CAPÍTULO 13

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UM PEDIDO DE SOCORRO

— Vai atrás dele pai!

Ele não pode contar a polícia. — Pensou Olga apreensiva.

— Garoto, volta aqui seu desgraçado! — Gritou Filer.

— Eu, Eu... — Ofegante, quase sem respirar. — Preciso encontrar a polícia.

— Eu preciso contar a eles sobre a Clara. — Cambaleando, tentando se esquivar de seu avô. Apenas ouvindo chamar seu nome.

— Ei, não adianta se esconder! Eu vou te encontrar!

De repente ele tropeçou e caiu. Pedro aproveitou para mudar de direção e se esquivar da visão de Filer. De repente ele avistou a cidade. Estava mais próxima do que imaginava, e pediu socorro.

— Socorro, socorro! Alguém me ajuda. — Um policial chamado Medeiros estava à paisana, passando próximo à entrada da floresta. Ele ouviu os gritos e achou estranho. Imediatamente foi ver o que era. Era Pedro, machucado com cortes superficiais na testa. Quase não conseguindo andar de tão cansado. Medeiros correu em sua direção para socorrê-lo.

— Ei, Ei! Vim ajudá-lo. Calma! O que houve com você?

Pedro tão ofegante quase não conseguiu falar.

— Eu fugi do meu avô, ele está atrás de mim e quer me matar. Por favor, me ajuda moço!

— Onde ele está? — Perguntou Medeiros olhando ao redor tentando achar o homem.

— Naquela direção. — Apontando o dedo para a floresta.

Medeiros ligou para um dos policiais para que levasse o garoto ao hospital mais próximo para tratar dos ferimentos. Minutos depois seu colega de trabalho chegou, seu nome era Peter.
Medeiros pediu ao garoto que fosse com ele, mas antes de ir, o menino segurou sua mão dizendo que tinha algo a mais a dizer que ele estava suspeitando. E o policial ouviu atentamente.

— A minha mãe também está lá com um bebê. A menina não é dela. Acho que é da mulher que prenderam na nossa casa.

— Que mulher?

— A mulher que ajudei na floresta. Ela estava se escondendo dos policiais. E estava assustada com muito medo. Eu tentei ajudá-la. Levei pra minha casa. Dei água e comida. Só que minha mãe chegou, e minutos depois meu Avô também, e prenderam ela. Minha mãe me puxou pra sairmos de casa. Eu não tinha entendido nada. Até perguntar o que eles estavam escondendo. Eles não queriam me falar. Meu avô me puxou pela orelha e foi me arrastando pra seguir em frente. Eu não queria! Então mordi o braço dele pra que ele me soltasse, e fugi.

— Meu Deus! Qual o nome dessa mulher que você ajudou?

— Clara.

— Clara?

— Sim. — Disse o menino.

Medeiros ligou uma coisa com a outra.

— Então não foi ela que forjou o sequestro? — Pensou o policial.

— O quê? — Disse o menino.

— Não, nada! — Disse Medeiros.

Medeiros puxou Peter para o canto. Os dois conversaram e chegaram a uma conclusão. De pedir reforços.

— Fale pro delegado, Peter! e traga outros policiais com você. Precisaremos de reforços.

— Sim, Medeiros

— Vá garoto! Vá com o Peter. Ele te levará ao hospital pra cuidar desses ferimentos.

O menino obedeceu e entrou no carro. Peter entrou em seguida após se despedir de Medeiros.

Medeiros tirou a pistola da sua cintura, e entrou na floresta.

O RAPTO DE ANAOnde histórias criam vida. Descubra agora