08 • "new boyfriend"

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 "I don't do fake loveBut I'll take some from you tonight

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"I don't do fake love
But I'll take some from you tonight."
(bloody valentine – machine gun kelly)

25 de Agosto de 2019

Skyla Valentine Wood

A jaqueta da Levis que Calum havia me presenteado era grande. Mas ele estava certo. Ela combinava muito comigo. Encarei-me no espelho mais uma vez, sorrindo satisfeita com a peça de roupa. Eu simplesmente odiava o fato de me acostumar fácil com coisas boas.

A campainha tocou e eu revirei os olhos automaticamente. Pelo jeito, Hood não estava a fim de me dar paz.

Saí do quarto, seguindo pelo corredor estreito, descendo as escadas e entrando na sala. Tirei a jaqueta no caminho. Não queria que ele visse que eu estava a usando ainda. Cuidadosamente, guardei a mesma na sacola sobre o sofá e segui para a porta de entrada da minha casa.

– O que foi, hein? – ri, abrindo a porta e dando de cara com ninguém mais, ninguém menos que minha mãe. – Mãe? – ela exibiu um sorriso grandioso.

– Quase que eu te interrompo! – Diana disse, abrindo os braços para um abraço. Eu fiquei automaticamente sem reação. – Vamos, Skye! – me puxou, abraçando-me de uma maneira extremamente teatral. Senti meu coração acelerando.

Minha mãe me soltou, entrando em minha casa sem mais cerimônias. Ainda no modo automático, fechei a porta, virando de frente para ela.

– Quem era o bonitão que saiu daqui agora pouco, hein? – indagou, bisbilhotando minha casa. – Minha nossa, Skyla! Como que você recebe visitas com essa casa desse jeito? – se virou pra mim. Eu continuava intacta, encarando-a com a maior cara de taxo. – Você tá namorando?

– Não! – neguei incessantemente, me aproximando dela. – Mãe, há quanto tempo você tá aqui?

– Eu cheguei um pouco antes de você abrir a porta para aquele moreno – ela fez uma cara maliciosa. – Que carrão ele tem, hein? – me deu um tapinha no braço de uma maneira provocativa e eu me segurei para não revirar os olhos. – Eu sabia que você era exigente, mas sair com caras ricos realmente me surpreen...

– Para, mãe. Não é nada disso – a interrompi, não sabendo muito bem o que deveria dizer.

Eu meio que sempre me senti deslocada no jeito de ser da minha família. Eles sempre foram de compartilhar tudo uns com os outros, até certos detalhes desnecessários. Minha mãe era a pior. Ela sempre reparava em tudo e sempre que ia contar uma história, não deixava nem os mínimos detalhes de lado. Eu fui criada naquele antro, mas nunca fui como ela e como Kelsey. Eu sempre fui – ou pelo menos tentei ser – mais reservada. Mas era difícil.

Minha mãe sempre descobria tudo. Ela sempre ia comendo pelas beiradas até chegar ao ponto crucial de qualquer segredo ou intimidade que nós tivéssemos. Eu odiava aquela mania bisbilhoteira dela. E odiava o fato de mesmo depois de eu estar morando sozinha e cuidando da minha própria vida, Diana ainda conseguia se meter em certos momentos.

burning rules • c.t.h Onde histórias criam vida. Descubra agora