Capítulo 10

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Depois do almoço, Catherine recebeu Anne, Edward e Arthur no quarto. Chirstian a havia perguntado se ela estava disposta a recebê-los, e a garota disse que sim.

Catherine usava um vestido lilás sem muito detalhe, os cabelos estavam quase secos, a garota estava sentada na poltrona perto da lareira apagada. O sol começava a se pôr.

Os três entraram no quarto.

- Onde está Chirstian?- Catherine disse colocando a xícara de chá de ervas na mesinha.

- Está fazendo o showzinho dele de rei desesperado para os ministros.- Edward disse.- Ele merece um prêmio.

- Pai, você conseguiu encontrar os espiões?

- Sim, eles já confirmaram todas as informações que o rebelde deu. E eles não sabem que você está bem.

- Você realmente torturou aquele cara?- Anne perguntou curiosa.

Está no passado, o que foi feito não pode ser desfeito. Catherine pensou.

A garota assentiu, não iria chorar mais, já tinha chorado o suficiente no banheiro.

- Nossa, você me surpreende a cada dia, Cathe.

- E agora? O que faremos?

- Chirstian vai escrever a resposta da carta, marcaremos um encontro para fazer a "troca" e pegaremos ela.

- Espero que esse plano de certo.- Anne diz.

- Também espero.- os dois espiões saíram e Arthur ficou.- Como está Cassandra e Genevive?

- Estão bem, estão mais calmas sabendo que você está viva e com saúde. Você está bem?

- Vou ficar.

- Te amo, filha.

- Também te amo, pai.- Arthur deu um beijo no topo da cabeça de Catherine e saiu do quarto deixando a garota sozinha.

Minutos depois Chirstian entrou no quarto, chamando a atenção da garota.

- Vamos logo escrever essa maldita carta.

Chirstian se sentou na cadeira da escrivaninha, Catherine ia pegar uma segunda cadeira mas Chirstian puxou sua cintura fazendo a mesma se sentar na sua perna esquerda.

- Talvez eu esteja tendo um deja-vu desse momento.- Chirstian riu fraco enquanto pegava um papel, pena e tinta.

- E então, o que eu escrevo?

- Você tem que parecer desesperado.- Catherine colocou o braço sobre os ombros de Chirstian.

- Me da a porra da cura.

- Não.- Catherine riu.- Vamos pensar em algo.

Já era madrugada quando eles terminaram de escrever a curta carta, alguns papéis amaçados estavam jogados pelo chão do quarto.

Chirstian jogou a pena na mesa e colocou o rosto na curva do pescoço de Catherine.

- Pelos deuses, me diz que essa ficou boa. Não sinto mais a minha mão.- Catherine riu pegando a carta.

Querida irmã,

Você venceu, está feliz? Apenas me entregue a cura logo e fique com a droga da coroa, ela já me enlouqueceu, irá fazer o mesmo com você.

Minha sugestão é que nosso encontro seja no armazém perto da antiga loja de doces Fills, estarei com dois guardas apenas e com a coroa.

Cumpra a sua parte, vá sozinha e com a cura nas mãos.

Daqui a dois dias, ao meio dia.

Assinado,
Rei Chirstian Reynolds

- Você sabe que ela vai ficar com mais raiva porque você colocou o " Rei Chirstian Reynolds" assinado.

- Claro que eu sei, por isso que eu coloquei.- Catherine deu um selinho nos lábios de Chirstian.

- Mande agora, talvez amanhã mesmo nós vamos receber a resposta.

- Ou não, não sei se a minha irmã iria responder.- Chirstian dobrou a carta e colocou em um envelope com o selo real.- Vou enviar e passar na cozinha para roubar alguns sanduíches.

- Por que?

- Já passa da meia noite e nem jantamos, os cozinheiros já devem estar dormindo.- Catherine riu.

Chirstian saiu do quarto e a garota deitou na cama olhando para o teto, rezando para os deuses para que Diana caísse na armadilha.

A Coroa da RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora