Capítulo 17

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Um dia antes do jogo em família; duas noites antes do baile

- Ainda bem que sou o único que tem essa chave. – murmurou Benedict, feliz que finalmente teria sua chance.
– Mas que droga?! – O visconde teve uma surpresa ao dar de cara com sua cunhada no escritório.

- Maldito seja Colin Bridgerton. – resmungou Kate. Benedict ainda tentava adivinhar como ela teria a chave, mas Anthony devia ser a resposta. Kate frequentava Aubrey Hall quando o marido era o visconde e ainda estava vivo.

- O que o taco da morte tem a ver com Colin? – perguntou Bene.

- Leia o bilhete em sua mesa, milorde. –  Quando terminou, Benedict soltou um riso debochado. Aquela peste escondeu o taco e queria que a família procurasse por pistas que ele deixou pela casa e completasse o caminho.

- Quando ele fez isso? – perguntou Bene. A cunhada deveria ter mais informações que ele.

- Não tenho ideia, mas ele pode ter tido ajuda, e não é como se Aubrey Hall fosse ficar fechada para sempre. Agora que você pretende continuar no país e se estabelecer com sua futura família de filhos ruivos, a casa do campo nunca mais ficará empoeirada. Você até poderia morar aqui, já que não gosta da agitação da cidade. Acredito que Penélope vai achar um encanto. – Benedict não contribuiu com a imaginação de Katherine, apenas sorriu. – Enfim... vou começar a procurar a maldita pista. – No verso do bilhete, estava escrito a primeira pista com a letra de Colin:

Temo que vocês vão fritar o cérebro para desvendar o paradeiro do taco, família Bridgerton. Mas não tenham pesadelos a noite por isso! A primeira pista será fácil para os mais atentos. Os mais próximos sabem o quanto eu aprecio comida, e, de todos os países que visitei, a Prússia tem os doces mais esplendidos. Serei direto: procurem o outro papel na cozinha. E não ousem jogar Pall Mall sem terminar a caça ou trapaceando. Anthony se revirará no túmulo se as bolas rolarem e o taco não tiver um dono digno.

Lendo o bilhete apenas uma vez, a única coisa clara era que devia procurar na cozinha. Mas seria um inferno porque o cômodo era grande e havia muitos funcionários trabalhando para servirem todos os convidados da casa de campo dos Bridgertons. Benedict aproveitou a oportunidade para ir até o salão das mulheres e convidar Penélope Featherington para uma volta de espairecimento nos jardins. A família Bridgerton era muito esperta, e descobririam rapidamente sobre a caça criada por Colin. Ninguém jogaria Pall Mall se não houvesse o taco da morte, não importa quem fosse seu dono pela partida.

- Gostaria de procurar pelo taco da morte comigo? – Penélope, que estava visivelmente constrangida perto do visconde, sorriu confusa. Ele teve de explicar a origem do jogo na família. – Tudo começou com minha tia Billie Bridgerton e seu marido, George Rokesby, além do irmão de George, Andrew Rokesby. –

- Os Rokesbys são seus vizinhos, não? –

- Sim. Eles moram há pouco tempo andando a pé de Aubrey Hall. A competição se misturou em nossos sangues, acredito. Billie nunca teve filhos e George quem era o dono do taco, então quando ele ficou velho demais para jogar, passou para o herdeiro da família Bridgerton, Edmund, que era muito mais novo do que a irmã. –

- Se me lembro bem, – começou Penélope – George ainda está em forma. Ele não deve ser tão velho. –

- Realmente não. Mas é um perigo jogar Pall Mall nessa família, acontecem acidentes demais. Meu pai nunca foi muito habilidoso no jogo, mas Anthony era como nossos tios. A coitada da tia Billie torceu o pé na ultima vez que nossas famílias se misturaram para jogar. Estavam Billie, George, Andrew e Nicholas da família Rokesby; e Anthony, Eloise, Daphne, Colin do lado dos Bridgertons. –

Chame meu nome, Penélope. Onde histórias criam vida. Descubra agora