-O que mais você está querendo? - Jhey pergunta a sua mãe pelo telefone, que liga pela quinta vez no mesmo dia.
-Jhey, isso não é brincadeira para você ficar fazendo o que bem entende, é pra você seguir o plano. Continua dando os remédios e entre com o pedido de internação na sexta agora, durante meu plantão.
-Eu já ouvi, ligou pra isso? - Diz de maneira um tanto desrespeitosa.
-Você acha que eu sou idiota, os comprimidos são contados, você não está dando pra ele tomar e nem se deu ao trabalho de jogar fora para fingir. - Ela não está com paciência para as crises de sua mãe, precisa se livrar dela logo, já já estará na hora.
-Falo contigo pela manhã. - E assim, desliga.
Finalmente pode largar o celular e apreciar seu novo marido.
Ian Keims.
Quem imaginaria que conseguiria isso, que estaria no mesmo quarto com aquele garoto pelo qual é apaixonada desde que se deu por gente, aquele menino fofo e tremendamente lindo, da pintinha charmosa no meio da testa. E que agora, neste exato momento, era seu marido.
Tudo que mais queria agora, era dormir com ele.
Ele estava de costas, entretido com a cortina daquela casa velha, quando Jhey o abraçou e respirou fundo para sentir seu cheiro.
-Jhey, eu sei que é nossa lua de mel e você não se incomoda com Chase e Mariah no quarto do lado, mas...
-Não me dispensa assim. - Sussurra ela.
-Eu não estou me sentindo bem, acho melhor voltar a tomar meu remédio.
-E o experimento que íamos fazer, para ver se há necessidade de tomar? - Insiste com a mesma ideia que o convenceu a parar de se medicar.
-Mas se não estou me sentindo bem, quer dizer que tem necessidade, certo?
Ian vira para encará-la, mas tal movimento não a faz soltá-lo. Pelo contrário, ela começa a desabotoar a blusa lentamente e coloca sua boca onde estava até então o primeiro botão.
Enquanto suas mãos desabotoam o terceiro, indo para o quarto, sua boca beija o meio do seu peito, beijos cada vez mais molhados, até quase tocar sua pele com a língua. E o simples encontro de sua pele quente e macia contra seus lábios já a deixava excitada, mas num nível...
Mas Ian não, ele não sentia nada.
Para Ian os beijos contra seu peito era tão excitante quanto tomar um banho, ler um e-mail, até mesmo cortar as unhas do pé. Inclusive, era isso que passava na cabeça de Ian, enquanto Jhey o seduzia, lembrava que precisava cortar unhas do pé.
-Ian, coloca as mãos na minha cintura. - E ele obedecia sem graça, querendo fazer aquilo por ela, mas como não sentia nada, não sabia nem como fingir, tudo que pensava em fazer parecia falso demais, teatral demais.
Suas mãos pareciam bobas em sua cintura, ainda mais quando ela começou a rebolar e se esfregar contra ele, e tudo que ele pensava era "estou fazendo papel de bobo, certeza".
Jhey, buscando despertar algo nele foi direito para sua boca e Ian, aliviado por pelo menos saber beijar, correspondeu.
Beijaram-se.
Mas então, acabou e foi só isso.
Jheyde vestiu uma camisola preta de renda, era possível ver completamente seus seios com aquilo, mas foi o tempo de vestir tal vestimenta para Ian deitar a cama e quase adormecer.
-Ian, não dorme, meu amor. - Sussurrava ela, mas já era tarde....
Ele começou a mudar, Jhey sabia disso, estava acontecendo.

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As quatro agendas
Lãng mạnNum golpe de sorte, a senhorita Vinz consegue seu então desejado emprego na maior empresa do estado, onde os donos são quatro irmãos, ela como secretária tem que realizar seu trabalho e cuidar desses quatro homens singulares, e descobrir o que suas...