18: - EPÍLOGO: Tudo que eu preciso.

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ANTES

A observo ir, enquanto sinto a mão do meu pai contra o meu ombro.

— Justin, aonde ela foi? — Abri a minha boca, mas Chaz me interrompeu, aparecendo a minha frente.

— Olha, eu sei que é um momento complicado, mas tem algo que eu preciso te dar.

Não me movimentei, e o mesmo retirou um pen drive do bolso.

— Esses dias a Hadley me deu um pen drive do Jason, e por causa disso eu comecei a mexer no meu notebook, procurando fotos antigas nossas para postar. Eu não havia reparado, mas encontrei uma pasta que não conhecia. Tentei abrir, contudo não consegui. Eu não sei o que é, porém talvez seja o que o Jason e a Hadley tenham ido buscar aquela noite.

Ergui meus olhos para ele, e em seguida peguei o pen drive, pedindo um notebook para qualquer que tivesse. Raymond tinha um em sua maleta. Eu o peguei e o abri, colocando o pen drive. Quando o arquivo abriu, meu coração começou a bater lentamente, coloquei a senha e a pasta se revelou para mim. Cliquei em um vídeo que havia a minha mãe, e o som repercutiu através do tribunal. Olhei abismado para Hanne e meu pai, depois amostrei o vídeo para o chefe do FBI.

Ele teve uma ideia brilhante quando escutou o conteúdo do pen drive em uma sala privada do local. Havia vários jornalistas na porta. Ele chamou uma equipe, pediu que colocassem no ar, e após o explicarem o porquê, e tentando convencê-los que não seria difamação, eles o fizeram.

Em rede nacional, minha mãe apareceu falando dos seus crimes. E foi assim que todo mundo descobriu quem Humphrey Bieber era.

24 DE ABRIL,

ROSEMARY BEACH.

Dec havia me convidado a ir uma festa com ele e Lana, e após muito custo, eu resolvi ir. Meu quarto realmente vem sendo meu covil, mas as vezes sinto falta de ar fresco, da sensação de fingir ser uma adolescente normal.

Fitei meu celular uma última vez, certificando-me que ele não havia mandado nenhuma mensagem. Ele disse que iria estudar essa semana, e ficaria um tempo em off, mas isso é desde de quarta-feira e hoje já é sábado. Ele não respondeu nenhuma das minhas mensagens e na escola não estávamos nos vendo — mesmo que eu tente —, é como se ele estivesse fugindo de mim, e só pensar nisso, minha garganta fecha.

Rolei os meus olhos e suspirei fundo, entrando na festa com Dec. Rodamos um pouco, e pegamos bebidas antes de decidirmos ir dançar.

— Você deveria misturar bebida com antidepressivos? — Dwight perguntou quando se aproximou, e eu sorri.

— Não, mas quem liga?

Fomos para a pista de dança. Deixei-me entorpecer, sacudindo meu corpo até minha mente estar turvada. De relance, observei Justin no jardim, sentado a uma roda cheia de pessoas. Havia uma garota ao lado dele, loira, vestido verde. Samantha. Semicerrei os meus olhos, ele estava concentrado em seu celular, contudo a mão de Samantha serpenteava por sua coxa e ele não parecia se importar. A mesma curvou-se sobre ele, sussurrando em seu ouvido, e ele virou para ela, sorrindo. Eles parecem em sintonia. Uma do qual ele não tem há muito tempo comigo.

Sinto meus olhos arderem. Por que ele faz isso? Por que se afasta sem dizer nada ao invés de ser sincero comigo sobre o que está o incomodando?

— É só me deixar bater. — Dec disse ao meu ouvido, e eu sorri, agradecida.

— Obrigada, Dec, mas tem algumas coisas que o Justin vai ter que aprender sozinho.

Como o quão errado é brincar com os sentimentos das pessoas.

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