Permissão pra ser Infiel!?

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A vontade dele era rir, mas iria obedecer a esposa, quando caminhava pegou uma garrafa de mezcal pela metade e foi bebendo até o quarto de hóspedes, assim que abriu a porta viu um pijama na cama e um bilhete nada carinhoso.

- "O pijama deve ser usado todos os dias durante a festa da colheita, não te quero ver pelado na frente de nenhum convidado do sexo feminino." _ ele quando terminou de ler gargalhou alto e foi tirando a roupa _ ela me quer, só é tímida minha cabritinha prenha _ entrou no chuveiro e deixou a água cair em seu corpo de forma livre, essa noite teve a atenção e o ciúmes da esposa e aquilo era a glória pra ele.

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No dia seguinte Frederico acordou ao lado da sua esposa que estava com um ar pleno e agarrada em seu peitoral, estavam na cama do quarto de hóspedes, naquele instante o homem ficou tão confuso ao lembrar das irmãs Falcon e depois estranhou o fato ter dormido vestido e acordado vestido.

- Mas o que tô fazendo com pijama!? _ estava suado e tirou Cristina de cima com cuidado _ o que você tá fazendo aqui mulher?

Meio zonzo e com a cabeça dolorida ele foi pro banheiro tomar um banho rápido tinha muita coisa pra fazer hoje e isso incluía levar o sogro pra um passeio na fazenda, mostrar as novas plantações de banana e o curral mais estruturado que tinha construído fazia muito pouco tempo. Quando desceu apenas tomou um café preto sem açúcar e um sanduíche de ovo com queijo e já foi direto pra onde o sogro lhe esperava.

- Pensei que minha filha não ia lhe largar hoje Frederico _ bateu no ombro dele gargalhando _ acordou tarde, parece que o negócio foi bom ontem verdade.

- Não senhor, eu só perdi a hora padrinho _ falou sem jeito _ então vamos ver tudo?

- Não rapaz, eu já sei o que fez, acordei mais cedo e já recorri toda fazenda, eu quero saber é do seu casamento com a minha filha, espero que aquele incidente com aquelas damas não seja comum por aqui _ disse medindo as palavras ditas.

- As irmãs Falcon? É... bom padrinho eu era solteiro até umas semanas, porém respeito minha esposa e nosso casamento _ disse sério, mas sabendo que atitude iria tomar.

- Era solteiro rapaz... _ olhou o horizonte e suspirou pesado _ o tipo que minha filha queria é um marginal que não vale nada, queria subir na vida com o meu dinheiro e não ligava pra minha filha, por isso obriguei ela a casar com você.

- Pra ter o controle? _ se posicionou ao lado dele _ de mim e dela?

- Não Frederico, esse casamento teve a intenção de separar minha princesa daquele troço de homem _ disse sincero _ Não tem ideia das atrocidades cometidas por esse meliante.

- Que tipo de porcaria esse homem era? Porque casar sua filha comigo e sem amor? _ falou mantendo a calma _ Ainda não entendo padrinho, podia ser com qualquer um.

- Diego me roubava, tem dividas com deus e o mundo e no fim engravidou minha filha pra ter o dinheiro que é meu, além disso não queria Cristina grávida e desprotegida, eu não sou um jovem, nem forte o suficiente pra cuidar dela bebê e a minha esposa.

- É, eu sei que teve problemas com esse daí, mas seja realista não vamos durar muito tempo, viver com Cristina é complicado, sua filha é bipolar, não tem respeito por meus sentimentos _ suspirou tentando conter o sorriso que dava ao enumerar seus defeitos _ desculpa, mas ela é uma maluca.

- Está gostando dela rapaz, conheço esse olhar _ sorriu e fez um gesto de mão _ não precisa negar o inegável, você e Cristina estão começando a criar vínculos.

Frederico não falou mais nada, não queria sentir amor por Cristina, mas não conseguia controlar seus sentimentos e algo dentro dele já começava a gostar da mulher que casou quase a força.

Cristina acordou um pouco depois dele e levantou fazendo sua higiene íntima e colocando uma roupa mais confortável, desceu e deu de cara com a mãe que tinha preparado uma mesa de café da manhã com tudo que a filha gostava, a mulher tinha um sorriso faceiro no rosto.

- Mãe o que é tudo isso? _ coçou os olhos e sentou _ tem bastante comida e Frederico não come pela manhã.

- Seu pai disse que os dois estariam aqui no horário marcado! _ falou satisfeita.

- O meu marido não come a essa hora, costume dele não me meto nem vou me meter.

- Mas bem que ontem se meteu e pós ele pra dentro verdade filhinha? _ prendeu o riso vendo ela vermelha de vergonha _ aconteceu algo? Pode me contar filha.

- Aconteceu o que? Nada mamãe, eu que não tenho vocação pra ser chifruda de um casamento de mentira _ disse sem medir as palavras _ Frederico que fique com quem quiser, mas em um lugar reservado, não debaixo do mesmo teto que o meu.

Mas o que nenhuma das duas viu foi que Frederico estava escutando a conversa e observando cada reação de ambas mulheres, mas principalmente a de Cristina, a menina lhe intrigava de um modo que sua mente travava e ficava igual um homem das cavernas sem pensar direito no que falar ou fazer com ela, mas depois de escutar a infeliz frase teve que se fazer presente.

- É bom saber que minha esposa me dá permissão pra lhe ser Infiel _ estava sozinho parado no meio da sala e a olhando fixamente _ dona Consuelo me de licença pra que eu converse com Cristina um segundo a sós _ apontou o escritório e foi primeiro.

- Filha vai resolver esse mau entendido com ele, vocês dois são cabeça dura mesmo vão ter que chocar contra pra aprender a se amarem.

- Não suporto quando ele fica assim mamãe! _ bagunçou os cabelos e suspirou achando tudo aquilo ridículo.

Mas como pediu o marido ela foi ao seu encontro pediu licença e entrou encontrando ele com um copo de tequila e o olhar fixo na janela... viu a dureza em seus traços masculinos e por alguns segundos se permitiu contemplar seu esposo, assim como se aproximar e tocar seus ombros e abaixar um pouco soprando em seu rosto pra que ele tomasse aquela aproximação como uma trégua.

- Porque é tão duro comigo? _ se ajoelhou e pós a cabeça no colo dele _ porque não se abre pra mim senhor Rivero?

- O que pensa que está fazendo? _ olhou pra baixo e parou pra lhe apreciar _ Cristina não sou duro com você, apenas não tive nenhum tipo de vínculo com uma mulher tão nova como você e não sei lidar com arroubos de juventude.

- É só isso? Não tem haver com o fato de eu ter um bebê de outro? Sei que tem o seu orgulho _ disse com a voz baixa e culpada.

- Não... Um bebê é como uma coisa boa, e ele é inocente em toda essa história _ ele acomodou a cabeça dela e foi acariciando _  deveria se cuidar mais, a gravidez tá só no início.

- Sim, mas eu preciso da minha resposta _ respirou fundo e levantou sentando na cadeira ao lado _ você é muito duro comigo, admito que ainda estou me acostumado com seu jeito e nossa diferença de idades.

- Sim Cristina, temos uns anos de distância e sou duro as vezes, mas não quer dizer que não goste de você _ falou sem jeito _ o que quero dizer não tem nada haver com idade, mas com o fato de termos um casamento de aparência, antes de você eu tinha muitas e todas me tinham.

- Tirei seu posto de garanhão solteiro e por isso quer sempre me por pra baixo e brigar comigo, é isso verdade? _ fungou e segurou o choro _ eu entendo, não deve ser fácil pra um homem solteiro casar com um menina mimada e grávida _ enxugou a lagrima que insistiu em cair e foi levantar _ a verdade é que você nunca vai me amar Frederico Rivero!!

JÁ NÃO POSSO NEGAR... QUE TE AMOOnde histórias criam vida. Descubra agora