DECIMO PRIMEIRO CAPITULO

192 30 11
                                    

Foi a primeira vez que consegui sentir alguma coisa que não fosse medo e ódio o dia inteiro, não porque meu estava maravilhoso, mas era porque minhas irmãs me levaram para a nossa casa, Lucien traria as minhas coisas para lá.

Respirei aliviada por olhar para aquele papel de parede velho de pequenos ornamentos e arabescos, pude ver o velho teto de madeira e as fotos, quase um ano sem saber o que era minha casa de verdade, mas agora eu estava ali.

— Estava com saudade daqui. — Disse, sorrindo enquanto minha cabeça girava por todos os lados para identificar o local de novo.

— É a sua casa, Feyre, como sempre foi, a casa da nossa família. — Elain comentou me abraçando.

Sorrio e retribuo seu abraço, mas Nestha apenas me olha com a cara emburrada.

— Sim, estou muito feliz que você está aqui, mas não estou nada feliz em ver que ainda continua brigando com o nosso pai por uma coisa banal, você entende que o que você está fazendo é uma puta hipocrisia. — Nestha se senta no sofá e da uma risadinha cheia de deboche para mim.

Sento na poltrona para sua frente e Elain simplesmente sai dali direto para a cozinha.

— Hipocrisia? Nestha, se você perdoaria nosso pai por tudo o que ele fez, eu devia ter deixado você ir no meu lugar para aquele inferno que o Tamlin comanda.

Ela arregala os olhos.

— Nosso pai não mandou você ir, ele disse que daria um jeito sem precisar de alguma das filhas dele ir.

Chacoalho a cabeça, ela está certa, mas uma coisa ela esqueceu.

— Espera, você acha mesmo que ele daria um jeito? Quando a conta dele estava pequena ele não fez nada para pagar, cem dólares, ele não pagou, Nestha ele não pagou nem isso, você acha que toda aquela porra de dinheiro ele iria pagar? Não, ele não ia pagar.

Nestha estreita os olhos.

— Eu não quero brigar com você, na verdade eu não vou fazer isso, faça o que quiser da sua vida, eu já me importei demais com você.

Olho horrorizada para ela, não irei discutir e muito menos ir atrás dela querer saber o que ela se preocupa comigo, Nestha é uma irmã boa, mas as vezes ela pode se tornar uma víbora.

Me relaxo no sofá, ainda sentindo dor no meu pescoço, Jurian apertou meu pescoço, eu consigo me lembrar da falta de ar em mim, ainda me pergunto o que Rhys fez com ele, na verdade eu não quero saber, acho que a pior coisa que fizessem com aquele louco, para mim seria a melhor.

Elain aparece da cozinha com uma xicara de chá em suas mãos, um sorriso largo me conforta, Elain sempre foi a mais doce e a mais amigável de nós três, ela na verdade sempre foi o oposto de Nestha.

— Você quer? Dizem que chá de frutas vermelhas relaxa e ajuda a dar equilíbrio para a mente, algo que todos nós estamos precisando.

Estendo a minha mão e ela me entrega a xicara, dou uma esfriada no liquido vermelho e bebo um pouco, sorrio, é o chá que a nossa mãe fazia, Elain nunca a conheceu direito, depois de dois anos que ela nasceu a nossa mãe morreu.

— Muito obrigado, está uma delícia. — Digo bebendo mais um pouco.

— Muito obrigado. — Ela comenta e se ajeita no sofá colocando os pés sobre o sofá. — Irmã, me conta, como você está se sentindo?

Eu engulo o chá e arqueio as sobrancelhas, tentando me armas com a minha armadura de ouro, mas isso não acontece, ela some da minha mente, me tornando vulnerável e tendo que comentar o que ela queria saber.

— Eu estou bem dado as consequências em que eu estou vivendo nos últimos dias.

Elain sorri e diz.

— Pensa, você deve estar aliviada de poder sair das mãos do Tamlin, aquele homem merece a morte. — Elain comenta, vejo em seus olhos o ódio subir como uma chama.

Balanço a cabeça.

— Pelo menos estou livre dele como você disse, não precisarei ficar perto dele por pelo menos um mês.

Elain desce seus pés do sofá e coloca a xicara pela metade em cima da mesinha de centro, sua boca se contraria para um grito, mas logo relaxa ao perceber que na verdade ela não está irritada e sim surpresa com a minha resposta.

— Por que você vai voltar para lá depois, Feyre? Você enlouqueceu irmã?

Meus olhos querem derramar lagrimas, queria estar louca, queria não poder ir para lá quando tudo acabasse, mas é impossível.

— Elain, mesmo eu longe, a nossa dívida com ele não morreu, a cada ano a nossa dívida diminui minimamente, então, a nos divida vai estar apenas paralisada por um mês com o Tamlin, assim que é voltar, tudo volta do jeito que está.

Vejo em seus olhos, tem alguma coisa que ela não entende, tem algo que a deixa desconfortável.

— E Rhys? — Ela questiona.

Rio, na verdade eu gargalho com aquela pergunta, Rhys? Ele não era nada, bem, eu na verdade não sei.

— Rhys? Bom, a gente nem ao menos se conhece, nos vimos umas duas, três vezes mais ou menos, a gente nunca teve uma proximidade gigante para sermos amigos ou coisa do tipo.

Elain está desinquieta.

— Se não conhece ele, por que escolheu ir para uma fazenda com ele?

O que eu responderia para ela? Nada, apenas nada, apenas meu silencio seria respostas suficiente? Me deparo com o fim do caminho, quando lá fora alguém buzina, abrindo um novo caminho.

Eu e Elain vamos ate a cortina e vemos o carro, vermelho, vidros todos escuros, a porta do motorista se abre, terno azul marinho, cabelo penteado para o lado, mãos grandes e fortes, maxilar bem definido e olhos violetas, Rhys.

Ele acena com a mão na nossa direção da janela, me escondo na hora.

— Você devia ir lá fora. — Ela diz com um sorrisinho malandro.

Sei que tenho que ir, ele veio aqui para me ver, levanto-me e vou até a porta, três segundos para pensar, abro, e lá está ele, com um sorriso largo para mim.

— Olá minha querida, você aceita sair comigo para almoçar?


OI Meus amores

Hoje eu estou sem saber o que falar, na verdade eu tenho, mas daria um textão pois eu amo falar com vocês, enfim, eu diz eu voou fazer um texto aqui só para a gente conversar, mas tem uma coisa que eu quero falar.

Muito obrigado a todos vocês qe comentaram que comprariam meu livro na Amazon e quee dariam uma chance para esse louco aqui, muito obrigado de coraçao, e uma capa nova esta vindo assim como um novo titulo que eu vou divulgar no facebook nos grupos, então fica de olho.

Não se esquecam de curtir e comentar a parte que vocês mais gostaram.

Um beijão.

Kaique Araujo.

betrayal - degustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora