SETIMO CAPITULO

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Caminhamos então para dentro do carro, eles já iriam providenciar o lugar para abrir e certamente todas as outras coisas que envolvem o negócio, estou feliz, finalmente poderia ter dinheiro e Tamlin, não poderia roubar de mim nunca mais.

— Eu achei que você não iria aceitar. — Tamlin diz entrando no carro comigo e Lucien.

Finjo não o escutar.

— Eu queria que você não tivesse aceitado.

Continuo sem olhar para ele, não quero falar o que estou pensando para ele, na verdade eu apenas quero sumir da merda desse carro.

— Me responde, porra. — Ele grita batendo no banco do carro com força.

Sinto minhas pernas tremerem de medo, pensa rápido Feyre no que dizer para que no mínimo ele não queira te matar ou de mandar para os cachorros loucos por carne.

— Eu pensei na gente. — Digo.

Ele está de cabeça baixa.

Vou para perto dele e levanto sua cabeça para ele olhar para mim.

— Eu pensei no nosso futuro, dos negócios e da nossa vida futura, eu te amo Tamlin, você sabe disso? Entende que tudo que eu faço é para que tenhamos uma vida boa. — Eu o beijo, ele não move os lábios. — Quero que a gente possa olhar para a gente no futuro e dizer como a gente é feliz, e que a gente fez tudo certo.

Tamlin então reage.

— Mas, dinheiro não é problema, entende isso, dinheiro não é algo que vai faltar para a gente um dia.

Eu sorrio, faço a melhor cara de triste possível.

— Mas, eu quero ter mais dinheiro, sermos milionários, pensa que coisa mais linda, nós dois, jovens, bonitos e ricos, ter uma vida cheia de fama e luxo.

Ele sorri quando me ver assim, pensando no futuro com ele.

— Sério que você pensa assim? — Ele me questiona, tentando me testar.

Eu chacoalho a cabeça, é a forma mais natural de dizer que sim.

— Eu te amo, Feyre, mais que tudo no mundo.

Ele me beija, fortemente, sinto que se ele não fosse esse monstro a gente poderia ser feliz, a gente poderia tentar de alguma forma ser algo melhor que isso, mas ele não vai ser, Tamlin apenas finge, e eu aprendi com ele.

Ser a melhor atriz do mundo, alguém podia dar um Oscar para nós, de melhor casal do ano.

— Lucien, depois que a gente chegar lá você vem no meu escritório, preciso falar com você em particular. — Tamlin diz firmemente.

Lucien faz que sim com a cabeça e me olha pelo vidro, seus olhos pedem socorro, mas eu não posso fazer nada.

Nunca vou poder fazer nada para ajuda-lo, por que eu sou apenas a Feyre, a mulher do Tamlin, a mulher que ele é obcecado e que não importa aonde eu esteja eu nunca vou me livrar dele, a menos que um dia eu morra, ei eu me veria livre dele.

Mas Lucien, eu não sei o que ele é, ele é mais que apenas o serviçal de Tamlin, ele é como se fosse o escravo, o protetor, o guarda-costas, mas eu apenas podia ver, ver o semblante de Lucien se desfalecendo a cada dia, via Tamlin matando ele como se desse a ele pequenas doses de um veneno mortal, um veneno que nem mesmos os maiores cientistas conseguiriam decifrar.

Olho para a rua, estamos chegando, tem uma multidão na frente da porta, o que está acontecendo? Será que alguém havia morrido ali agora? Que merda era aquela?

Tento me esforçar para ver de onde estou, mas só consigo ver pessoas, as mulheres estão com os cabelos todos sobre os rostos, olhando para o chão, Tamlin agarra a minha mão com força, ele sabe quem é, então eu entendo quem é também.

betrayal - degustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora