Luz

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A luz da janela trás de volta boas lembranças.
Onde naquela monótona tarde, eu escrevia meus contos e deixava de lado as desesperanças.

Lembro-me de tentar escrever algo que se aproximava do que eu queria para o futuro.
Agora minha caneta está quebrada e sou dominada por um pensamento impuro.

Naquela noite mais tarde, eu deitei a cabeça na cama e dormi perfeitamente.
Agora recuso a me render ao sono, e luto para esconder essa dor aqui presente.

Tenho uma vasta memória da tristeza, mas tão vaga é a felicidade.
Ando caminhando sobre os muros, procurando a minha liberdade.

Essa liberdade que sempre pensei que  possuía, mas ultimamente me parece tão distante.
Eu luto para alcança-la, mas não se tem o que fazer quando ela é relutante.

Escrevo por essa noite, só por hoje.
É só isso.
Não buscarei mais lágrimas, estou a procura de um sorriso.

Poesia DisfóricaOnde histórias criam vida. Descubra agora