12° Capítulo

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Quando os quatro, montados a cavalo, chegaram perto do riacho ainda lá estava o veado, parado, a olhar para eles como se pedisse para que o seguissem.

Eles assim o fizeram, atravessaram o riacho e cavalgaram atrás do veado que os foi levando até à caverna onde passava maior parte dos seus dias.

-Estas a dizer que achas que este veado é a Alana? - Richard pergunta confuso.

-Sim. Só pode ser ela. Algum vez viste aquele olhar em mais alguém? - Esmeralda responde.

-Pai, mas este veado não foi aquele que me atirou ao chão? - Eliot fala tentando acompanhar a conversa.

-Se realmente é a Alana naquele corpo ela nunca te faria mal. - Richard diz.

-Estás certo.

Quando chegaram a caverna o veado parou  e os quatro desceram dos cavalos.

-É aqui que tens dormido? - Esmeralda fala tentando chegar perto.

Alana deu um passo para trás, não queria de maneira alguma magoar a sua mãe assim como fez com Eliot, mesmo tendo sido um acidente.

-Que cheiro forte é este? - Richard fala tapando o nariz.

-Ervas. Mas um veado não seria capaz de pensar em colocar ervas para abafar o seu cheio. - Diane fala caminhando lentamente até à caverna.

-Mais uma hipótese de ser a minha filha neste corpo.

Quando olharam de volta para o veado, viram que se afastava lentamente.

Caminharam atras dele, em passos lentos para não o assustar, mesmo que o animal soubesse da existência deles.

Naquela hora eu sentia o meu eu desaparecer aos poucos, tentava o máximo possível lhes mostrar que era eu, Alana naquele corpo e que era ali onde eu tinha passado os últimos dois anos, mas um formigueiro tremendo começou a percorrer todo o meu corpo, deixando-me perdida e assustada por ver humanos me seguirem, por momentos parecia que me esquecia mais ainda de quem eu era, por momentos eu me sentia mais animal que nunca.

Comecei a correr, para onde eu ia, não sei, só sei que assim que olhei para trás e vi os humanos correrem atras de mim eu acelerei o meu galope ate esbarrar em uma arvore por distração. Ali o formigueiro parou, olhei para trás e tornei a reconhecer a minha família. A cada minuto eu me sentia mais assustada com a possibilidade de poder esquecer quem era cada uma daquelas pessoas.

Já mais calma eu tornei a caminhar lentamente, guiando-os para o fim do percurso que eu tinha na minha mente já falhada. Ali, naquela pequena clareira sem saída foi onde o Richard me havia salvado a vida e onde coloquei a de Eliot em perigo.

-Foi aqui que eu a vi. - Richard falou quase como um sossurro.

-Foi aqui que ela me atirou ao chão. - Eliot fala dando uma risadinha.

Alana calmamente foi até Eliot deixando a sua cabeça cair sobre o ombro do rapaz, tentando ao máximo ter cuidado com as astes enormes que exibia no topo da sua cabeça.

-Tudo bem. Eu sei que não foi de preposito. - o rapaz diz fazendo o animal o encarar.

-Então és mesmo tu? Eu sabia que esse olhar não podia estar em qualquer um. - Esmeralda falou fazendo Alana a encarar e se aproximar dela.

-É claro que é ela. Mas era suposto Eliot ter atirado nela na hora que ela o derrubou. - uma voz feminina era ouvido.

Mesmo a voz ter sido reconhecida de imediato pelos cinco, nenhum deles via de onde aquela bruxa estava a falar.

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⏰ Última atualização: Feb 16, 2021 ⏰

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