CAPÍTULO 2

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Amanhecera. Eu já estava pronta. O médico já tinha me dado alta, e eu estava só esperando meu marido chegar. Eu estava com a Ana no colo, de repente John apareceu.

— Oi! — Com aquele largo sorriso. Eu não pude resistir.

 — Oi amor! — Dei-lhe um beijo. — Já peguei minhas coisas, vamos? — Disse eu, ansiosa.

—  O médico já te deu alta?

— Deu sim, agora podemos ir pra casa?

— Agora sim!

Saí toda radiante junto com John e a nossa princesinha. Nos despedimos dos enfermeiros, e agradecemos por todo o cuidado. Descemos a rampa do hospital, e viramos à direita em direção ao estacionamento. John ao abrir a porta do carro, disse em sussurros:

— Tenho uma surpresa pra você!

— O quê? — Disse curiosa.

— Bom, como eu disse amor, surpresa!

Fiquei ansiosa por um longo tempo, tentando imaginar o que ele tinha planejado. Mas no que adiantava eu ficar ansiosa? O Jeito era esperar.

Entramos no carro e damos partida;  percorremos um longo caminho. A Nossa casa era bem distante do hospital, que era na cidade. Nós morávamos a 300 km da cidade ao sul das montanhas. O caminho foi cansativo,  e cheguei a dormir por algumas horas, até que John me acordou.

— Ei, acorde! Chegamos!

— Já?

— Já? Demoramos bastante tempo pra chegarmos, 3 horas de viagem, amor! Vi até sua baba escorrendo.

— Mentira - Ri. — Dei um tapinha em suas costas.

— É brincadeira, amor! — Disse ele.

Paramos em frente ao nosso portão, e John me olhando com aquele ar de suspense...

— Pronta?

— Pronta pra quê? — Perguntei franzindo a testa.

— Pra nossa casa!

— O que tem a nossa casa? Fala logo, John!  Você sempre apronta uma!

— Calma, você vai ver.

Ao abrir o portão, vi que não era a nossa casa, era tudo, menos a nossa casa. Eu fiquei surpresa, mas feliz ao mesmo tempo.

— Eu não acredito, John. O que você fez?

— Ah, eu vi que a nossa filha estava chegando e pensei: "Por quê não dar uma reforma?"

— Ah, amor! Você é maravilhoso!

— Ah, isso eu sei! — Dando uma piscadela pra mim.

— Se acha, né? Pra quê eu fui elogiar?

— Venha, sua boba! Vou pegar as nossas coisas. Pegue a Ana, por favor!

— ual! Puxa! — Foi a única expressão ao avistar a casa. Ela era esplêndida. John tinha um bom gosto e isso eu não podia negar.

— Vai ficar aí parada?

— Você tá muito engraçadinho!

— Vamos, tenho muito o que te mostrar!

Enfim, entramos.

A casa era linda! Um chalé. O piso era de assoalho, de madeira cumaru. Um estilo bem rústico combinando com a lareira  que tinha na sala. Como ele pôde fazer tudo aquilo? Não tinha como não ficar surpresa. Subimos a escada que dava acesso ao quarto da bebê. Paramos em frente:

— Feche os olhos. — Disse ele.

— Ai, meu Deus, tá bom! — Eu só ouvi o grunhido da porta.

— Pode abrir!

Abri meus olhos. Minha única expressão foi: "wow, o que você fez? Está...

— O quê? Diga que gostou?

— Gostei não, amei!

Coloquei a nossa filha no berço, e dei um pulo em seus braços. Lhe dei um longo beijo como forma de agradecimento, e olhei fixamente em seus olhos.

— Você não existe, te amo muito, sabia?

— Eu também te amo, e outra, você merece.

Eu fiquei admirando o quarto da minha filha;  era um quarto que toda menina sonharia. Suas paredes eram amadeiradas, porém tinha um toque especial; tinha um painel com seu nome. Seu berço era branco, com todos os brinquedos dentro. E ao seu lado, um abajur que tornava o seu cantinho aconchegante. Tudo era perfeito!

Então John chegou mais perto de mim e disse:

— Ei, que tal apagarmos a luz, deixar a Ana dormir, e irmos para o nosso quarto?

— Nosso quarto? O que tem no nosso quarto? — Falando em tom provocante e curiosa para o que ele tinha feito. 

Ele por sua vez me entrelaçou em seus braços dizendo ao meu ouvindo. — Uma banheira pra nós dois, cheia de espuma. E uma massagem que farei em você pra te deixar relaxada. Que tal você vir comigo?

Pensei: — Com maior prazer!

John me puxou, e saímos pelo corredor. Ele abriu a porta, e tudo que vi foram pétalas de rosa na cama e champanhe. Era tudo o que eu queria!

O RAPTO DE ANAOnde histórias criam vida. Descubra agora