QUINTO CAPITULO

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As pessoas estão transitando por todas as ruas, Tamlin me aninha a seus braços, beija meu cabelo e repousa suas mãos sobre as minhas coxas, alisando-me.

— Talvez, amanhã, eu deixe você ir ver a sua família. — Ele diz me beijando.

Respiro fundo e sorrio, talvez eu não queira vê-los, talvez eu queira apenas morrer, seria o adequado a fazer, não seria? Deixar de existir, mas as vezes eu penso como seria ruim esse destino para mim, eu não sou suicida, eu posso ate ser depressiva, mas uma suicida não.

Então analiso, eu não quero morrer, antes de ver esse filho da puta do Tamlin arder no fogo do inferno, ver Ianthe se sufocar no próprio veneno, ver eles queimarem e se tornarem uma aberração, uma fera assim como eles são por dentro, principalmente Tamlin.

— Muito obrigado. — Digo sorrindo beijando-o mais ainda. — Muito obrigado mesmo, meu amor.

Ele arregala os olhos, ele está feliz, me abraça e eu retribuo com prazer, mal sabe ele que dentro de seu carro ele carrega a futura assassina dele mesmo.

— Vamos, Lucien, acelera esse carro meu amigo, vá rápido, não quero demorar tanto assim. — Tamlin diz olhando dentro dos olhos de Lucien através do retrovisor.

Vejo o rosto de Lucien, ele está empedrado, mas segue o caminho um pouco mais rápido.

Eu as vezes não consigo entender Tamlin, ele se deitou comigo apenas uma vez, mas não transou comigo, ele apenas e quer como uma peça de porcelana, sou a rosa mais preciosa que deve ser intacta aos olhos dele, um princesa, lembro como se fosse hoje quando cheguei ali.

Estava assustada, minha roupa estava rasgada por conta dos guardas dele que tiveram que me trazer a força já que eu tentei fugir de dentro do carro que eles me traziam.

Tamlin me acariciou no rosto que estava com um corte.

— Quem fez isso com você? — Ele perguntou de um jeito delicado.

Eu coloquei a mão em meu rosto, provavelmente deveria ter sido eu, então eu falei a verdade, mas eu não sabia que a verdade era algo que Tamlin odiava ouvir.

— Fui eu, acho que, na hora que eu estava tentando fugir do carro.

Ele me olha severamente, parece que seus olhos tem o poder me secar como se fosse uma uva passa.

— E por que você faria isso consigo mesma?

Eu gelo, por que eu faria isso comigo mesma? Boa pergunta, mas eu não soube responder, eu congelei olhando aqueles olhos lindos dele, então e senti em meu rosto, foi a primeira vez que ele me bateu.

Então ele me abraçou, meu rosto ardeu, quis mata-lo, ele havia acabado de me agredir e agora estava me abraçando.

— Você é a coisa mais preciosa da minha vida. — Ele falou pegando minha mão me levando para o quarto dele.

Tamlin me colocou na cama, sentei e fiquei olhando para ele e ele disse.

— Agora, você e eu teremos uma deliciosa noite de prazer.

Eu não disse nada, apenas comecei a tirar a minha roupa assim como ele fazia, olhei para seu corpo nu, musculoso, ele se aproximou de mim, coloquei as minhas mãos sobre seu corpo, deslizei ate chegar em seu pênis.

Não era tão grande, na verdade, era bem natural, não chegava a ser grande demais e nem muito pequeno, era simples.

— Irá me chupar ou não? — Perguntou ele com sinceridade.

Eu simplesmente coloquei em minha boca, não sabia muito o que fazer, era estranho, ele tinha um gosto de ferro, quis fazer aquilo parar, então como eu não me movia, ele mesmo fez isso.

Segurando a minha cabeça com força, senti que poderia vomitar, seu pau encostava na minha garganta com força, ele gemia bastante, não havia amor ali, muito menos carinho, apenas raiva.

— Chegamos. — Tamlin disse me fazendo acordar daquele pensamento nojento.

Saímos do carro, a empresa está cheia de pessoas lá fora, todas com seus olhos vidrados no mundo dos negócios, Corte das estrelas, era o nome da empresa.

Quatorze andares todos revestidos com metal e vidro, o vidro tinha uma coloração um tanto diferente, o metal em si, era um cinza escuro e havia pedras junto, e bem na entrada escrito em vidro e pedras: CORTE DAS ESTRELAS

Sinto um frio em minha barriga, ai meu Deus! E então com passos lentos eu entro dentro daquele lugar com Tamlin ao meu lado, que lugar maravilhoso, a entrada havia dois guardas fortes de óculos escuros, entrei para dentro na base da empresa, havia um balcão de mármore, se é que aquilo era mármore, havia bancos aveludados de cor roxa, e flores amarelas e vermelhas juntas em uma união perfeita.

— Olá, bom dia, eu me chamo Tamlin, sou amigo de Rhysand, eu tenho um horário especial com ele marcado, tem como eu ir subindo. — Tamlin diz dando uma leve piscada para mim.

Sorrio, queria cuspir na cara dele, isso sim.

A secretaria deixa a gente subir, entramos no elevador, Lucien não nos olha, ele apenas foca em sua mão, vejo que está com medo, Azriel vai estar aqui em algum lugar, ele vera Azriel.

— Por que está tão nervoso assim, Lucien, que mulher te deixou assim tão apreensivo? — Tamlin diz batendo a mão no ombro do amigo.

Lucien dá um sorrisinho.

— Nenhuma, apenas cansaço eu acho.

Chegamos então no andar certo, esse andar é diferente no sentido da decoração do andar principal, parece um castelo, com cortinas esvoaçantes, chão de pedras, tudo parece ser tão misterioso e elegante.

Uma mulher com cabelos loiros aparece, vestindo um vestido vermelho que vai até seu joelho.

— Bom dia, me chamo Mor, fiquem à vontade, se gostarem temos vinho, água ou até mesmo café, o senhor Rhysand em breve irá entender vocês, peço que tenham um pouco de calma.

Tamlin chacoalha a cabeça e eu me sento em um dos bancos.

Esperamos apenas por uns cinco minutos, quando a porta escrita: CHEFE, se abre.

Rhys sai de lá de dentro, vestindo um terno cor azul petróleo, cabelos todos jogados para trás, um perfume que cheira a noite fria e calma, não sei identificar de uma forma melhor, seus olhos violetas logo se encontram com o meu, ele então rapidamente para ao ver Tamlin perto de mim.

— Tamlin, meu amigo, seja bem-vindo a minha belíssima empresa.

Tamlin sorri se levantando, todos nós nos levantamos juntos, quando vejo Azriel vindo em nossa direção, mas apenas nos cumprimenta.

— Olá, Tamlin, Feyre e... — Ele para na hora que vê Lucien, ambos paralisam, Tamlin com os olhos confusos. — E Lucien, sejam todos bem-vindos a nossa empresa.

— Muito obrigado por nos receber meu amigo.

Então entramos na sala de Rhys, Tamlin entra primeiro, quando vejo na mão de Rhys virada para trás na minha direção um papelzinho, pego de sua mão rapidamente sem que Tamlin perceba.

Lucien está atrás de mim, e ri um pouquinho e diz em meu ouvido assim que todos entram na sala.

— Você está caçando jeito de morrer.

Não sei se estou, mas a sensação de adrenalina, está me deixando alucinada.


OIII

Sei que demorei para atualizar, mas era porque eu estava atarefado, mas agora as coisas voltaram ao normal por aqui, finalmente a gente teve um avanço na historia, se vocês estão gostando, por favor recomende a algum amigo que goste tambem.

Não se esqueça de comentar na parte que mais gostaram e o que querem ver mais na trama, isso ajuda no engajamento da obra e tambem para eu saber do que vocês mais gostam de ler.

Um enorme abraço;

Kaique Araujo

betrayal - degustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora