Cap. 7 - Cabello Industries

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Pov Lauren Jauregui

Eu realmente preciso começar a pegar táxis — resmunguei enquanto subia as escadas do metrô e seguia em direção ao prédio em que eu já deveria estar, se o trem não tivesse parado por vinte minutos.

Minha entrevista era às onze e já eram onze horas. Talvez trocar de roupa oito vezes nessa manhã não tenha ajudado a pontualidade. O edifício Maxim era um moderno arranha-céu todo de vidro, com mais de cinquenta andares. No saguão, enorme e elegante, levei um minuto até descobrir onde ficava o diretório da empresa – tudo era prateado, brilhante. Uma vez lá, procurei pela Cabello Industries e passei o dedo no vidro para encontrar a localização
correspondente. Trigésimo terceiro andar.

Correndo para os elevadores, vi que um deles estava prestes a fechar, então enfiei o pé para detê-lo. Funcionou, mas quase arrancou meus dedos no processo.

— Merda. Argh.

As portas se abriram e eu entrei mancando, sem perceber que o salto fino havia ficado preso na pequena abertura do trilho da porta. Com o calcanhar preso, meu corpo continuou, mas meu pé não e eu vacilei, caindo para a
frente. Um braço me segurou e me impediu de cair de cara no chão.

— Puta merda — resmunguei, percebendo que meu sapato estava completamente fora do pé e preso no elevador.

— É bom ver você, Lauren.

Levantei a cabeça e vi, pela primeira vez, quem exatamente me impediu de cair.

— Só pode estar brincando comigo! Quantas impressões ruins uma pessoa pode causar em outra?

Depois de me estabilizar, Camila se ajoelhou e tirou o sapato preso no elevador. Em seguida, bateu em minha panturrilha, indicando que eu levantasse a perna e colocou o sapato de volta em meu pé.

— Com certeza não foi uma impressão ruim — disse, permanecendo de joelhos por mais tempo que o necessário. — Você tem ótimas pernas.

— Obrigada... por soltar meu sapato, quero dizer.

Ela parou e ergueu as sobrancelhas.

— Você não está me agradecendo por elogiar suas pernas?

Fiquei vermelha e me senti aliviada quando ela voltou a atenção para o painel de botões.

— Qual andar?

— Hummm... Trinta e três?

A empresa dela ocupa mais de um andar?

— Você está indo para a Cabello Industries? Está aqui para encontrar a Mani?

— Sim. E Josh Lange.

— Josh?

— Sim. É ele quem vai me entrevistar, certo? O vice-presidente de marketing?

— Certo. Sim. Josh é o vice-presidente de marketing. — Ela concordou, mas tive a sensação de que Camila não sabia que eu estava ali para uma entrevista.

Ficamos em um silêncio desconfortável. Quando as portas se abriram, ela estendeu o braço para que eu saísse primeiro e caminhamos juntas até as portas duplas de vidro da Cabello Industries. A recepção estava vazia.

— Por que não se senta e eu aviso que você está aqui? — perguntou.

— Obrigada.

Um ou dois minutos depois de entrarmos, a recepcionista voltou para a mesa.

— Oi. Me desculpe, tive que fazer algumas cópias. Espero que você não esteja esperando há muito tempo.

— Imagina. Na verdade, entrei com Camila e ela ficou de avisar Normani Kordei e Josh Lange que estou aqui.

CAMREN: Minha Chefe Criativa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora