Casal desafortunado

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Acordei levemente desnorteada e com uma dor não muito forte no pescoço

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Acordei levemente desnorteada e com uma dor não muito forte no pescoço. Tento me levantar e sinto as rachaduras na minha boca seca.

— Hey, hey. — Senti mãos em meus ombros e consegui enxergar melhor.

Minha garrafa estava ao meu lado e a água estava pela metade.

— Não se mova muito. Aqui, beba um pouco. — Peeta me entregou a garrafa que obviamente ferveu enquanto eu dormia.

— Por quanto tempo fiquei dormindo?

— Acho que quase nove horas.

Arregalo os olhos e ouço canhões do lado de fora.

— Katniss? — Perguntei quando o som parou. Pelas minhas contas restavam oito tributos contando comigo e Peeta.

Tudo está como flashes em minha cabeça e não sei se ter visto ela apanhar de Cato foi ilusão ou não.

— Morta. — Falou baixo e senti um arrepio na espinha.

Meus olhos se encheram de lágrimas e eu me sentei, colocando as mãos na cabeça.

— Foi culpa minha. Não devia tê-la escutado e feito aquilo.

Não acreditei que Katniss havia morrido por minha causa.

— Não foi culpa sua, Emma. — Ele se aproximou de mim e me puxou para um abraço. — Não tínhamos o que fazer quando Cato puxou o pé dela. Morreríamos os três.

No fundo, eu sabia daquilo, mas algo colou toda a culpa em mim e eu estava com medo de que todos me odiassem agora. Eu provavelmente morreria sem ajuda alguma de patrocinadores. Eu fiquei abraçada a Peeta por algum tempo, e sabia que as câmeras deviam estar focadas em nós dois. O público devia estar se alegrando ou chorando com a cena.

— Eu sinto muito. — Disse baixo e Peeta fez com que eu olhasse para o seu rosto.

Ele parecia cansado e os machucados em seu rosto pareciam doer. Peeta segurou meu rosto com cuidado e me olhou nos olhos.

— Não foi culpa sua, Em. — Mais um apelido.

Peeta era a única pessoa que me chamava de Emma, tirando algumas senhoras de lojas antigas do distrito que gostavam muito de mim. "Em" tinha sido uma novidade. A respiração dele bateu na minha boca e estávamos próximos como alguns dias no meu quarto na capital. O rosto dele estava cada vez mais perto e só tirei o foco dos olhos azuis como um céu de tarde ensolarada quando senti os lábios nos meus. Era delicado e macio, como eu sempre havia imaginado. Eu levantei a mão para o seu maxilar com cuidado para não encostar em alguma ferida mas aquilo não durou muito.

Nós nos afastamos e eu sorri sem mostrar os dentes antes de ouvirmos um som baixo e agudo, igual ao que eu tinha ouvido na noite anterior.

— É ajuda dos patrocinadores. — Eu disse baixo e ele se levantou.

𝐉𝐎𝐆𝐎𝐒 𝐕𝐎𝐑𝐀𝐙𝐄𝐒 • 𝐏𝐞𝐞𝐭𝐚 𝐌𝐞𝐥𝐥𝐚𝐫𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora