Eloise voltara do campo. Benedict não acreditava. Eloise voltara por causa do desafio de Lady Danbury.
- Estão loucas? Vocês invadiram meu quarto. – E, de fato, Eloise e Francesca apareceram ainda cedo na manhã e nem ao menos bateram na porta. Entraram gritando e abrindo as cortinas para o sol iluminar o cômodo.
- Tanto faz. – dissera Francesca, revirando os olhos. – Precisamos de você, irmão mais maravilhoso do mundo. – O Visconde soubera no mesmo instante que a irmã desejava algo.
- Do país. Não lhe dê tantos créditos. – rebatera Eloise. Benedict continuava em choque.
- Vocês invadiram meu quarto. –
- Ora, visconde, coloque uma camisa... – começou Francesca.
- E pare de testar nossa paciência. – completou Eloise. As duas pararam na frente da cama dossel de Benedict e colocaram as mãos na cintura. Na família Bridgerton todos eram similares, mas Bene via cópias. O que era curioso, porque Francesca sempre fora mais reservada, como Benedict mesmo. Eloise era uma força da natureza, e era mais próxima da irmã mais velha, Daphne. Bene ainda tinha dificuldades em acreditar na amizade linda e duradoura de Eloise com Penélope.
- O que as senhoritas desejam? – perguntou, com a maior calma.
- Uma semana em Aubrey Hall. Com todos os membros mais, por assim dizer, essenciais da sociedade. – declarara Francesca. Benedict esperaria a outra falar antes de dizer absolutamente não.
- Devemos descobrir a identidade de Lady Whistledown. Não pelo dinheiro, mas pela glória. –
- Será perfeito se conseguirmos juntar todos em Aubrey Hall. Eloise e eu trabalharemos em equipe. –
- Não mesmo. – Benedict estava decidido quanto a isso.
- Lady Whistledown com certeza estará na nossa recepção no campo. Ela é alguém com recursos, certamente. – Francesca nem ouviu o irmão protestar outra vez. – Podemos fazer bailes e jantares na nossa casa do campo como antigamente. Será uma semana alegre. – Benedict se levantou, foi até as cortinas, fechou-as, se jogou na cama outra vez e rugiu:
- Não. – Francesca e Eloise se assustaram, então ficaram em silêncio porque nunca viam o irmão bravo. A irmã mais velha olhou para Francesca, que suplicava por um momento com Benedict, e Eloise saiu marchando como uma criança emburrada.
- Quando papai morreu eu tinha seis anos. – Frannie se sentou na beirada da cama e cruzou os joelhos como uma dama que acabara de invadir o quarto do irmão bem mais velho. Ela não gostava de conversar sobre Edmund, mas sentia que um dia teria que falar sobre seus sentimentos. E não podia imaginar alguém melhor do que Benedict Bridgerton. – Eu fico brava porque tive tão pouco tempo com ele, mesmo que Hyacinth nem o conheceu. Benedict, às vezes acho que você não tem ideia do quanto foi importante para nós. – E ele realmente não tinha essa consciência. Benedict rastejou para o lado da irmã, mas só seguraria sua mão, não olharia para ela ainda. - Anthony era sempre muito ocupado. Ele tinha de ser o marido substituto para nossa mãe e tinha obrigações com o título. Anthony nos educou e nos protegeu, mas ele não tinha tempo para ser nosso irmão. Eu sei que você não deseja abrir a casa porque você teve uma infância diferente, teve seu pai e seu irmão, e cresceu naquele campo. É justamente por isso que não deveria deixar Aubrey Hall fechada. É seu lar e lá dentro diz muito sobre você. Você perdeu o pai em uma idade que um jovem precisa de instruções e perdeu o irmão em uma idade que ambos olhariam para trás com orgulho do que conquistaram. –
- Não consigo deixar a casa como antes. Eram os dois os chefes da família. –
- Mas agora é você. Papai e Anthony se foram, e nós estamos crescidos o suficiente para lidarmos com isso de maneira diferente. Já tivemos dois pais, e não precisamos que você tome mais uma vez essa posição. –
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Chame meu nome, Penélope.
Romance"Penélope congelou quando o rapaz Bridgerton se virou. Ele devia ter ouvido seu sussurro. Mas Pen ficou ainda mais em choque quando percebera que não era Colin, e que Colin não teria ganhado tantos músculos e ficado tão mais alto. O artista era Bene...