O bar é tão diferente do resto do restaurante que parece que entrei em outro lugar, a música tem uma altura gostosa para poder conversar, o ambiente é escuro e as poucas luzes são todas florescentes de tons azuis.
Ailee está sendo engraçada, claramente exaltada pelo excesso de bebida, mas minha Mariáh está dormindo sob o balcão como se fosse a cadeira de sua própria casa, ela realmente dorme em qualquer lugar.
Parei atrás delas e, não sei, acho que nem sóbrias perceberiam minha presença, olhei em volta em busca de Beatrici, vish, que vergonha, espero que ninguém da família venha até aqui. Ela está fazendo strip-tease em cima de uma das mesas e olha que leva jeito, hein, não duvido que já tenha feito isso milhares de vezes.
-Ah, olha quem quer brigar com você agora. - Ailee cochichou alto para a dorminhoca. - Sai, minha amiga não quer falar com você. - Eu só sorri.
-Sua amiga? -Perguntei.
-Ihhhh tá sabendo de nada, somos amigas há mais de... - Ailee ergueu seu dedo indicador me fazendo esperar enquanto analisava seu relógio de pulso. - ... cento e dez minutos.
-Impressionante. - Fofa ela. - Foi um prazer, Ailee. - Ela assente com a cabeça num gesto de retribuição. - Obrigada por ter protegido minha desastrada. - Sua testa se franzi.
-Ela estava me contando uma história de bolachas e biscoitos, você deve ser o biscoito. - Ela quase virou o copo na cabeça de Mariah que continuou deitada sob o balcão.
-Depende, ela prefere o biscoito? -Tento tirar o copo de sua mão.
-Haha.... Ela disse que o biscoito beija bem... - Eu acabei rindo com ela. - Uuuuh minha música. -E assim Ailee correu até a mesa de Beatrici e começou a dançar junto.
Peguei Mariáh no colo e sai pela porta traseira, abri a porta de trás do carro e a deitei no banco de coro, seu cheiro é uma mistura de perfume, essência de morango e álcool, aé, a marguerita.
Fechei a porta, entrei no banco do motorista e dei partida no carro, a caminho de casa, descendo a rampa do estacionamento subsolo, a ouvi acordando, estacionei entre duas colunas enquanto ela tentava sentar com dificuldade, resmungando.
Sai do carro e abri sua porta. Nos olhamos um pouco.
-Você vai arranjar encrenca com Jessie. - Sua voz não está embargada, apenas lenta e fraquinha, como se tivesse gritado a noite toda.
-E se você repetir isso irá arrumar encrenca comigo. - Me apoio no carro, me inclinando para encará-la. - O que está acontecendo? - Mesmo já sabendo, quero ver o que ela irá dizer.
-Eu já aceitei ajudá-lo, Chase. - Foi tão sexy ouvi-la dizer meu nome, entrei e sentei ao seu lado, mesmo usando vestido Mariah está sentada de forma confortável com um joelho dobrado sob o banco para ficar de frente pra mim, nem mesmo arrumou o decote que mostra mais do que deveria.
-E o que anda fazendo comigo então? - Pergunto. - Chama isso de ajuda também? - Me aproximo, ela sente o que estou tentando fazer.
-Não estou gostando disso. - Apesar do que disse, assim que nossos rostos ficaram a centímetros um do outro ela fechou os olhos. - Eu nunca fiz nada com você. - Concluiu hesitante.
-Cansei dessa brincadeira de quero e não quero.
-Chase.
-Você simplesmente me quer. - Seguro seu rosto, não quero que ela se esquive e me aproximo até que meus lábios estejam tão perto que quando eu for falar acabe a tocando. - Diz que quer. - Não espero que responda, a beijo, devagar, sentindo sua boca, mordendo de leve, provando seu gosto, a outra mão acaba achando seu rumo natural, começo gentil no seu joelho e esse simples toque a deixa tensa e nervosa. - Eu quero ouvir você admitir, Vinz.
O beijo ficou mais intenso, minha mão já estava na sua cintura e tudo que eu queria é ter seu corpo mais perto e num movimento só, rápido demais para pensar duas vezes, ela já estava sem cima de mim. Ela quer parar, quer que eu pare, quer que algo nos impeça, mas nada no mundo agora pode nos parar.
Minhas mãos subiram e desceram pelas suas costas, queria que ela soubesse que eu também estava tentando parar, não era para ir tão longe, era só um beijo, não quero que ela me entenda mal.
Puxo sua cintura para baixo, como se fosse possível ficar mais próximo do que isso, seus joelhos dobrados se encaixam ao meu redor, eu estou excitado e ela já deve estar bem certa disso.
Tudo fica intenso demais, estou num torpor que não estou mais pensando em nada e sei que depois irei agradecer por ela ter simplesmente aberto a porta e saído do carro, lógico que ela teria caído se eu não tivesse segurado, além de atrapalhada por natureza ainda está sonolenta. E aos tropeços, Mariah andou o mais rápido que se pôde com um salto daqueles e pegou o elevador de serviços.
Não a sigo.
Me arrependo assim que a vejo ir embora, sinto uma raiva profunda de mim, por mais que ela estivesse correspondendo a tudo, ainda assim está lenta, ela deve esta pensando um monte de merda sobre mim. Estraguei tudo.
Até eu no lugar dela casaria com Jessie.
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As quatro agendas
RomantikNum golpe de sorte, a senhorita Vinz consegue seu então desejado emprego na maior empresa do estado, onde os donos são quatro irmãos, ela como secretária tem que realizar seu trabalho e cuidar desses quatro homens singulares, e descobrir o que suas...