O Reencontro

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Após ser solta pelos policiais, clara não pensou duas vezes em pegar sua filha. Ela foi correndo até a policial que estava com Ana no colo. Sem hesitar, ela entregou-lhe a criança. A emoção de ver a duas juntas foi tão grande que comoveu todos ao redor. Clara não parava de chorar e beijar sua filha. O policial Goisman se ofereceu para levá-la fora da mata para esperar a ambulância. Minutos depois a ambulância chegou; não só levaram as duas, como Medeiros também. Graças a um cão farejador, ele foi encontrado na Mata. Clara ficou fitando aquele homem sem entender o por quê de estar todo ferido, mas voltou a sua atenção em subir naquela ambulância e chegar o mais rápido com sua filha ao hospital.
Chegando lá, as duas foram cuidadas por enfermeiros e tudo voltou ao normal. John recebera a notícia do ocorrido, e queria se encontrar com ela e explicá-la sobre sua traição. Mas já era tarde! Tudo que ela queria era apenas a sua filha; ouvir o seu suspiro, as batidas do seu coração, sentir o seu cheirinho, as suas mãos sobre o seu rosto. Não havia o por quê ouvi-lo agora. Quem sabe um dia. Mas naquele momento não era hora. Ela só queria uma pessoa; a Ana.

Após dar de mamar à sua filha. Clara foi descansar, mas antes queria ver Pedro que estava com o coronel Petri na recepção.
A enfermeira foi chamá-lo. Ele até ficou surpreso, mas resolveu em ir.

Ele bateu na porta e chegou de mansinho, meio sem jeito.

--- Oi, vem cá Pedro! Vem aqui mais perto de mim.
Você sabe que sua mãe está presa.

- Sei sim. - Abaixando seu rosto com olhar triste

Clara segurou o seu queixo e olhou-lhe nos olhos tentando reconfortá-lo.
Com muito cuidado em suas palavras, ela o perguntou:
-- Você tem algum parente com quem você possa morar?

- Não senhora, eu não tenho ninguém. A minha mãe e meu avô eram tudo o que eu tinha.

- Pedro, e se você viesse comigo?

- Como assim? - Ele arregalou os olhos.

- Morar comigo! - Clara enfatizou, sorrindo.

- Você seria minha mãe?

- Sim, Pedro.

- Ebaa!!!

Pedro deu um pulo em cima de Clara que por sua vez o abraçou com muito carinho. Aquilo era mais que um presente; Ser mãe de duas crianças, que alegria!
Pedro a abraçou tão forte que não conseguia mais largá-la.
O coronel vendo o sorriso estampado em seus rostos, interrompeu batendo à porta perguntando o motivo de tanta euforia. Sabendo da notícia, ele abraçou os dois.

Pelo lado de fora no corredor, John via clara feliz, e se conformou quando a enfermeira lhe disse que ela não queria vê-lo. Então, pegou suas coisas e decidiu sair dali, mas antes, foi até ao outro quarto se despedir de sua filha; como não podia pega-lá, apenas se contentou em vê-la pelo vidro. Logo em seguida, pegou as suas coisas e foi embora dali.

Três anos depois...

- Clara!

Sua voz sumia ao chamá-la.
Ele estava a 3 metros de distância de sua casa na ilha paradisíaca de houston, vendo-a na sacada da janela da cozinha fazendo o almoço.

A cada passo que ele dava, se lembrava de como se conheceram: Depois daquele dia do resgaste suas vidas mudaram. Clara não quis saber mais de John, após descobrir sua traição e colocar sua filha em perigo. E foi naquele hospital que ela conheceu Medeiros. Suas vidas a partir dali mudaram por completo; ele despertou nela uma certa curiosidade depois que ela o viu na ambulância. Goisman ao vê-la inquieta, tratou de dar toda a informação sobre ele. E foi aí que ela soube que ele foi parte essencial para a sua sobrevivência. E não podia deixar de agradecê-lo!

Ela foi ao quarto dele, no hospital, um dia após sua recuperação. Ao vê-lo, estava dormindo. Mas, por deixar derrubar algo próximo à maca, ele acordou. Ao abrir seus olhos, não reconheceu quem era ela,  apenas a perguntou. Ela, sem jeito, falou seu nome e pediu desculpas. Mas ele não ligou! Só ficou abismado com tanta beleza e meiguisse.
Ela contou sobre quem era ela e o porquê estava ali. E só queria agradecê-lo.
Conversaram por uns 10 minutos. E a conversa se encerara por ali. Ao se despedir, ele pediu seu número. Ela não hesitou em dá-lo. E foi embora.

10 dias depois da recuperação, Medeiros foi procurá-la. Não podia perder a oportunidade de conhecer aquela mulher. Hoje, são casados, formando uma bela família com seus dois filhos, Pedro e Ana.
Ao subir as escadas, seus pensamentos se dissiparam.
Ele abriu a porta da sala e foi até à cozinha. Ele a vendo de longe tão compenetrada no fogão, foi chegando mais perto, sem ela perceber. Ele a envolveu em seus braços; ela se virou pra ele e o beijou. De repente sentiu seu vestido sendo repuxado.---Ah! Era Ana, pensou. Então, se abaixou e a pegou, enchendo de beijos.

O RAPTO DE ANAOnde histórias criam vida. Descubra agora