Capitulo 12: Especial

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Point of view Justin Bieber's

Seattle
Cidade em estado de Washington, USA

No dia seguinte, cheguei na Casa por volta das 21h, quando uma
música agradável e sensual tocava não muito alto, proporcionando o ambiente caloroso que eu procurava sempre que ia lá. Passei por alguns casais que já aproveitavam a noite, sem o menor pudor, enquanto se atracavam nos cantos,
finalmente chegando no bar e pedindo minha já habitual dose de whisky.

Olhei em volta procurando um rosto conhecido, e depois de algum
tempo, quando não pude achá-lo, relaxei um pouco. Isabella não deveria estar  naquele ambiente, porque se estivesse, os homens presentes achariam que ela estava livre. E ela não estava, porque eu providenciei isso. Muito bem providenciado.

- Olá, querido.

Virei-me e encarei Tanya, com um sorriso um pouco forçado.

- Olá.

- Bárbara está no quarto dela, se você a está procurando.

- Imaginei que ela estivesse lá - Respondi, dando um último gole em
minha bebida e agradecendo a menina do bar que veio retirar o copo.

- Justin. - Elisabeth segurou levemente meu braço, me olhando com mais significado do que o normal. O sorriso forçado não estava mais em seu rosto.

- Posso te dar um conselho?

- Sim? - Falei, um pouco surpreso com a intensidade de sua atitude.

- Tome cuidado.

Fitei-a por algum tempo, sem entender muito bem o que aquilo
significava. Como se ela pudesse ler meus pensamentos, completou.

- Não a torne muito especial.

Ainda não entendia muito bem o motivo daquilo, mas mesmo assim
senti a necessidade de me defender.

- Não estou tornando-a especial

- Não seja bobo. É óbvio que está.

- Ela é uma boa amiga.

Beth me observou, sem falar nada. Depois de segundos, voltando do que parecia uma análise interna sobre mim, ela tornou a falar, se afastando logo em seguida.

- É um conselho, meu caro.

Fiquei imóvel, vendo-a caminhar para longe de mim, enquanto voltava a sorrir para alguns dos homens que brincavam com ela.
Fiquei pensando em que ocasião manter uma amizade com uma das garotas da Casa prejudicaria alguém. Não seria o caso para mim, já que eu realmente gostava da companhia dela. Não seria o caso de Bárbara, porque, até onde eu sabia, ela também gostava de minha companhia, se eu fosse tomar suas próprias palavras como indicação disso. Também não seria o caso de Beth, porque nada do que se passava entre nós atrapalharia seus negócios.

Caminhei para as escadas que davam para o corredor dos quartos das meninas, enquanto ainda tentava entender o "conselho" que Beth acabara de me dar. Não sei o quanto aquilo tudo afetava a ela, mas eu esperava que não afetasse o suficiente para que ela se sentisse no direito de interferir no relacionamento que Isabella e eu tínhamos agora. Se ela tentasse fazer isso, nós teríamos problemas.

Cheguei à porta de seu quarto e bati, esperando por uma resposta. Uma voz abafada saiu de lá de dentro, me pedindo para que entrasse, então o fiz.

Bárbara estava sentada na cama, com as costas apoiadas na cabeceira, segurando um livro agora fechado que eu identifiquei como sendo o mesmo livro que ela estava lendo há algum tempo. Vestia um short vermelho confortável e um moleton preto, tão grande nela que parecia pertencer a alguém três vezes maior.

Ela me encarou com um sorriso largo e verdadeiro, tão lindo que eu tive que retribuí-lo.

- Olá - Comecei, fechando a porta atrás de mim e caminhando até ela. -
Desculpa interromper sua leitura.

- Ah, tudo bem. Eu estou lendo o dia inteiro, é bom parar de vez em
quando.

Ela colocou o livro em cima do criado mudo ao seu lado, voltando para mim ainda com aquele sorriso. Não consegui desprender os olhos dela, ficando em silêncio por algum tempo enquanto admirava a luz que sua aparente alegria conseguia emanar.

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