Capítulo 30

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Depois de umas 2 horas o Viegas aparece na salinha com as mãos sujas.

Moana : Se limpa pô. Fez o trabalho mermo? - Ele assentiu. - Ele ralou peito legal?

Viegas : Mó cara de fresco do caralho. Cara mó otário mané! - Pegou um pano passando entre os dedos.

Moana : Boa meu amor! - Cheguei pra abraçar ele que saiu. - Quê que é Viegas? Ta me evitando tem mó cota! - Ele me olhou.

Viegas : Tô com outra, pô! - Senti meus olhos pesando. - Mas não fica assim, afinal a gente não tinha nada, como tu sempre deixa claro. - Ele riu.

Moana : É, claro. Sempre - Ri fraca e ele veio pra me abraçar. - Não, saí. Não toca em mim. - Me afastei.

Viegas : Amigos, então? Sem ressentimento? - Eu assenti.

Moana : É, tem muito tempo que... vocês e pá? - Ele negou.

Viegas : Tu acha que eu ia fazer isso contigo? Para de neurose! Resolvi te contar logo. - Assenti.

Moana : Muito bem! Felicidades, é isso! - Ele balançou a cabeça concordando.

Viegas : Não quer meu abraço mermo? - Neguei. - Fé pra tu! - Ele saiu me deixando sozinha.

Quando eu sai, me sentei na cadeira deixando os sentimentos invadirem.

Chorei um pouco e meu celular toca avisando que eu tinha que ir pegar o resto do dinheiro.

Subi na moto arrastando pro Complexo.

Cheguei lá e liberaram minha passagem.

Subi indo direto pra salinha onde só tava o Cadu sentado contando o dinheiro.

Cadu : Quê que é? Ta com essa cara de choro, qual foi? - Me olhou e eu comecei a chorar. - Colé? Chora não, pô! - Ele me abraçou me colocando na cadeira e se ajoelhando no chão limpando minhas lágrimas.

Moana : Não é nada! Trás meu dinheiro que a minha favela ta sozinha. - Limpei minhas lágrimas.

Cadu : Não caralho! Ta maluca?! Vou deixar tu sair assim não. Fica aqui por enquanto que tu se recupera. - Se levantou indo pegar um copo de água pra mim.

Eu bebi tudo e ele ficou me olhando com cara de bravo, mas fofo.

Me acalmei um pouco e ele continuava me olhando.

Moana : Qual foi? Ta me olhando assim? - Ele riu.

Cadu : Tu chorando fica mó gatinha. - Eu ri.

Moana : Até nisso, tu é uma graça! - Ele pegou o dinheiro me entregando.

Eu conversei com ele mais um pouco, que tava preocupado comigo. Filha da puta só deixou eu sair quando viu que eu tava bem de verdade.

Sai de lá voltando pra minha casa, que não tinha ninguém.

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