CAPÍTULO 1

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Seu primeiro choro, suas mãos pequeninas, tão fragil, estou extasiada!

---- Ela nasceu John!

Quando o vi  com a cara no vidro, imaginei sua preocupação,  esperando por uma resposta do doutor, louco pra entrar no quarto!

O Dr. O abordou sem muitas delongas  o deixando entrar.

Vindo em  minha direção, vi um olhar diferente.
O sorriso? De canto a canto ( risos)

— oh , Ela é linda amor !

Ficamos por um bom tempo em silêncio,  só observando o rostinho da nossa filha. A fofura que era ela. Aproveitando esse momento único.

Até que a enfermeira entrou no quarto.

— Ei, mamãe! Posso ?

Vamos dar um banho e depois voltamos  pra você dar de mamar.

Acenei com a cabeça dizendo que sim. 

A ansiedade de voltar pra casa com ela tão grande.... não via a hora. 

John  a acompanhava de perto, sendo cuidada por enfermeiros.
Fazia tempo que eu não o via com aquela carinha.

Foram tantas tentativas...

Sempre que nós tentávamos acontecia um aborto e isso me frustrava.

Eu me sentia impotente, sentia que seria incapaz de ter um bebê, mas este ano aconteceu um milagre: quando recebemos a notícia do médico, ficamos surpresos, sem o que falar, realmente radiantes com a chegada de um bebê.

Não sabíamos o sexo, mas já o amávamos.
E cá estamos nós, neste hospital; recebendo o nosso primeiro milagre; tão dócil, tão pequena, e não tenho palavras para expressar minha gratidão à Deus.

— Querida?   — Nossa filha é linda, não é?

— Sim, amor! Ela é linda!

— Por que está chorando,  meu amor? — Perguntando ele .

— Ah, você sabe! Anos tentando, e olha só o que aconteceu;

— É minha querida, foi Deus, pode ter certeza!

— É, eu sei! — Enxugando as lágrimas. — Dá ela um pouquinho pra mim.

Vem cá minha princesinha!

— Mas mo
Que horas eu vou poder sair daqui com vocês.  — Dizendo toda ansiosa esperando que a enfermeira entrasse por aquela porta e me desse alguma notícia.

— Calma amor! Vamos só aguardar, aliás você precisa descansar.

Até que a enfermeira interrompeu.

— Licença, tenho boas notícias! O Dr. Peter te dará alta amanhã de manhã. Fique tranquila, você só precisará ficar de repouso e descansar.
Amanhã de manhã você poderá vir, John. Bom...  já escolheram o nome do bebê?

— Olhei pra John entusiasmada, e tomei a atitude de falar. — Sim, nós escolhemos um nome que tem bastante significado pra nós, né querido? Escolhemos Ana, significa cheia de graça. —Eu não conseguia falar de tanta emoção, até que John segurou minha mão. — Se refere a uma personagem bíblica, Ana, uma mulher cheia de fé que suplicou à Deus por um filho, e por meio da sua oração, foi concedida a ela um bebê. A história dela nos inspira, por isso escolhemos este nome.

A enfermeira emocionada com tudo que eu disse, falou:

— Eu nem sei o que dizer. — Riu. — Só sei que essa criança veio pra abençoar a vida de vocês e trazer muita alegria, isso eu tenho certeza! Bom, eu vou deixar vocês a sós!

E saiu do quarto. John se virou pra mim pra me dizer algo:

— Amor,  está na hora de ir.

— Mas já querido?

— Sim amor, meu horário de visita já acabou, mas amanhã de manhã estarei aqui de volta pra ver minhas duas princesas.

— Tá bom, querido!

Ele se despediu com um beijo em minha testa.  Quanto a mim, não via a hora de ir embora com a minha família. 

O RAPTO DE ANAOnde histórias criam vida. Descubra agora