Capítulo 26

5.1K 254 9
                                    

Me escondi na laje, e o Viegas pelos becos.

Ouvi vários tiros, e o foguete brilha no céu, moradores correndo entrando nas suas casas.

Era agonizante ver essa cena, papo reto!

Me levantei pra ver o Viegas, e vejo um molequinho correndo e uma bala perdida, acerta o peito dele que cai no chão na mesma hora.

Fico olhando atentamente pra ele caído no chão, com a mão na boca, eu me sento e começo a chorar.

Viegas sobe e me abraça.

Moana : Ele.. ele não tinha culpa nada! Tira ele dali, Pedro! - Grito com ele, que me solta e me da um beijo na testa indo pegar o corpo do moleque.

Ele pegou o corpo e eu fico dando cobertura.

Enxugo minhas lágrimas, e foco! Meu coração gela vendo 3 policiais abordando um dos nossos aviãozinhos.

Vejo eles pegando a sacola de droga. Puta que pariu!

Se fosse só 1, eu atirava. Mas 3, é sacanagem, pô!

Eles levaram o moleque em cana.

***

Depois de 2 horas, o Santos aciona o radinho avisando que eles tinham indo embora.

Ainda na laje, eu fiz minha oração de agradecimento.

Desci de lá, vendo vários corpos, sangue.

Era difícil, era vidas de pessoas inocentes e trabalhadores.

Mas a maioria, desses canas filha da puta, não tem dó de pessoas que moram em periferia. Pra eles tudo é bandido.

Vou correndo pra casa do Viegas que tava cuidando do menino.

Viegas : Por sorte, pegou na clavícula. Mas eu acho que ele vai ter que operar.

Moana : Leva pro postinho. Rápido! - Olho pro menino ainda desacordado.

Viegas : Eu te amo! Vencemos mais uma, porra! - Me deu um beijo e eu retribuí.

Viegas sai e eu vou indo pra minha casa. Minha família, pô!

Clarice : Ainda bem que tu ta bem! - Veio me abraçando preocupada.

Aline : A gente tava morrendo mané, papo reto! - Me abraçou junto.

Moana : Fé em Deus que ele é justo! Eu amo vocês! - Deixei uma lágrima escapar. - Um garotinho foi baleado na minha frente - Elas abriram mó olhão. - Vim só ver como vocês tavam, vou indo pro postinho ficar com eles.

Clarice : Tá, cuidado! Eu também tenho que sair. - Falou apreensiva.

Moana : Espera a poeira abaixar mais um pouco! Ta tudo feio aqui fora. - Ela assentiu.

Aline : É pô, ta tudo feio. Fica aqui mermo. - Soltei uma risadinha baixa e sai pegando a moto.

Sobre Nós. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora