Naquela manhã acordei com um formigueiro muito forte que me corria pelo corpo, quando abri os olhos deparei-me com a minha casa mas não sabia como fui ali chegar. Levantei-me com cuidado para não acordar a minha mãe que ainda estava adormecida com um sorriso nos lábios.
Saio do meu quarto e tentei ao máximo não fazer barulho nem bater em nada, mas estava mais difícil do que eu esperava especialmente por causa dos chifres.
Não sabendo como eu consegui sair de casa e corri em direção do bosque que seria o lugar mais seguro para estar no momento.
Quando Esmeralda acordou e não viu a sua filha ela tornou a se desesperar. Correu todos os cantos da aldeia a procura da sua menina, mas por algum motivo as pessoas achavam que Esmeralda havia ficado maluca. Toda aldeia falava que ela sonhava com a menina achando que era real.
Esmeralda não desistiu de procurar a sua menina, e nunca lhe havia passado pela cabeça em desistir. Apesar da procura não ser mais como de início ela ainda procurava.
Dois anos se passaram, Esmeralda ainda andava perdida a procura de Alana. Hoje era o dia em que a sua linda menina faria 18 anos e hoje mais que nos outros ela não parou. Mesmo Alana desaparecida ela organizava a festa da sua menina, com bolo, presentes, decoração, tal como a sua filha lhe falava que queria a sua festa de 18 anos. Ela acreditava que hoje ia encontrar a sua menina e trazê-la de volta a casa.
Já Alana, ainda escondida na sua nova cada, a pequena caverna, foi tentando viver da melhor maneira possível consoante o desafio que estava a viver.
Conseguiu alimentar-se de algumas frutas, à fome não ia morrer, mas já a uma semana que Alana não dormia descansada. O fato dela não poder festejar os seus 18 anos com a sua família está atordoar-lhe os pensamentos.Nesta tarde ela decidiu sair da caverna e ir dar um passeio para variar, talvez ir até ao riacho, podia ser que conseguisse caçar um peixe, na forma animal ela não sentia vontade de comer peixe, mas na forma humana ela agradecia por algo diferente de ervas e bagas.
Quando cheguei ao riacho não acreditei no que vi. Uma mulher com os cabelos mais ruivos que já vi. Era ela. A minha mãe. Ela estáva bem na minha frente. Do outro lado do riacho. Quase que lhe consiga tocar.
Esmeralda chorava no riacho. Pedia a Deus que a ajudasse a encontrar a sua linda menina. Quando deu por ela viu-se a olhar para um veado, veado esse que a encarava com uns olhos tão brilhantes que ela quase reconheceu aquele olhar doce.
-Não pode ser. - ela sussurrou.
Nisto levantou-se e correu na direção oposta ao do animal. Correu até as suas pernas não aguentarem mais.
-Diane. Diane. - ela gritava assim que avistou a casa da amiga não muito longe.
A amiga abriu a porta assim que ouviu o seu nome ser prenunciado várias e várias vezes.
-Que se passa Esmeralda? Que a aconteceu? Encontraste a Alana? Onde está ela?
A amiga falava tão depressa que até deu tempo de Esmeralda recuperar o fôlego depois da corrida que deu.
-Eu via-a. Vais achar-me maluca, mas eu quase que juro que a vi. - ela diz sentindo as lágrimas rolarem pelo rosto.
-Viste-a onde? Vamos buscá-la. - Diane diz já fechando a porta.
-Espera. - ela diz travando a amiga. - Isto vai ser de loucos mas é que...
-É que o quê? - Diane já não percebia nada do que a amiga dizia.
-É que não foi bem ela. Foi o olhar dela. Em um veado. - Esmeralda finalmente solta o que lhe estava apertar na garganta.
-Aquela bruxa. Com certeza foi ela.
Esmeralda nem era capaz de acreditar que a amiga confiava nela mesmo depois daquela maloqueira ter sido dita. Depois do que a amiga fala as duas correram até à barraca de ferragem onde Richard se encontrava esperando as ferraduras dos cavalos ficarem prontas.
-Richard. - elas chamam-no em conjunto.
O homem vira-se na direção delas é forma um enorme sorriso. Desde o dia em que beijou Esmeralda que não a via. E vê-la agora ir até ele deixava o caçador feliz.
-Senhoras, em que posso ajudar? - ele fala fazendo uma vénia.
-Agora não Richard. - Esmeralda fala apressada.
-Precisamos de cavalos, eu acho que vi Alana. - ela continua.
-Philippe, diz-me que as ferraduras estão prontas. - o caçador fala para o homem que acaba de passar as últimas ferraduras para dentro de um balde de água gelada.
-Estão prontas. - o homem diz entregando todas elas para as mãos de Richard.
Os três correram até ao estábulo e Richard começou a preparar três cavalos e logo depois apareceu Eliot.
-Encontraram Alana? - ele fala assim que vê Esmeralda.
A mulher com lágrimas nos olhos acena positivamente com a cabeça e o jovem começa ajudar o pai com os cavalos para se ficassem prontos mais depressa.
Num instante eles saíram a galopar dos estábulos mas não se aperceberam que Blenda estava a observá-los e ela já sabia o que aquilo significava.
-Acho que chegou a grande hora. - ela fala voltando para dentro de casa.
Olá maltinha! 🥰
Último capítulo sai já amanhã.
Imaginam o que a Blenda está a planear? 🤔
Deixem nos comentários os vossos palpites. 😁
Beijos. 😚

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Red Deer - FINALIZADA
FantasyFruto de uma traição e vítima de uma maldição . Assim que o sol nasce as suas mãos e pés passam a cascos, o seu cabelo ruivo forma uma pelagem macia por todo seu corpo, mostrando assim a figura de um belo veado avermelhado. Para acabar com esta mald...