O Atentado

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POV. Christian

Abri a porta do quarto em que a Zena está e com cuidado entrei com a bandeja nas mãos carregando seu pequeno almoço, faz dois dias que ela não está comendo direito, exatamente desde que a Julie veio visitá-la e mesmo que não devesse me preocupar, eu estou me preocupando com ela.

_ Hoje você vai comer! _ Falei puxando a cadeira para me sentar _ Trouxe salada de frutas, leite com café, pão e omelete! _ Falei tentando deixa-lá com gula.

_ Eu não quero nada, saia daqui! _ Falou com a voz fraca.

_ Você precisa comer, não posso ter uma refém doente! _ Falei insistindo_ Toma pelo menos o leite com café! _ Falei tentando lhe dar e ela virou o rosto.

Fez uma cara feia indicando sua insatisfação e eu bufei impaciente, não costumo implorar para as pessoas, ela está me fazendo praticamente implorar para que coma, sendo que tudo não passa de uma birra.

_ Tudo bem, eu vou soltar seus braços e você vai comer sozinha, sem tirar a venda, combinado? _ Perguntei e ela permaneceu em silêncio.

Desfiz as cordas em seu braço e pude ver as marcas delas em tom roxo praticamente, e algumas vermelhas, indicando que estava apertado e a machucando. Logo que os braços ficaram livres ela suspirou em alívio.

_ Não consigo sentir meus braços, estão doendo e dormentes! _ Falou choramingando.

_ Agora coma! _ Falei pousando a bandeja em suas pernas.

_ Preciso usar o banheiro, por favor! _ Falou em súplica e eu revirei os olhos _ Não vai querer que eu faça aqui mesmo, vai? _ Falou.

Tirei a bandeja das suas pernas e desamarrei seus pés também, a segurei sem delicadeza pelo braço e seguimos até o pequeno banheiro do recinto, a fiz entrar e como estava com venda, achei por bem ajudá-la.

Levei minhas mãos em sua calça jeans e ela logo me impediu assustada.

_ O que pensa que está fazendo? _ Falou se afastando.

_ Eu só ia te ajudar! _ Falei e ela retraiu-se.

_ Saia, por favor! _ Falou emburrada.

Agarrei na minha arma e me aproximei dela a agarrando com força pela cintura e fiz com que o cano frio da arma tocasse sua testa e ela começou a tremer.

_ Não tire a venda, nem mesmo tente alguma coisa, pois está cheio de homens meus por aqui, seu destino será a morte! _ Falei e ela assentiu com a cabeça rapidamente.

Saí do banheiro e fechei a porta a deixando com sua privacidade inútil. Fiquei andando de um lado para o outro em torno da porta e o silêncio que se ouvia lá dentro estava me intrigando. Me aproximei para bater, mas me contive.

Quase cinco minutos e eu não exitei, comecei a bater na porta duramente.

_ Zena, saia logo! _ Falei num grito e nada_ Vou entrar! _ Falei e abri a porta bruscamente.

Tão logo olhei para dentro e a vi deitada no chão, me baixei para ver e ela não se mexia, sua respiração estava mais fraca, tirei sua venda e vi que seus olhos estavam fechados, o pano até deixou marca.

_ Zena, acorde, Zena... _ Falei dando batidinhas em seu rosto e nada_ Porra
... Essa não! _ Falei e a segurei no colo.

POV. Christian off...

(...)

Estacionei o carro em frente à escola da Kristen e da Alicia e desci ficando em pé no lado de fora, hoje dispensei o motorista, precisava de ar puro, de alguma desculpa para sair, pois o khalil não estava cedendo, porém, ainda assim, acho que ele vai enlouquecer quando souber o que fiz.

E No Último Suspiro... 4° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora