Tudo um dia desmorona [part 2]

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POV. Julie

| México

O táxi parou em frente a casa e eu desci sendo seguida pela Zena, abri a minha bolsa e paguei o táxi que logo se foi, tão logo me virei e a Zena já havia entrado. Passei as mãos no cabelo e entrei correndo até ela e quando a alcancei próximo da porta agarrei seu braço levemente a virando para mim.

_ O que você quer?_ Perguntou irritada e eu a olhei implorando.

_ Até quando vai agir assim comigo?_ Falei e ela revirou os olhos_ Por favor me entenda, tudo o que fiz foi por nós, me perdoa, eu sinto a sua falta Maninha!_ Falei derramando lágrimas de dor.

Ela ficou um tempo olhando para mim e eu vi em seus olhos tristeza, ela também estava sentindo a minha falta, mas é orgulhosa demais para admitir.

_ Eu nunca vou te perdoar!_ Falou dura me olhando nos olhos_ Tudo o que está acontecendo e vai acontecer é culpa sua, tomara que o meu tio expulse você, assim não terei que olhar para essa sua cara!_ Falou e se virou abrindo a porta e entrou.

Meu coração estava doendo demais, eu estava perdida nesse momento, não a julgo, eu mesma causei isso, agora tenho de arcar com as consequências. Limpei minhas lágrimas me recompondo e também entrei fechando a porta.

_ Você está bem? Eles te fizeram alguma coisa?_ Falou meu tio abraçando a Zena.

_ Eu estou bem Tio!_ Falou ela.

Abracei meu corpo e olhei para o lado vendo o Lutero me encarar, logo desviei o Olhar e vi a Zena olhar para nós com nojo.

_ Como?_ Falou meu tio olhando para mim e eu o olhei sem entender.

_ O quê?_ Perguntei confusa.

Ele mudou sua expressão e sem qualquer aviso me deu um tapa bem forte no rosto, fazendo até mesmo a Zena se assustar. Eu coloquei a mão no rosto quente e ardido e engoli o choro.

Meu tio pegou um envelope sobre a mesa e começou a tirar fotos e jogando para mim furioso.

_ Você é muito vagabunda mesmo, justo com o assassino dos seus pais, sua ordinária!_ Gritou e me puxou pelo cabelo me jogando contra o sofá.

As lágrimas caiam sem a minha permissão e de relance vi que as fotos jogadas pelo chão eram minhas com o Christian das diversas vezes que nos encontramos. Olhei para Zena e ela me olhava assustada, com certa pena eu diria, como se quisesse me defender, mas seu medo era maior.

_ Eu sempre avisei você, não avisei? Eu não podia guardar esse segredo do meu melhor amigo!_ Falou Lutero como se fosse inocente e eu o olhei com fúria.

_ Foi você, seu filho da puta!_ gritei irritada e o meu tio me deu outro tapa.

_ Não fale assim com ele!_ Gritou meu tio.

_ Hernández, não faça isso, bater nela não vai adiantar!_ Falou Lutero na maior santidade e eu comecei a chorar de raiva e ódio dele.

Zena respirou fundo e inconformada andou até meu tio e parou de frente para ele o olhando decidida.

_ Não é somente ela a culpada de tudo!_ Falou e até eu a olhei incrédula.

_ Não se meta nisso, vá para o seu quarto, agora!_ Falou meu tio.

_ Não Zena, por favor!_ Falei implorando_ É tudo culpa minha sim, vai para o seu quarto!_ Falei.

Lutero me olhou sem entender nada, e a Zena ignorou minhas falas e continuou.

_ Este homem a quem tu chamas de amigo, na verdade é um traidor!_ Gritou a Zena e eu fechei os olhos esperando o pior.

_ Zena, meu anjo...do que falas?_ Falou Lutero e olhou para mim.

E No Último Suspiro... 4° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora