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LYANNA

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LYANNA

   As ruas da corte diurna eram tão ensolaradas e brilhantes que podiam machucar os olhos de quem olhasse muito tempo para as construções. Tamanha grandeza faz os visitantes pensarem que não existe espaço para a desonestidade, aqui todos herdam as riquezas da corte. Enquanto caminho para além das lojas e casas, é possível ver a grande câmara secreta do grão-senhor, também chamada de... biblioteca. Tão bem protegido de intrusos e ladrões que ousem tentar entrar sem permissão, como se ladrões fossem inteligentes o suficiente para roubar livros. Não, definitivamente os ladrões não sabem que apenas um livro pode ser muito mais valioso e útil que moedas de ouro. Principalmente os livros daquela biblioteca.

  Andando um pouco mais rápido do que minutos atrás nas ruas brilhantes, chegando a uma rua mais aberta, sem casas ou lojas, vejo a saída de mercantes , com um longo caminho até a corte crepuscular, até aquela preciosa serenidade, bom… minha opinião. Antes que eu andasse mais um passo, senti algo que me fez atrasar na mesma hora. Com a rua ensolarada extremamente deserta seria fácil que qualquer um pudesse criar uma empreitada, e não seria a primeira vez que tentam. Parada e em total silêncio no meio da estrada luminosa, exposta ao sol, levei a mão direita lentamente até a adaga presa no cinto ao lado interno da minha perna esquerda, coberta pela longa capa cor vinho colocada sobre meus ombros; o movimento se torna sorrateiro, mas não imperceptível.

  A sensação de estar sendo observada estava sufocando os mais primitivos sentimentos de impaciência. Manuseio a adaga rapidamente e me preparo em posição de ataque, esperando que o tal perseguidor se manifeste; logo em seguida da realização de tal movimento seis guardas alados, com suas armaduras de couro e olhares vidrados, saíram de trás de uma casa, surpreendentemente velha e isolada da cidade, que habitava na rua deserta. Não me assustei, mesmo que devesse; nunca fugi de uma luta durante toda minha vida, e não iria ser agora que iria acontecer. Manuseando a adaga novamente e passando para a mão esquerda quase gritei a pergunta: 

— Quem enviou vocês? Olha se o Hooper fez algum tipo de acordo com vocês, eu já vou dizendo que já paguei o que eu devia, mas…

Não tive tempo de dar fim a minha fala, uma sombra negra passou pelo meu braço e desapareceu, exatamente quando um macho férrico alto agarrou meu braço o dobrou até as minhas costas, chutou minha perna me fazendo cair com um joelho flexionado; totalmente rendida fiquei, não tinha mais movimentos para realizar e tentar escapar das mãos do  férrico, que descobri ser através da sombra que fazia no chão, alado também. O feérico chegou perto do meu ouvido e indagou:

— Não servimos para qualquer um, grã-feérica. Estamos aqui a serviço do grão-senhor e da grã-senhora da corte noturna e a favor das outras cortes. Não lute, e nem tente fugir; você irá conosco até a localização dos grão-senhores, que estão aqui na diurna. Fique quieta e não me teste a paciência.

Corte de sombras e verdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora