Capítulo 11

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Moana : Qual era o assunto mesmo? Ah... a dívida! - Ri. - Tu é muito bobo mermo! Acha que mulher não tem poder? Talvez seja as meia boca que tu pega!

Cadu : Meia boca que vale mais que tu!

Sei lá, da vontade de rir.

Moana : Mente pequena! Perca de tempo discutir com animal! Enfim, quero meu dinheiro em menos de duas semanas. Sem atraso! E se tiver, aumenta os juros de 10%! Pode se retirar da minha sala. Seu verme! - Soltei uma risadinha falsa.

Cadu : Uma arrombada mermo! Chupa meu ovo - Apontei pra porta e ele saiu.

É cada coisa que mulher tem que ouvir! Deus me livre de me envolver com cara assim! Eu matava.

Terminei as contabilidade das drogas.

Graças a Deus, minha favela vai bem! Eu só sinto falta da minha liberdade. Eu vivo por isso aqui!

Sei lá... Não tenho medo de ser presa nem de morrer.
Eu queria um propósito legal pra ter medo disso, mas não.

Desci da salinha deixando no comando do Santos.

E o Dudu já veio de ideia.

Moana : Colé mano? Tu cansa não? Tua nega já vai vim da o papo pra mim. Tô sem paciência! - Parei de frente pra ele.

Dudu : Calma aí po, ta exaltada? - Riu.

Moana : Não meu amor! Tô sem paciência e tempo. - Fui pra quadra.

Dudu : Tu é chatona mané, papo! - Veio atrás de mim.

Respirei fundo e sentei.

Dudu : Tenho chance? - Falou devagar.

Moana : Mais que caralho! Não Eduardo, não tem! Respeita o teu relacionamento com a tua mandada e me esquece! - Gritei e ele abaixou a cabeça negando.

Ele saiu fumando e vejo o Viegas chegando com as mãos no bolso.

Ele sentou do meu lado e bufou.

Viegas : Desmancha esse bico aí po, é feio! - Passou a mão pelo meu rosto me fazendo olhar pra ele.

Moana : Tu acha eu chata? Tipo, muito fechada e fria? - Respirei fundo e ele olhou pra frente.

Viegas : Não princesa! Tu só não suporta ninguém no teu pé, e tem os neguinho que não entende. Tu é chata - Olhei com cara feia pra ele. - Mas só as vezes!

Moana : O Dudu me enche o saco mané, papo reto! Eu acho que peguei pesado.

Viegas : Que nada morena! Manda ele se foder ou manda bala. - Eu ri e ele me olhou.

Passei uns 10 segundos olhando pro resto dele e ele pra minha boca.

Ele se aproximou pra me beijar e eu me virei rápido olhando pra frente.

Moana : Tem cigarro aí? - Peguei na minha mão disfarçando a vergonha e ele coçou a cabeça puxando o cigarro do bolso.

Ele me entregou o cigarro e o isqueiro.

Moana : Te considero um irmão! Não estraga isso, por favor! - Ascendi o cigarro entregando o isqueiro pra ele.

Viegas : Claro po, foi mal aí. - Colocou o isqueiro no bolso sorrindo sem mostrar os dentes pra mim.

Moana : Eu te amo, seu cuzão. - Encostei minha cabeça do ombro dele que murmurou um "hm" . - Vai se foder! Claro que amo - Ele riu.

Viegas : Disse nada po. Também te amo, patroa. - Falou com a cara fechada.

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