minha.

— Se isso vai te fazer sumir da minha vida então estás perdoado.

— Sumir? — Falou me encostando na parede — Queres que eu suma? — Sussurrou bem perto de mim reacendendo as chamas que eu tenho por esse homem, ele cheira tão bem...

— Sim, suma — Valei rouca.

— Então porquê que o seu corpo diz outra coisa? — Encostou ainda mais perto do meu corpo me deixando arrepiada.

— Merda! — Soltei a palavra e ele me beijou de forma calma e sensível e eu correspondi.

— Me desculpa, eu não quero esforçar nada.

— Você já esforçou — Falei irritada — Vai embora.

— Mas?

Amor PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora