Capítulo 12

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Pellegrini 💸

Aí, tenho pouca cota pra tudo. Novinha é 10, mas faz um cu doce pra porra.

Sentei na calçada boladão.

Fui tentar desenrolar com a Débora, e ela me meteu o migué de novo. Aí, pouco tempo.

Vejo a Bárbara passando com o Rafa indo deixar ele na pracinha.

Pellegrini : Não é hora de mandada ta dando rolezin pela favela não, cria - Gritei e ela me olhou com cara de deboche e veio se aproximando.

Bárbara : Não direciona a palavra pa minha pessoa não, faz favor - Chegou fazendo doce.

Pellegrini : Ta fazendo o quê por aqui essas horas, maluca? - Ela sentou do meu lado bufando.

Bárbara : Rafael não parava de me enlouquecer pra trazer ele aqui. - Colocou a bolsa de lado. - E tu? Tem nada na boca, não? Tá aqui todo abandonado e perdido - Ri.

Pellegrini : Curtindo a brisa, gatinha. Sabe como é? - Soprei a fumaça e ela riu negando.

Bárbara : Isso ta me cheirando a Débora. - Ri. - Tô errada? - Neguei e olhei pra ela. - Investe po, mas se tu ver que não ta dando nada, mete o pé. Conselho de amiga. Caso contrário, ela vai puxar teu dinheiro todo. Do jeito que homem fica bobo com umas coisinhas diferentes. - Se levantou.

Pellegrini : O pai é vagabundo, pode crer? - Neguei ela parou na minha frente.

Bárbara : Cadu me disse isso. E olha só, temos um filho - Deu risada e o Rafael veio gritando chamando ela pra brincar que saiu sem nem esperar eu falar nada. 

Fiquei na marola por alguns minutos e o Tico chega arrancando com a moto.

Tico : Levanta daí, vagabundo. Por isso a favela não vence. Sobe aí, atividade caralho! - Joguei o cigarro no chão e subi na moto arrastando pros becos.

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