Avalanche ; Obidei/Tobidei (Hiato)

Capítulo 11

Obito abriu os olhos e encarou o teto branco por um momento. Ele se sentou e olhou em volta, percebendo que estava em uma cama de hospital.

Sua visão capturou silhuetas no canto da sala. O moreno se virou para elas e viu que eram Kushina, seu time e um ANBU.

A ruiva percebeu que ele havia despertado e logo se levantou para abraçá-lo.

"Obito! O que aconteceu?" – Perguntou ela gentilmente.

As memórias voltaram como um trem de carga sem freio e Obito sentiu lágrimas começarem a escorrer.

"D-Deidara. Eu o m-matei." – Respondeu ele com uma voz trêmula.

Seu time ficou visivelmente chocado, enquanto não tinha jeito de ver a expressão do ANBU através da máscara.

Kushina o apertou um pouco e olhou para os outros que estavam na sala. "Saiam."

Minato parecia querer protestar, dizendo que ele era o Hokage e precisava saber, mas Kushina enviou um olhar que o calou com eficácia. O ANBU desapareceu em uma nuvem de fumaça, enquanto os outros saíram pela porta.

A kunoichi se virou para o moreno que estava chorando. "Somos só nós dois aqui. Pode me contar o que aconteceu?" – Começou ela, suavemente, com os braços ainda ao redor do garoto.

Obito a encarou, antes de relaxar no abraço e começar a dizer o que aconteceu.

Kushina mordeu os lábios e passou as pontas dos dedos pelo cabelo do menino. "Dei é forte, ele vai sobreviver." – Disse. "Além disso, Orochimaru não deixaria seu mais novo experimento morrer tão cedo." – Terminou ela com desdém.

Obito cerrou os punhos e limpou as lágrimas, sentindo a tristeza se dissipar, com a raiva tomando o lugar.

Ele ergueu os olhos, agora em um tom carmesim, com tomoes em forma de shuriken de cor preta.

Os olhos de Kushina se arregalaram. "Mangekyo Sharingan." – Sussurrou ela, logo depois fazendo uma careta. "Foi algo realmente ruim."

Ela resolveu não dizer para ele que a invasão estava terminada e, agora, nem Konoha e nem nenhuma outra nação além de Iwa tinha o direito de procurar pelo loiro desaparecido.

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Deidara despertou com uma dor intensa no estômago. As memórias voltaram rapidamente e ele sentiu vontade de vomitar.

Ele olhou para baixo e viu que o local da dor estava costurado. O loiro ouviu um barulho vindo do canto da sala e rapidamente entrou em alerta. Olhou para o lado e viu um homem de cabelo longo e cinza puxado em um rabo de cavalo baixo, óculos redondos e roupa quase completamente roxa.

"Olá, Deidara." – começou o homem. "Meu nome é Kabuto Yakushi, e, por hora, serei seu médico e guarda. Me certificarei que você não morra e não saia desta sala." – Terminou, mexendo um pouco nos óculos.

Deidara se encolheu ao perceber que estava completamente desarmado e seu chakra estava suprimido. "O-Onde eu estou?" – Gaguejou. "O que quer de mim?"

O homem soltou uma risada. "Você não precisa saber onde está. O que queremos de você? Bem..." – Fez uma pausa. "Você irá descobrir em breve, de qualquer maneira."

Logo após dizer isso, a porta se abriu e Orochimaru entrou.

"É mais uma coisa para esconder da Akatsuki, mas valerá a pena." – Disse o homem-cobra com um sorriso malicioso.

Ele agarrou o braço de Deidara, que puxou o braço para si mesmo.

O sannin deu um sorriso assustador. "Seja obediente, Deidara. Não me obrigue a usar a força." – Falou, subitamente sério.

O loiro continuou encolhido, tentando retirar seu braço do aperto do homem, mas falhou quando sentiu chakra entrar em sua nuca e parou de lutar.

Orochimaru virou sua mão, deixando sua palma à mostra. Ele retirou equipamentos como facas, agulhas e bisturis e começou sua pesquisa, ignorando os gritos e grunidos de dor do garoto.

Kabuto assistia tudo, sem nem um pingo de compaixão.

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"Como assim eu não posso ir procurá-lo!?"

Minato esfregou as têmporas, sentindo uma enxaqueca chegando com os gritos de Obito.

Ele fixou seu olhar no garoto novamente. "Eu entendo que você fez um amigo, Obito. Mas ele não é da nossa aldeia, dito isso, não é problema nosso." – Suspirou. "Além disso, o Tsuchikage literalmente o usou como moeda de troca, trazê-lo para cá romperia essa época de paz instável." – Explicou o Hokage.

Quando o moreno parecia prestes a reclamar mais, duas pessoas entraram na sala.

"Obito, pare de importunar nosso sensei." – Chamou uma voz feminina, tingida de aborrecimento.

As pessoas que entraram na sala eram Kakashi e Rin.

Obito cerrou os punhos. "Como eu deveria!? Ele foi um amigo muito bom, sabe!?" – Gritou.

Kakashi bufou. "Pensei que vocês se conheceram com ele te dando um socão no estômago." – Falou categoricamente, enquanto a menina soltava uma pequena risada.

"Eu pensei que ele era uma garota, por isso que ele me bateu. Mas depois saímos juntos e nos tornamos amigos!" – Exclamou o moreno.

"Sim, claro, como se alguém fosse querer ser seu amigo!" – Falou Rin. "Você é chato e barulhento, sem mencionar que é grudento."

Isso abaixou um pouco o astral de Obito, mas não diminuiu sua determinação em conseguir a permissão para procurar Deidara.

"Não ligo. Eu preciso encontrar ele. Sensei!" – Chamou ele.

Minato suspirou pela milésima vez naquele dia. "Obito, sinto muito, mas você está proibido de procurar aquela criança." – Falou ele, com uma voz autoritária.

O rosto do moreno se contorceu de raiva, enquanto o rosto de Rin mostrava presunção. Kakashi por sua vez parecia um pouco hesitante.

"Sensei, por que não fazemos uma verificação de perímetro? Se conseguirmos encontrar Orochimaru será uma coisa boa, já que ele é assunto de Konoha." – Disse o menino de cabelos prateados, secretamente tentando ajudar Obito.

O Yondaime rapidamente concedeu permissão, visto que o pedido vinha de seu aluno preferido.

Um tempo depois, Obito chegou ao portão da aldeia, pela primeira vez mais cedo que o normal. Kakashi já estava lá.

O Hatake colocou uma mão no ombro de Obito, que pulou um pouco com o contato inesperado.

Kakashi deu um sorriso com os olhos. "Obito, você me ensinou que não devemos deixar nossos companheiros para trás. Então faça questão de seguir o seu lema."