E No Último Suspiro... 4° Temporada

Novas Confissões

POV. Zena

¦ México

Aos poucos fui recobrando a consciência, minha cabeça doía demais e me sentia fraca, nunca me senti tão mal em toda a minha vida.
Fiz um pequeno esforço e abri meus olhos esperando a escuridão, mas pra minha surpresa a luz invadiu meus olhos com brutalidade, fazendo arder pelo tempo que fiquei sem presencia-lá.

_ Ela está acordando! _ Falou a voz que ouço todos os dias.

Com a curiosidade de finalmente poder ver o rosto desse homem misterioso, eu fiz um esforço e abri novamente meus olhos olhando na direção da voz e finalmente o vi.

Era lindo, cabelos escuros e olhos na mesma proporção, estavam incutidos neles, mistério, era impossível decifrar sua emoção naquele momento de tanta escuridão expressa neles. Seu corpo largo e muito bem definido, era uma característica forte, entretanto, era do seu perfume que eu gostava mais, pois foi com ele que eu conseguia perceber sua presença e imaginar seu rosto.

_ Você está bem? _ Perguntou um senhor de jaleco ainda me analisando _ Você ficou muito tempo desacordada, precisa se alimentar direito e descansar, ainda mais agora! _ Falou e eu o olhei perdida.

Christian, sim, era este o nome que a minha irmã o chamou... Em pé apenas olhava para mim de braços cruzados sem qualquer emoção expressa no rosto.

_ O que aconteceu? _ Perguntei olhando para o senhor e ele olhou para o Christian.

_ Você está grávida! _ Falou Christian e eu o olhei arreglando meus olhos _ Não me pergunte "como?" porque você sabe! _ Falou simples e andou até o senhor lhe dando dinheiro.

Eu estava paralisada naquele momento, eu não acredito nisso, foi nesse momento que acabei me lembrando da cartela de pílulas que não tomei e o medo tomou conta de mim, como irei cuidar de uma criança? Meu tio vai me matar de verdade dessa vez, chego a desejar que não me encontrem.

Quando saí dos devaneios, vi Christian voltar para o quarto sozinho e o médico já não estava do seu lado. Não era um quarto de hospital, era um quarto comum, ao que parece, eu ainda era refém.

_ Eu não posso estar grávida, ele deve estar errado, é um..._ Falei e logo comecei a chorar.

Me lembrei da festa, de ter usado um pouco de droga e depois de dia seguinte acordar no quarto do Gabriel, justo ele será o pai dessa criança, não posso ter a vida me correndo tão mal.

_ Não adianta chorar, já está feito, devia ter fechado as pernas! _ Falou num tom rude e eu o olhei incrédula _ Vou buscar algo para que coma e espero que dessa vez me obedeça, já estou ficando sem paciência para os seus caprichos! _ Falou e seu semblante era bravo.

Limpei minhas lágrimas e o olhei se dirigir até a porta, antes que lá chegasse, eu me levantei correndo e o agarrei no braço, nesse momento senti minhas pernas bambas, e uma fraqueza fora do comum.

_ O que pensa que está fazendo? _ Falou e me pegou no colo_ O médico disse que está fraca, não entende? _ Falou e me pousou na cama.

_ Traga a minha irmã, por favor, eu estou precisando dela, por favor! _ Falei implorando e ele me olhou bufando.

_ Não! _ Falou seco se levantando.