Acordei com a campainha tocando e minha cabeça doendo, eu sabia o motivo, dormir chorando. Era sábado de manhã e eu havia desistido de dormir depois do barulho irritante que me acordara.
Fui até o banheiro e comecei a escovar meus dentes, novamente, o soar da campainha invadiu a minha casa. Que inferno! Ninguém vai atender a porra dessa porta?
Terminei minha higiene, já começando o dia muito bem. Notei que não tinha ninguém no quarto dos meus pais ou em qualquer outro cômodo, agora eu entendi porque essa droga não para de tocar.
Abri a porta e dei de cara com ele.
- Mari... - ele começou e eu fechei no mesmo instante.
O sentimento de angústia da última noite me preencheu novamente.
- Me ouve, por favor - ele pediu - eu juro que não é nada do que você está pensando, só me dá a chance de ser ouvido.
Respirei fundo e o fiz, era mais maduro do que bater a porta na cara de alguém. Além disso, diferentemente de Gabriel, eu queria o ouvir.
- Você está bem? - Diego perguntou preocupado, me analisando após eu abrir a porta.
- Entra - eu pedi e fomos na direção do sofá.
- Eu... eu tenho certeza que você entendeu o que aconteceu ontem errado - ele começou e eu o olhava fingindo não demonstrar interesse - estávamos na casa do Sara jogando videogame, como eu disse para você.
- Percebi pela ligação - eu falei um pouco grossa.
- Era a mãe dele - eu me senti patética no mesmo instante - ela veio passar essa semana com ele. Fazia tempo que eles não se viam, ela mora em Santa Catarina... - ele explicou - Eu havia ido ao banheiro e ela achou melhor atender.
- O que? - eu perguntei, ele pode estar mentindo. De duas uma, ou eu seria trouxa de cair em uma historinha dessa, ou eu fui trouxa de pensar que Diego faria algo comigo.
- Eu juro Mari, não sei nem o que fazer para você acreditar, mas no meu celular tem fotos de ontem, você sabe que fica salvo o local e horário de onde tirou... - ele parecia desesperado ao tentar me convencer - eu tive certeza que isso ia dar ruim, tentei te ligar e nada, pensei em vir aqui, mas os meninos disseram que era muito tarde para acordar seus pais.
- Eu não acredito - falei mais para mim do que para ele - Diego, se você estiver mentindo...
- Não estou - ele abria a galeria do celular - a única coisa que eu consigo te mostrar é isso e... Droga eu sei de todos os seus conflitos e inseguranças, eu devia ter sido mais cuidadoso...
- Calma - eu o interrompi - não se preocupe, eu acredito em você...
O seu sorriso iluminou todo o meu dia, eu acreditava nele, a sua aflição me convencia, de modo que eu confiasse com demasiada facilidade no que ele dizia.
- Eu fui paranóica e pensei no pior, mas isso foi bom para você ver uma coisa Di - eu o encarei - Você tem certeza que quer continuar tentando isso? - eu apontava para nós dois.
- Mari, você só pensou no pior por causa do seu passado, eu já te disse que irei te ajudar a esquecer isso tudo - ele se aproximou e levantou meu queixo.
Eu simplesmente amava quando ele fazia isso, deixava as nossas bocas tão próximas e o nosso olhar conectado.
- Eu tenho plena certeza que quero continuar com isso - ele falou olhando nos meus olhos antes de atacar os meus lábios - eu não quero que você tenha medo de tentar - ele sussurrou ainda com os lábios grudados no meu e eu o puxei para mim.
Minhas mãos estavam entrelaçadas no seu pescoço, ele me puxou e eu me sentei no seu colo, aumentávamos exponencialmente o nosso ritmo. Seus lábios eram violentos e nossas línguas batalhavam em desespero. Suas mãos passeavam nas minhas costas e, ao mesmo tempo, me apertavam contra ele.
- Última porta a esquerda - falei separando nossas bocas, mas rapidamente já retomando o contato.
Diego me pegou no colo e nos guiou até meu quarto, ainda mantínhamos nossos lábios conectados. Ele explorava cada parte minha, como se fosse a última vez que isso aconteceria.
E eu fazia o mesmo, afinal, essa pequena possibilidade de ver tudo acabando entre nós me fez perceber a importância da entrega, como se fosse a última vez, pois não sabemos quando ela acontecerá.
Diego me colocou em minha cama e veio por cima de mim, nossas peças de roupa se juntavam pouco a pouco ao chão. Ele me tocava de forma macia, como se apreciasse cada um dos meus pormenores. Seus lábios percorriam a extensão do meu corpo, como se ele mostrasse em cada beijo a dimensão do seu desejo.
Eu estava entregue, de uma forma diferente e única. Foi isso que deixou tudo mais especial. Eu estava percebendo que aos poucos eu me abria inteiramente para Diego, emocional e fisicamente.
Talvez ele não percebesse isso, mas eu sim, eu sabia o quanto isso estava sendo importante, como se uma barreira que existia entre nós fosse quebrada. Ele me tinha, me ganhava com cada toque de cuidado, de afeto.
Suas preliminares eram exatas e eu diria que ele era determinado em tudo que se predestinava a fazer. Porém, eu queria retribuir.
Inverti nossas posições, o deitando na cama e comecei a distribuir beijos por todo o seu torso, queria demonstrar para cada pedacinho de Diego o quanto ele era importante para mim.
Meus dedos deslizavam suavemente pela sua pele, assim como meu lábios. Eu estava atenta às suas tatuagens e seus detalhes, depositei um beijo final em cima de hope, localizada em seu ombro esquerdo.
O carinho era ainda mais efetivo quando ele vinha de dentro, quando você sente necessidade de o fazer. Abri a gaveta ao lado da minha cama e retirei uma camisinha, colocando-a nele. Me posicionei em cima de Diego e o introduzi em mim, sentando devagar.
Sua cabeça foi jogada para trás e no seu rosto, um sorriso cafajeste me encarava. Seus olhos brilhavam, me dando a certeza de que ele aprovava o que via.
E eu? Podemos dizer que eu tenho uma nova cena favorita guardada em minha memória.
Eu me movimentava em cima dele e ao mesmo tempo me contraia a sua volta, causando o máximo de contato que conseguia. Minhas mãos estavam depositadas em seu ombro enquanto nossas respirações se misturavam.
Na primeira vez que ficamos juntos eu tinha em mente que adorava dar prazer ao meu parceiro, mas dessa vez era ainda mais intenso.
Eu me empenhava no que estava fazendo, sua mão estava brincando com meu seio enquanto eu ditava sozinha o nosso ritmo. Eu me sentia bem por ter o controle.
O olhar de Diego era curioso, eu sabia que ele estava estava adorando descobrir como funcionamos nessa nova experiência. Senti necessidade de aumentar o nosso ritmo e assim o fiz.
Sua cara era minha perdição, sua expressão não escondia a satisfação que ele sentia e ele não tinha o menor pudor em mostrá-la, eu estava amando isso. Seus olhos não se mantinham abertos a todo instante, seus dentes prendiam seu lábio inferior e ele tentava me encarar.
Eu ia rápido, mas com movimentos precisos, ainda me contraindo a sua volta e acelerando a sua respiração. Seu dente liberou seu lábio e sua boca se abriu levemente, sua cabeça foi jogada para trás e eu ouvi o seu arfar, nesse momento o senti se derramar.
Assistir ele atingir seu ápice me estimulou ainda mais e logo em seguida eu me entreguei a ele, caindo com meu corpo em cima do seu.
Diego depositou um beijo na minha testa enquanto mexia suavemente nos meus cabelos, me fazendo adormecer ali mesmo, em seus braços.
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Quartou?
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positions - Diego Costa [short]
FanfictionO amor é imprevisível e, por isso, temos que estar atentos. Você pode o encontrar inesperadamente e demorar para se dar conta de que sim, ele está presente. Mariana está quebrada e sem muitas esperanças, a insegurança já se tornou seu sobrenome de...