Desde o início que eu e Eliot nos demos muito bem e assim que descobrimos que fazíamos aniversário no mesmo dia a alegria foi imensa tanto para mim como para ele.
Fizemos um monte de planos para cada um dos nossos aniversários e todos os anos era algo diferente.
Até a nossa vida começar a dar uma volta que nós não tínhamos planeado.
No nosso aniversário de 16 anos a minha mãe não me deu autorização de fazer a festa com Eliot e eu fiquei muito triste pois já havia combinado com ele um monte de atividades para aquele dia, mas Eliot não se preocupou muito com a regra da minha mãe.
Alana estava sentada na ponta da cama, com as costas encostadas na parede e os joelhos perto do peito. Nas mãos ela tinha um livro que Diane lhe havia dado de prenda naquela manhã, bem cedo.
Eliot estava a sair de casa apressado, com uma prenda nas mãos. O rapaz corria por entre as pessoas e as barracas de venda e só parou assim que chegou na casa da amiga.
-Alana, abre a janela. - ele diz do lado de fora enquanto batia no vidro do quarto da moça.
Alana um pouco assustada por não contar com Eliot ir até sua casa e feliz por vê-lo lá abriu logo a janela.
-Que fazes aqui?
-Vim te dar a minha prenda, já que não podes ir até lá a casa. - o rapaz diz sorridente.
Alana quase com lágrimas nos olhos pega no embrulho com cuidado o pousando em cima da cama. Depois foi até uma gaveta da sua mesinha e tirou de lá a prenda que havia comprado para o seu amigo.
-Esta é a tua. Muitos parabéns Eliot.- ela diz entregando-lhe o embrulho.
-Muitos parabéns Alana.
Eles abriram as prendas juntos e ambos ficaram muito felizes.
Alana havia recebido um vestido branco com detalhes vermelhos e Eliot havia recebido uma Bowie, uma faca de caça, personalizada com a data daquele dia.
-É lindo Eliot, um pouco grande mas lindo. - Alana diz colocando o vestido na sua frente.
-Eu tinha esperanças que o usasses quando fizéssemos 18 anos.
Alana vai até ele e mesmo tendo uma diferença de alturas entre eles ela o abraça deixando o garoto envergonhado.
-Gostei imenso. Obrigado. - ela diz sorridente.
Pouco depois os dois jovens ouviram a voz de um homem vinda de dentro de casa de Alana, o que não era costume.
-Tens visitas? - Eliot pergunta.
-Não faço a mínima ideia. - Alana diz confusa.
Com cuidado a Alana vai até onde ouvia vozes e Eliot vai por fora de casa até à porta de entrada.
-Não lhe podes contar. - Esmeralda falava alterada o que não era costume nela.
-Mas ela é minha filha e tem o direito de o saber. - a voz masculina dizia.
-Não foi isto que combinámos. Tu sabes que algo de errado pode acontecer se mais alguém souber.
-Eu sei, mas não aguento mais isto, ainda para mais ela e Eliot dão-se muito bem.
-Eu sei, eu sei. - Esmeralda estava agora mais calma.
-Mas o problema não está no Eliot, ele é um excelente rapaz, sempre cuidou muito bem de Alana. - Esmeralda fala indo ate ao sofá e se sentando.
Alana estava agora mais perdida que nunca. Como assim um homem vai la a casa dizendo que é seu pai, mas a sua mãe não quer que ela saiba? E o que Eliot tinha haver com tudo isto? Eram algumas das perguntas que ela fazia a si mesma.
-Mãe, o que é que se passa? - finalmente ela toma coragem para entrar na sala vendo sua mãe e Richard sentados no sofá.
-Alana volta para dentro por favor. - sua mãe fala dando um sorriso.
-Desculpa mas não posso ir. Eu ouvi bem? Richard é o meu pai?
Os adultos ficaram um pouco em silêncio, talvez a pensar se diziam a verdade, talvez a pensar numa desculpa, Alana não sabia o que esperar vindo deles.
Claramente chateada por nenhum dos dois ser capaz de dar uma resposta Alana caminha até a entrada abrindo a porta para Eliot que quase tropessou nos seus próprios pés.
Juntos caminharam até à sala e ambos cruzaram os braços esperando os adultos falarem algo.
-Muito bem. - Esmeralda começa.
-Sentem-se, temos muito que vos contar.
Foi nesse momento que a minha vida mudou radicalmente. E o que eu e o Eliot construímos durante tantos anos pareceu nada mais, nada menos, que uma mentira.
Naquele momento minha mãe e Richard confessaram tudo o que haviam passado juntos, o amor que sentiam um pelo outro mesmo depois de tantos anos separados e a vontade que Richard tinha de se assumir como meu pai.
Por um momento eu gostei muito da ideia pois sempre me senti ligada de uma certa forma a Richard, ele sempre me deu muitos presentes, me alimentou com as melhores refeições, comprou as melhores roupas para eu usar, sempre fez de tudo para eu ter do bom e do melhor.
Mas logo essa ideia saiu da minha cabeça quando a minha mãe falou nos perigos e que o maior deles todos seria Blenda.Minha mãe contou que Blenda a uns anos passou por sua casa para me ver e que aquela visita foi muito estranha.
Eu e Eliot tomavamos a maior atenção a história que minha mãe contava.
16 anos atrás:
Estava Alana deitada no seu berço sendo admirada por Esmeralda. A jovem mãe estava completamente apaixonada pela pequena menina que gerou em si.Entretanto bateram a porta e com muita dificuldade Esmeralda deixou a sua menina dormir sozinha no quarto enquanto foi ver quem estava a sua porta.
Para sua surpresa ela deu de caras com Blenda que não vinha nada feliz. Logo soube que dali não vinha coisa boa.
Olá maltinha, estão curiosos?
Imaginam o que Blenda foi fazer a casa de Esmeralda?
Deixem os vossos palpites nos comentários. 😝
Beijos. 😚
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Red Deer - FINALIZADA
FantasiFruto de uma traição e vítima de uma maldição . Assim que o sol nasce as suas mãos e pés passam a cascos, o seu cabelo ruivo forma uma pelagem macia por todo seu corpo, mostrando assim a figura de um belo veado avermelhado. Para acabar com esta mald...