𝔣𝔦𝔳𝔢

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NARRADORA

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NARRADORA

Marlene suspirou olhando para o céu infinitamente azul, colocou uma margarida na frente de seus olhos e depois deixou-a cair lentamente em seu rosto, a soprando para longe em seguida.

Nunca tinha ficado tão entediada quanto estava naquele momento, ainda não estava nem perto do horário do jantar mas ela já sentia que podia dormir a noite toda que ninguém iria sentir sua falta.

Todas as suas lições já estavam feitas, já tinha ajudado todas as pessoas possíveis, já tinha mandado cartas para seus pais, tudo que tinha na sua listinha mental já estava feito, e isso resultava no completo tédio da garota.

Ser a garota certinha as vezes era muito cansativo, ela não sabia como Lily aguentava.

— Você está bem, Marlene? — Uma voz masculina perguntou

Marlene se sentou em um pulo, a voz repentina havia assustado ela, seu coração estava a mil por hora e ela podia sentir que ele iria sair pela sua boca, olhou para o lado irritada e viu Regulus sentado ao seu lado.

— O que faz aqui? — Marlene perguntou ainda irritada pelo susto

— Vim fumar, mas te vi estirada no chão como se tivesse acabado de ser Estuporada e decidi me certificar de que você estava bem. — Regulus explicou a sua situação

— Não, eu não estou bem. — Marlene falou irritada enquanto aproximava seus joelhos de seu busto

— Quer conversar sobre? — Regulus perguntou colocando o maço de cigarro em sua boca

— Sério que você vai fumar do meu lado? — Marlene perguntou indignada

Regulus acendeu o cigarro e então deu de ombros enquanto tragava o maço devagar e deixava a fumaça sair de seus lábios, ele fazia com aquilo parecesse algo tão simples e calmo.

— Por que? Quer um trago? — Regulus perguntou oferecendo o cigarro para a garota, que colocou a língua para fora, balançou a cabeça negativamente e afastou o cigarro para longe de si. — Um simples "não" bastava.

Regulus voltou a fumar e a garota o encarava durante o seu ato, vê-lo fumando lhe deixava intrigada para saber como deveria ser a sensação de fazê-lo.

— Na verdade... — Marlene começou, chamando a atenção do rapaz. — Eu quero experimentar.

— Você nunca fez isto antes? — Regulus perguntou confuso

— Não, nunca na minha vida. — Marlene falou e ele deu uma leve risada. — O que foi? É a verdade!

— É só que... você parece o tipo de garota que já fez de tudo, que não tem medo de nada e não liga para as opiniões alheias, faz o que dá na telha e que se foda o mundo. — Regulus disse dando outra tragada

— Quem me dera ser assim. — Marlene disse dando uma risada. — Espera... isso é algo bom, certo?

— Sim, ao menos pra mim é. — Regulus falou e a garota sorriu. — Aqui.

Regulus estendeu o cigarro até a McKinnon, que olhou para o pequeno "objeto" com certo receio, não sabia se estava tomando a decisão certa mas fez como o Black mencionou e "que se foda o mundo".

Regulus estendeu o cigarro até a McKinnon, que olhou para o pequeno "objeto" com certo receio, não sabia se estava tomando a decisão certa mas fez como o Black mencionou e "que se foda o mundo"

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— É só que... eu estou cansada de ser sempre a garota boazinha, eu só queria ser a garota que toma as decisões erradas, ao menos uma vez na minha vida, entende? — Marlene desabafou

— Na verdade, eu entendo sim. — Regulus começou assim que terminou sua tragada e deve que devolver o cigarro para a loira. — Meus pais esperam que eu não seja "a mesma desgraça que Sirius", e toda a pressão que eles impõem em cima de mim me deixa sufocado.

— Eu sinto muito pelo que você passa dentro de casa, Regulus, queria poder fazer algo a respeito para mudar isso. — Marlene falou e ele deu de ombros

— Não tem nada que ninguém possa fazer que vá mudar o meu destino. — O rapaz disse e ela suspirou. — Eu estou te deprimindo?

— Um pouquinho. — Marlene falou e ele riu

— É, as minhas esperanças estão ficando baixas. — Regulus disse dando um suspiro

— Essas pessoas são tão velhas. — A McKinnon disse se referindo aos pais do Black

— O jeito como eles pensam sobre tudo... — O Black começou a falar mas ela o interrompeu

— Mesmo que tentássemos, nunca iríamos entender. — Marlene disse colocando a mão sob a mão do Black

— Mas eu sei que nunca vou estar sozinho. — Regulus disse com a voz calma e baixa

— Está tudo bem. — Marlene garantiu enquanto acariciava a mão do rapaz

— Nós vamos sobreviver. — Regulus disse e a garota confirmou com a cabeça

— Porque os pais não estão sempre certos. — A McKinnon falou simples e ele deu um leve sorriso

Um silêncio tomou conta do jardim, ninguém além deles estava lá então assim que eles pararam de falar nada mais foi dito.

E nem era preciso.

Os olhos de Marlene mergulhavam nos olhos de Regulus, era como se eles estivessem se colidindo naquele exato momento, e qualquer movimento não planejado iria atrapalhar tudo.

Suas respirações eram calmas mas seus corações batiam mais forte, seus corpos se aproximavam lentamente um do outro, era algo incontrolável, estava apenas... rolando.

E antes que eles pudessem fazer qualquer coisa para impedir o que quer que fosse acontecer.

Eles colidiram.

Seus lábios se tocaram, iniciando um beijo calmo e doce, nenhum dos dois tinha pressa naquele momento, era como se tivessem todo tempo do mundo apenas para eles.

As mãos de Marlene afundaram nos cabelos negros de Regulus, enquanto as mãos do rapaz percorriam sua cintura, na tentativa de mantê-la por perto, o silêncio não era algo que os incomodava.

Pelo contrário, o silêncio os acalmava e tudo naquele momento era calmo, até mesmo as batidas de seus corações já tinham se controlado e tudo que eles precisavam eram um do outro.

O sol ia embora lentamente, deixando espaço para que a lua pudesse reinar, o que apenas deixava a situação ainda mais perfeita.

A lua era a confidente dos amantes, porque ela era uma deles, e a maior de todas, já que era amante da enorme estrela com quem se encontrava todos os dias na hora de mudar o céu, e com quem tinha o prazer de compartilhar o maior evento de todos, o eclipse.

Afinal... quem melhor para representar a nossa história, tanto a de Regulus e Marlene quanto a de Ramona e Severus, do que o maior casal de amantes controversos de todos?

somos como o sol e a lua
diferentes um do outro
mas com um eclipse em comum
para provar que até mesmo
os mais incomuns podem amar

𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑, 𝒔𝒆𝒗𝒆𝒓𝒖𝒔 𝒔𝒏𝒂𝒑𝒆 𝒆 𝒋𝒂𝒎𝒆𝒔 𝒑𝒐𝒕𝒕𝒆𝒓 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora