west side

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Acordei com uma movimentação abaixo do meu corpo, Diego estava tentando sair da minha cama, mas não obtinha muito sucesso já que eu estava totalmente em cima dele.

- Fica mais um pouco - eu o abracei forte, ainda imóvel e com os olhos fechados.

- Já são meio dia, o treino é a 1h... - ele explicou.

- Volta quando? - o jogo dessa rodada será no Rio, ele embarca essa tarde.

- Amanhã mesmo, devo chegar um pouco tarde, lá pelas 23h - ele disse e eu assenti.

- Obrigada por ter vindo - eu falei sincera, fitando os seus olhos.

- Eu que agradeço por você ter me ouvido - ele colocou meu cabelo para trás, o tirando do meu rosto.

Colamos nossos lábios, iniciando um beijo calmo, já completo de saudades.

- Eu realmente tenho que levantar - seu tom era de preguiça, tanto eu quanto ele queríamos que ele ficasse aqui.

Rolei para o lado da cama, lhe dando espaço. Diego se levantou e começou a se vestir, eu também me vesti para poder o levar até a porta.

- Desculpa por ter roubado o seu horário de almoço - afinal, em 1h não daria tempo dele comer algo saudável e chegar no CT, sua reação foi um sorriso travesso.

- Já comi - ele brincou e eu dei um tapa no seu braço.

- Folgado, você me respeita Diego - falei fingindo estar brava.

Ele me beijou uma última vez, antes de passar pela porta.

...

Comecei a limpar a casa, eu estava entediada e não tinha ninguém aqui. Enquanto eu varria a sala, só pensava em tudo que aconteceu nas última horas.

Primeiro o quanto eu fui injusta ao pensar mal de Diego, para o meu alívio e sorte, ele entendia a minha posição. Segundo, nossa, a sensação que ele me causou hoje.

Eu sentia que não queria esperar por mais nada, que o meu sentimento por ele já era maior que qualquer empecilho que eu viesse a ter.

Eu queria abrir minha mente e o meu coração, eu estava decidindo os próximos passos que eu tomaria e tentando ter certeza se era isso que eu realmente desejava.

Continuei a limpar a casa ao som de sorriso maroto, não tem nada melhor que pagode e samba para essa determinada atividade. Quando meus pais chegaram, ambos se admiraram por me ver tão disposta para a faxina.

- Que bicho te mordeu? - meu pai perguntou.

- Nenhum pai, nenhum - eu respondi alegre.

- Isso aí é o bicho da paixão - minha mãe brincou e meu pai fez uma cara feia por ouvir aquilo.

- Quem sabe... - olhei para minha progenitora, que já entendeu tudo - vou para o quarto, se precisarem de mim me avisem...

Entrei no quarto e, em questão de segundos, pude ver a imagem da minha mãe passando pela porta. Ela estava sorrindo e se deitou ao meu lado.

- É muito bom te ver assim - ela admitiu.

- Acho que não tenho mais o que esperar - falei animada.

- Como assim? - ela me perguntou.

- Eu não me abri para o Diego, eu ainda me sentia fragilizada demais para conseguir entrar em uma relação ou para ter sentimentos intensos por alguém - eu expliquei.

positions - Diego Costa [short]Onde histórias criam vida. Descubra agora