[Harry's POV]
Eu acordo no Jeep do Louis, estou no banco do passageiro, provavelmente foi só um sonho por que do meu lado está Ed, dirigindo, eu devo ter dormido no acampamento e então Louis deve ter me colocado aqui pra poderem seguir viajem, mas por que Ed esta aqui e não Louis ?
- Oi Ed - eu digo, me espreguiçando, ja esta de noite - cadê o Louis ?
Ele não responde, nem se move, continua olhando para a estrada, que está vazia, onde estão os ônibus o os caminhões? Eu olho pelo retrovisor e vejo que eles não estão nos seguindo também, onde está todo mundo?
- Onde a gente ta indo Ed ? - eu pergunto com mais seriedade dessa vez - cadê o Louis?
Ele continua me ignorando, o que esta acontecendo? Por que a minha cabeça esta doendo tanto? Então a minha ficha cai, não foi um sonho, quem me sequestrou foi o Ed, mas por que? Então eu lembro que eu deixei Louis (a pistola) do lado do banco enquanto estava comendo meus MMs, mas devo continuar no joguinho de Ed, pode ser mais seguro.
- Quando a gente acordar você me chama ok? - eu pergunto, mas ele continua ignorando. Então eu me acomodo no banco, me jogando para o lado propositalmente, a fim de conseguir pegar Louis sem que Ed tome conta disso. Eu a pego e a coloco no meu sinto, escondendo-a com a camisa. Então eu fecho os olhos e tento dormir de verdade.
[Eleanor's POV]
Pobre Niall, ele e Indy eram tão próximos, não acredito que ela está morta, eu via ela de longe, ela devia ser legal, eu nunca vou poder dizer com certeza por que ela não falava comigo, aliás, ninguém fala. Eu me ofereci para ir procurar comida, e aqui estou eu, andando pelas ruas de alguma cidade da qual eu nem sei o nome, procurando um mercado, uma farmácia, qualquer coisa, estou com Louis em mãos, meu arco, sim, eu coloquei o nome dele de Louis, eu queria ser mais próxima de Louis (real), então eu coloquei esse nome, não faz muito sentido, mas idai? Eu gosto do Louis, mas ele me odeia, não sei dizer o motivo, sempre tentei ser o mais legal possível, porém ele vive me chutando, e mesmo assim eu não consigo odiá-lo.
Eu chego em uma esquina e encontro um mercadinho simples, não deve ter muita coisa, mas ja esta escurecendo e eu estou procurando por qualquer coisa que possa ajudar por mais de 4 horas.
Eu entro.
O lugar é bem precário, cheira à cigarro e carne podre, as paredes todas sujas de sangue seco, alguém ja passou por aqui, porém deixou algumas coisas para trás, algumas latas de sardinha, balas de goma, ração de cachorro, sim, nós comemos ração de cachorro, situações desesperadas pedem ações desesperadas certo? Eu pego tudo de útil que eu pude achar, coloco em um carrinho e volto em direção ao acampamento.
Chegando lá eu levo o que eu encontrei para Louis.
- Louis - digo com a voz baixa - voltei.
- O que você encontrou ? - ele pergunta.
- Isso - aponto para o carrinho - é pouco mais eu acho que se a gente...
- Pouco - ele me corta - isso aqui é quase nada.
- É - tento falar - mas se a gente racionar eu acho que da para chegar na próxima cidade.
- Aah - ele levanta as mãos e da uma risadinha - você acha? E desde quando o que você acha faz sentido? Desde quando você faz sentido? Eu não devia ter confiado em você, devia eu ter ido achar comida eu mesmo.
- Mas Louis... - eu tento falar, meus olhos se enchendo de lagrimas.
- Sem mais - ele me corta mais uma vez - se você acha que se nós comermos pouco e racionarmos a comida, ela será suficiente, por que você não fica sem comer?
- Mas eu estou com fome - eu começo a chorar - andei o dia todo tentando achar comida...
- Sem mas - ele me corta uma ultima vez antes de ir embora levando a comida.
Então eu entro em um dos ônibus, me encolho em um banco e durmo.
Quando acordo, Niall esta do meu lado, com uma latinha de feijão e um saquinho com algumas balinhas de goma.
- Toma - ele me da a lata, as balinhas e uma colher - come.
Eu abro a latinha e começo a comer desesperadamente, ja faz um bom tempo que eu não como, Louis tem distribuído a comida e nunca tem sobrado para mim.
- Obrigada - digo, com a boca cheia de feijão - mas por que você esta sendo legal comigo? Todo mundo me odeia.
- E eu acho muito errado - ele sorri - quero ser seu amigo, qualquer coisa que você precisar, venha falar comigo, e nao com o Louis, ok ?
- Ok - eu digo, dando um sorrisinho fraco para ele, então ele sorri para mim e sai do ônibus.
Eu termino de comer o feijão, que por sinal estava ótimo, e como somente duas balinhas de goma, pois decido guardar algumas para mais tarde, coloco-as em baixo do banco e volto a dormir.
