Pov Camila Cabello (Sete Anos ANTES)
— Outro Jack com Coca-Cola. — Ergui a mão para o barman. Eu costumava estar na metade da primeira bebida quando Keana aparecia; ao começar a segunda, era tarde até mesmo
para ela. Enviei uma mensagem.Camila: Você está mais atrasada que o normal.
Keana: Chego aí em dez minutos. Se não chegar, leia essa mensagem de novo.
Eu ri.
Ela apareceu na metade da segunda bebida. Seus braços me envolveram por trás.
— Posso pagar uma bebida pra você?
— Claro. Minha namorada está a caminho, mas está atrasada, então eu poderia aproveitar um pouco de sua companhia.
Ela bateu em meu abdômen.
— Um pouco de companhia, né?
Me virei, envolvi sua cintura e a puxei para o meu colo de uma só vez. Ela riu e qualquer incômodo sobre estar quarenta e cinco minutos atrasada desapareceu instantaneamente. De novo.
— Qual é a desculpa desta vez?
— Precisei cuidar de umas coisas. — Ela desviou o olhar quando falou, o que me disse que eu precisava investigar mais.
— Que coisas?
Ela deu de ombros.
— Só umas coisas. Para o abrigo.
Semicerrei os olhos.
— Como... desembalar caixas de comida doada? Ou limpar os pratos depois do jantar?
— Sim. Só algumas incumbências. Coisas assim. — Ela tentou mudar de assunto rapidamente.
— O que está bebendo? Jack com Coca?
Agora eu sabia que ela estava tramando algo. E tinha quase certeza de que sabia o que era.
— Sim. Jack e Coca-Cola. Quer o de sempre?
Ela se levantou e se sentou no banquinho ao lado.
— Sim, por favor. Como foi seu dia?
Depois que chamei o barman e pedi seu Merlot, virei sua cadeira em minha direção.
— Você o seguiu novamente hoje à noite, não foi?
Seus ombros caíram, mas ela nem tentou mentir.
— Ele estava com o olho roxo hoje. E o corte na cabeça reabriu. Ele deveria ter recebido pontos da primeira vez. Agora está pior, parece infeccionado.
— Amo o quanto você se importa. De verdade. Mas precisa deixar a polícia fazer o próprio trabalho.
Coisa errada a dizer.
— Fazer o próprio trabalho? Esse é o problema. Eles não pensam que manter pessoas sem-teto seguras é parte do trabalho deles. Eles só prestam atenção quando eles se sentam em um bairro chique. Sério, não ficaria surpresa se o Upper West Side instalasse pontas de metal como fazem em pontes ferroviárias para evitar que os pombos criem ninhos.
— Não quero que você siga pessoas sem-teto até parques perigosos à noite.
Ela bufou.
— Só queria descobrir aonde ele estava indo para que eu possa voltar à delegacia amanhã e pedir que patrulhem melhor a área.
— Até onde você o seguiu?
— Conhece aquela ponte antiga restaurada? Aquela que o pessoal atravessa perto da 155th Street?
— Você foi a pé até Washington Heights?
— A ponte pode parecer bacana, mas por baixo não é. Acho que os políticos só apertaram as mãos e tiraram fotos no alto, enquanto embaixo estava cheio como um depósito. Você sabia que há uma minicidade sob aquele viaduto?
— Keana, você tem que parar com essa merda. Sei que você quer ajudar, mas esses lugares são perigosos.
— Ainda estava claro e eu não entrei no acampamento.
— Keana...
— Sério. Vai ficar tudo bem. Vou à delegacia mais próxima amanhã. Espero que os policiais de lá se lembrem que o trabalho deles é servir e proteger todos os cidadãos da cidade.
— Me prometa que não vai fazer nenhuma merda desse tipo de novo.
Ela sorriu e se inclinou para me abraçar. Passando os dedos em minha pele, disse:
— Prometo!
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Ai, ai, Keana...
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CAMREN: Minha Chefe Criativa (G!P)
FanfictionEla transformou meu encontro tedioso em uma noite excitante. Quais as chances de encontrá-la de novo, em uma cidade com 8 milhões de habitantes? Camila G!P - Se não gosta, não leia!!!