CAPÍTULO 7

87 1 0
                                    

Psicopata à solta

5 minutos depois após a porta se abrir...

- Alguém aí?

A campainha não parava de tocar.

- Alguém?

A recepcionista entrou correndo:
- Sim, desculpe senhor, eu estava ... esquece, o que o senhor deseja?

- Reserve um quarto para mim por favor por 2 dias.

- Qual o seu nome?

- Filer.

- Aqui está a chave.

- Obrigado.

Clara estava descendo as escadas. Ao avistar de longe aquele homem na recepção, seu coração disparou.

- Não pode ser.

Tentou pegar o telefone, mas não estava em seu bolso. Tentou não ser vista! Subiu de volta, e foi correndo para o seu quarto. Pegou o celular trêmula.

- Atende John, anda!

Só dava caixa postal.

Passos foram ecoando pelo corredor, o som foi chegando mais perto, bateram na porta. Clara estava paralisada. Como podia saber se era seu marido ou Filer?
Ficou em silêncio por longos minutos, até que as batidas cessaram.
"Como ele sabia que estávamos aqui?" - Pensou.
Andou de um lado para o outro, ansiosa esperando por seu marido, um telefonema. Até que o celular tocou.

- Clara? Você me ligou? Eu estava...
- Amor, volta pro hotel.
- Clara, está sussurrando? O que houve?
- Amor vem logo, o homem que avistamos naquele dia... ele tá aqui.
- O quê? Aquele cretino? ele fez alguma coisa com você?
- Não, não, eu tô no quarto. Ele bateu na porta, mas eu fiquei quieta. Eu tô com medo John. Eu acho que ele seguiu a gente.

- Calma, já tô chegando. Não abra a porta!

- Tá bom.

Clara desligou o telefone. Sentou na cama, respirou fundo, mas seu coração acelerava cada vez mais. Estava trêmula. Avistou pela janela um carro. Reconheceu logo, era o carro de John.

Ele passou pela recepção correndo, subindo as escadas com a sacolas na mão. Bateu na porta.

- Clara, sou eu John!

Ela abriu a porta, e ele a viu assustada, abraçou-a bem forte.

- Calma, calma, eu tô aqui.

Ela começou a chorar. Ele tentou acalmá-la em seus braços.

Ela sabia que ali era seguro.

Assustada, ele a puxou pra se sentar.

- Escute, seja lá o que for esse homem, eu não vou deixar que algo aconteça a você. Junte tudo, vamos sair daqui antes que anoiteça.

Clara se recompôs e tomou coragem pra sair do quarto. Pegaram todos os seus pertences. Desceram as escadas, e gritou a recepcionista.
Estavam com pressa, mas não tinha ninguém que os atendesse.

Quem deixa um hotel assim? - Pensou ele.
Abriram a porta e só viram um senhor ao lado sentado fumando seu cigarro. Tiveram que o chamar.

-Sr. O senhor viu uma mulher aqui na recepção?

- Eu a vi saindo, daqui a pouco ela está aí!

- Droga! - Murmurou John.

- Não tem mais ninguém que fique?

- Não, ela sempre faz isso. Mas qualquer coisa deixa um bilhete se vocês precisarem sair.

- E agora? - Disse clara.

- A gente deixa um bilhete com o dinheiro atrás do balcão.

E foram embora daquele lugar. Mas o instinto de John dizia que estavam sendo seguidos.


O RAPTO DE ANAOnde histórias criam vida. Descubra agora