Any Gabrielly
Vesti uma blusa preta com estampa de abacaxi e um shorts jeans de lavagem clara, nos pés calcei meu vans preto e por último, prendi meu cabelo em um coque alto e desleixado.
Depois de Joalin me obrigar muito, decidi ir ao hospital, fazia alguns dias que eu estava com enjoos e tonturas fortes. Ela insistia em dizer que era gravidez mas eu achava que não, em todas as vezes que eu e Josh tivemos relação eu tomei pílula do dia seguinte.
Pedimos um uber, chegamos em vinte minutos. O hospital estava um pouco cheio, então estávamos esperando. Joalin se levantou e me encarou.
- Vou beber água. – Murmurou e eu assenti.
Fiquei vagando meus olhos por aquela sala branca, aquele cheiro de hospital me incomodava, assim como as feições fechadas de todas aquelas pessoas sentadas. Meus olhos correram por aquela senhora que chegava com um sorriso no rosto, engoli seco, as lágrimas chegaram em meus olho.
Assim que nossos olhares se cruzaram, ela se manteve séria. Mordi os lábios sentindo o meu nariz arder, estava difícil de controlar a vontade de desabar alí mesmo. Me levantei dalí e pus minha bolsa no ombro, pronta para ir embora. Me virei e caminhei até a porta da sala.
- Any. - Ouvi sua voz e fechei os olhos, derramei algumas lágrimas e me virei. – Minha menina, como você está linda, virou uma mulher.. - Yonta levou sua mão esquerda até meu rosto e o acariciou.
- Não me chame de sua menina, não dirija uma palavra sequer a mim, você perdeu todo esse direito quando me largou sozinha! - Engoli seco apontando o dedo em seu rosto.
- Não diz assim meu amor, eu me transtornei, era apenas preocupação. Eu sabia que você não iria ser feliz nas mãos de um bandidinho meia boca, sabia que essa relação com ele só iria te trazer má sorte.
- Pois soube errado, é com ele que sou feliz hoje, foi ele quem me deu meu maior presente e eu serei eternamente grata. – Pausei. – Nunca esperei isso de você, que dizia que a base da sua vida era Deus e não exerceu o amor ao próximo que é um dos principais mandamentos.. eu tenho nojo de você.- Me exaltei, seus olhos estavam cheios de lágrimas.
- Espero que um dia tu se dê conta da burrada que está fazendo da sua vida. - Fungou.
- Espera sentada. – Limpei o meu rosto.
- É sua vez, Any. – Joalin murmurou ao meu lado, o tom de sua voz era de desconforto. Apenas assenti e caminhei com ela até a sala quatro.
Por mais difícil que fosse, tentei me acalmar, não queria fazer escândalo no meio do hospital, apenas queria ser atendida e ir para casa.
A doutora sorriu para mim e eu retribui com um sorriso amarelo. Ela perguntou todos os meus sintomas e eu disse. Fiz o exame de urina, de sangue e um beta HCG. Esperamos durante uma hora, aproveitamos para lanchar, logo bateu a hora de voltarmos.
Me sentei na cadeira e suspirei fundo, estava com medo do que sairia da boca da Doutora Isabela.
- Bom, como eu pedi, realizamos o exame beta HCG, já era do esperado, parabéns, você está grávida. – Sorriu abertamente.
Joalin soltou um grito histérico enquanto eu assimilava o que eu havia acabado de ouvir.
***
Meu coração estava a mil, eu seria mãe novamente, estava feliz, muito feliz. Grata a Deus por ter permitido eu sentir essa sensação tão linda novamente, esse amor inexplicável que poucos são capazes de desfrutar. Não sabia como contar para Josh ou como ele iria agir, ele é uma caixinha de surpresas.
Eu ainda estava mexida, o meu encontro com Yonta me pegou de surpresa. Minha mente está a um mil. Era inacreditável a forma que ela falava as coisas, com convicção, sem um pingo de arrependimento.
Querendo ou não, eu tenho um apego a ela, foi a minha segunda mãe durante nove anos da minha vida. Matou e morreu por mim, se dedicou mas infelizmente, mostrou o seu lado de dentro, sua verdadeira personalidade.
Josh Beauchamp.
Minhas mãos soavam frio, era minha decisão, era o dia mais feliz da minha vida e também o mais difícil. Fazia algumas semanas que eu planejava me casar com Any o mais rápido possível.
Pedi ajuda para Sina, porque eu sozinho não iria render, sou muito enrolado com essas porras. Ela levou Any ao shopping, para um dia só delas, depois voltariam para casa, se arrumariam e iriam para a quadra do baile, onde aconteceria o meu casamento.
Decidi deixar a vida do crime, não pensei duas vezes porquê se eu pensasse, sei que iria desistir e voltar com minha palavra. Passei o morro para Pepe, muitos me chamam de louco por isso mas tenho a certeza absoluta que fiz a coisa certa.
PG lutou por essa favela desde menorzinho, foi subindo de cargo com seu progresso. Ron passou o cargo para mim assim que morreu, me escolheu por um motivo inusitado, ser seu filho legítimo. Fiquei feliz, batalhei para caramba para conseguir mas Pepe viveu para isso, desde menorzinho com esse sonho.
Não vou mentir, tô felizão. Finalmente...Finalmente vou conseguir viver em paz com a minha morena, depois de muito esforço e muitas decepções, nós dois conseguimos. Ela me mudou, deixei a vida do crime por ela, deixei tudo que me prendia apenas por ela.
-Tá pintoso irmão. – Noah murmurou e eu gargalhei ajeitando a gravata.
Eu vestia um smolken preto com uma blusa branca por baixo, uma calça também preta e minha gravata estampada. Ajeitei o cabelo me olhando no espelho e passei o perfume.
- Sempre achei uma viadisse do caralho esse bagulho de nervosismo para casar mas puta que pariu, tá dando um negócio doido aqui, mané. - Fiz cara de dor e passei a mão na barriga.
- Eai, já preparou o discurso? – Jaden perguntou.
- Tem discurso mais lindo que ela gemendo de noite na minha cama não ô.- Fez cara de nojo.
- Poupe-me dos detalhes. – Ele disse e nós rimos.
Ajeitamos mais algumas coisas em casa e partimos para a quadra. Bailey foi dirigindo enquanto Noah dividia uma garrafa de vodka comigo, eu estava nervoso, parecia um viado mas era a verdade. Só a bebida para me deixar mais tranquilo.
- Tu vai conseguir... - Eu assenti.
- Já passei por coisas mais difíceis. – Mordi os lábios e fechei os olhos.
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Oie, só passando pra avisar que essa história é uma adaptação da wtfgirlzz
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By: Laura✨
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Traficante - *Beauany*
Fiksi PenggemarEle vinha, ela ia. Eram opostos que se esbarram na estrada da vida, e sonharam. Ele sempre uma forma de ser calculista, e ela sonhava lindamente. Não eram bons um com o outro, e não sabiam andar de mãos dadas, mesmo que o caminho fosse o mesmo. Ela...