Uma História que Começa

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Quinze anos atrás...

Severiano estava de um lado pro outro pensativo e aborrecido, depois que a filha tinha passado mal pela manhã descobriu através do amigo e médico doutor Ângelo que Cristina estava grávida de quase dois meses, sua cabeça estava a mil, porém quando a esposa entrou no quarto os dois se olharam cúmplices como sempre.

- Não aceito que minha filha se case com um peão que não tem o mínimo pra cuidar de Cristina _ falou como a mãe coruja que era.

- Não sei se escutou, mas ela está grávida, vai ter que casar e Diego infelizmente é nossa única opção mulher _ sentou na ponta da cama e a encarou _ o que sugere se não esse casamento falido?

- Frederico, seu afilhado é um homem solteiro, além de ter uma ótima fazenda onde Cristina ia se dar bem, nossa menina é criada nas comodidades da cidade, mas com ele aprenderia mais do campo, o que acha?

- Seria ótimo, mas temos que saber dele primeiro e depois falar com Cristina, mas agora que me abriu os olhos não permitirei que ela se case com Diego.

- Minta e diga que é um primo distante, que é um bom homem e trabalhador, mas não podemos demorar, em breve sua gravidez vai ser percebida _ disse aflita.

- Bom hoje mesmo irei até a fazenda e falarei com ele, vamos arrumar tudo em uma semana pra que não haja comentários maldosos sobre nossa filha _ disse cuidadoso _ vamos conseguir mulher _ puxou ela colocando em seu colo e a beijou.

- Você é a melhor coisa que aconteceu comigo sabia? _ deu mais alguns beijos e acariciou seu rosto admirando seu marido _ você é meu tudo senhor Alvarez!

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O dia era pra ser de festa, mas o clima estava de velório, Cristina iria conhecer o seu futuro marido e se casar contra sua vontade, estava arrumada como pediu seu pai e quando olhou a porta viu o homem de jeans, botas e uma camisa xadrez com três botões abertos mostrando um pouco do seu peitoral musculoso quase sem pelos corporal e com a pele morena queimado do sol, viu também que ele tinha bigode e cavanhaque e uns chamativos olhos verdes que lhe davam uma forte presença, aquele homem que não precisava de apresentação era seu "primo distante" e também futuro marido "Frederico Rivero".

- Que bom afilhado, chegou cedo, pensei que não viria a essa hora _ Severiano falou assim que o viu.

- Ela tá prenha mesmo? _ olhou com estranheza o ventre dela, porque o vestido só estava um pouco apertado e nada mais _ a moça vem comigo agora padrinho?

- Calma, antes vão casar no civil pra que tudo se ajeite conforme manda a lei  _ olhou a filha e sorriu mostrando calma _ esse homem é seu primo distante _ mentiu sobre o parentesco _ mas meu afilhado e por mim vai fazer o favor de se casar com você e assumir essa criança.

- Mas papai... _ foi interrompida.

- Nada de reclamações _ levantou a mão não pra bater mas sim pra pedir a palavra e ela se calar naquele momento _ agora quero que os dois se resolvam, conversem, Frederico é um bom homem então eu peço que escute ele Cristina _ saiu assobiando tranquilo.

- Eu vou casar com você não tenho problema quanto a isso, pelo menos o bacuri quando nascer vai ter meu sobrenome, vou ser pai e criar sem problema ou distinção _ explicou e ficou encarando ela que ficou um pouco sem graça e desviou o olhar.

- Você é homem, vai querer um dia fazer sexo, mas eu não quero ser sua mulher na intimidade entendeu? _ falou na defensiva _ e não quero que você fique bravo e que me force.

- Não sou abusador Cristina! _ se aborreceu com as palavras dela e respondeu  _ eu vou te respeitar, posso ser homem do campo, mas sei meus limites com uma mulher.

JÁ NÃO POSSO NEGAR... QUE TE AMOOnde histórias criam vida. Descubra agora