Que... Não há adjetivos para expressar tudo, enquanto o elevador faz seu trabalho de me deixar o mais longe dele, puxo meu vestido para baixo, como deixei o tecido subir tanto... Quem dera o problema fosse só o vestido e sua ousadia...
Que ousadia.
Não é a palavra perfeita, mas se encaixa no que Chase fez.
E esse cheiro? Aff, puxo um pedaço do tecido que cobre meu ombro e cheiro, o perfume dele misturou com o meu, que ódio. O elevador abre no meu andar, não tenho pressa de correr para meu quarto, porque aí dele se vier me encher saco, vou xingá-lo.
Abro a porta do apartamento, enrolo o cabelo na minha mão e improviso um coque, prendendo-o com o próprio cabelo. Pego uma garrafa de água gelada, estou abrindo o armário atrás de um copo quando a porta abre, fico de costas, não quero nem olhá-lo.
-Vinz. - Já virei para fuzilá-lo.
-Nem fala comigo. - Penso em erguer a mão, mas estou tão lenta que desisto.
-Arram! - Disse num tom de "desisto de você". - Não vem fazer drama agora. - Ele está rindo?
-Eu vou processá-lo assim que acabar de chorar. - E meus olhos realmente encheram, bem, pelo menos tentei lacrimejar um pouco.
-Quero saber pelo o quê. - Chase está no meio do apartamento, estou protegida atrás do balcão.
-Eu fui atacada, abusada e usada pelo meu próprio chefe... - Pausa para lágrimas que não quiseram escorrer, nem piscando muito e ele... Só riu.
-Atacada? - Ele se aproximou, distraidamente, dois passos apenas em minha direção e senti um frio na barriga, ai meu deus, se ele fizer tudo de novo, eu vou me deixar levar. Não venha!
-Chase, é sério. - Nem bebi minha água.
-Para, até parece uma adolescente inocente...
-Chega Chase. - Seu rosto mudou, o tom de leveza e brincadeira desapareceu.
-Você sabe que não foi isso que aconteceu Mariáh, mas, se é esse jogo que você quer fazer, então, eu aceito. - Ele se aproximou mais, são sete passos agora.
-Que jogo o quê, não estou de brincadeira. - Digo tentando me manter firme.
-Eu só farei isso de novo... - Eu ia cortá-lo, mas ele levantou o dedo para deixá-lo terminar de falar. - ... Quando você me pedir.
Foi minha vez de rir, minha risada ecoou.
-Nunca. - Aviso, ele para de disfarçar e vem até mim, pega minha garrafa e bebe direto do gargalo.
-Você vai implorar de joelho. - Ele continuou rindo entre um gole e outro.
-Nem nos seus sonhos. - E foi assim que ele mudou a situação, os dois já estavam rindo na cozinha.
-Nos meus sonhos já estamos em outro patamar. - Arranco minha garrafa de volta e saio de perto dele.
-Quero distância de você. - Ando até meu quarto e antes de fechar a porta ouço- o dizer:
-Quero ver até quando. - E estou sorrindo, paro assim que lembro, que vergonha.
Trato de dormir logo e acordo no meio da noite suada, levanto e decido tomar um pouco de água, a porta do quarto dele está fechada, ando tranquila parecendo um zumbi sonolento, abro a geladeira e bebo.
Uma luz chama minha atenção na sala, Chase está dormindo sentado no sofá com o notebook sob as pernas, a iluminação da tela ilumina o rosto dele que apoiado nas almofadas está de lado respirando suavemente.
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As quatro agendas
RomanceNum golpe de sorte, a senhorita Vinz consegue seu então desejado emprego na maior empresa do estado, onde os donos são quatro irmãos, ela como secretária tem que realizar seu trabalho e cuidar desses quatro homens singulares, e descobrir o que suas...