Capítulo 3 - He looked at me

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Point of view Bárbara Palvin's

Seattle
Cidade em estado de Washington, USA

  Mais uma noite na casa de Beth. Mais uma noite para me sentir uma vadia. Mas aquilo era idiota de se dizer. Eu era uma vadia, uma vadia que agora se aprontava para seu próximo cliente. O tal Justin Bieber.

  - Bom, pelo menos ele é bonito. - Comecei para mim mesma, mas sabia que aquilo não funcionaria. - ok, ok, não muda quase nada. Mas, vamos lá, finja que será ao menos um pouco prazeroso.

  Não, o fato daquele cliente ser bonito não mudava nada. Eu continuaria oferecendo o meu corpo a ele em troca de dinheiro. Não seria menos suja que isso, já havia estado com clientes belíssimos antes, e, nenhum deles me deu o mínimo prazer.

  --Merda. - Eu continuava falando sozinha. - Por que ele tinha que me ver ?

Todas as noites, quando eu descia, procurava andar sempre nos cantos mais escuros, pedindo aos céus que ninguém me notasse ali. Me vestia de uma forma nada sensual e olhava sempre para baixo. Estar com um homem, embora fosse meu trabalho e eu já devesse ter me acostumado com isso há muito tempo, sempre era um castigo. Eu precisava me sustentar, mas minha maldita consciência insistia em fazer com que eu me sentisse muitíssimo mal. Mas, lamentações não mudaria nada. Justin havia, de alguma forma me visto.

  Mesmo rodeado de três lindas meninas, ele se interessou por mim. Mais tarde fui saber que ele é um antigo cliente, então estava explicado: provavelmente ele já havia se divertido com todas elas, e agora queria carne fresca. O que diferencia Justin dos outros clientes? Quase nada, a não ser por um pequeno detalhe: Ele me olhou. Claro, muitos homens haviam me olhado, mas não como ele. Ele me olhou como quisesse me entender. Como se tentasse ler meus olhos, encontrar algo dentro deles. E aquilo poderia não fazer o menor sentido, mas o fato era que eu havia ficado um pouco desconfortável com o jeito que ele me olhou.

  Enquanto me aprontava para recebê-lo em meu quarto, pensava em como seria esse novo castigo. Deitei na cama com um robe de seda cor pêssego e fiquei à sua espera.

  Não demorou muito e a porta se abriu. O cliente havia entrado no meu quarto já tirando a jaqueta e colocando-a sobre uma cadeira após trancar a porta.

  - Poderia pagar antes? - Perguntei derrepente. Ele pareceu surpreso.

  - Pagar antes? E se eu não ficar satisfeito?

  - você vai ficar satisfeito. - Ele riu, ainda me encarando.

  - Bom. - Ele fez uma pausa olhando em volta. - Se por uma ironia do destino eu não ficar satisfeito, posso ter meu dinheiro de volta então?

  - Ok, mas isso não vai acontecer. - Ele riu outra vez, tirando do bolso algumas notas e colocando em cima da escrivaninha ao lado da cama.

  - Você é muito segura de si.

  Não respondi.

  - Muito bem. Como não nos conhecemos, temos que esclarecer alguns pontos aqui. Você tem alguma objeção quanto ao sexo? - Encarei-o um pouco confusa.

  - como disse ?

  - Algo que não goste de fazer ? - Ele continuou.

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