Naquele momento a casa parecia mais aterradora do que o que já era. Richard e Eliot que nunca sentiram medo de ali morar, hoje tinham as pernas bambas a cada passo que davam.
-Richard? Para onde foste meu querido? - a voz de Blenda soa mimosa.
Num instante, Richard empurra as mulheres para um quarto que nem ele sabia o que tinha e que ia jurar estar trancado e logo a seguir a cabeça de Blenda aparece a porta.
-Aí estas my love. - ela diz sedutora.
Quando aparece por completo esta com uma langerie atraente, e em passos lentos caminha até ao caçador que não sabia o que fazer visto que estava em missão.
Para sua sorte, Eliot apareceu do nada fazendo com que a sua mãe se tentasse tapar ao máximo.
-Que é isto. Eliot, devias de estar na cama. - ela fala furiosa.
-Nao mãe, tu devias de estar na cama. Eu tou decentemente bem vestido para andar por casa. - o garoto fala não tendo medo do perigo.
Richard já imaginando o escandalo que a sua mulher ia fazer agarra nela pelos ombros, faz a mesma girar de modo a ficar de costas para si e caminha com ela até ao quarto.
-Nao percas esse fogo meu amor. Eu não me demoro. - ele diz beijando lentamente o ombro direito da amada.
Quando a mulher ia a responder ele fecha a porta e se afastando puxando o filho para dentro do quarto onde escondeu Esmeralda e a Diane.
Ao entrar no quarto ele não vê as mulheres, tenta procurar algo que possa usar para iluminar o espaço mas nem uma vela ele encontrava.
-Pai, que quarto é este? - Eliot fala assustado apertando cada vez mais o braço de Richard.
-Nao sei. Ia jurar que estava trancado, nunca cá vim. - ele responde.
Em passos pequenos e não muito certeiros os dois vão caminhando. Ao esticar um braço para o lado Richard apercebe-se de que as paredes são estreitas, isso ou caminham mais perto de uma parede do que da outra.
A mais uns passos de onde estavam deram pela falta de chão e só lhes restou gritar enquanto caiam em algo que não sabiam o que seria.
Assim que sentiram algo de baixo deles, abriram os olhos e viram um monte de roupas sujas, roupas essas que não eram deles.
-Richard. Eliot. Estão bem? - Esmeralda fala correndo até eles.
-Graças a Deus estão aqui. Não sabíamos de vocês e fomos caminhando até cairmos aqui. - Richard fala se pondo a pé e depois ajudando o seu filho.
-Porque não ficaram perto da porta? - Eliot pergunta sacudindo as suas roupas.
-Nós estávamos a procura de uma área aberta pois sentiamo-nos apertadas e quando demos por ela caímos. - Diane explica-se.
Neste momento Esmeralda e Richard estavam de mãos dadas, olhando um para o outro como se estivessem sozinhos. Ali, os outros iam jurar que viam corações em volta deles. Estava mais que na cara que eram apaixonados apesar de ser errado por conta de Richard já ser casado.
-Não querendo interromper, mas não é melhor irmos? - Daine fala.
Os dois apaixonados largam-se constrangidos e então começam a caminhar pelo espaço, até uma porta de madeira escura com uma tranca rígida que ao mínimo puxão fez um barulho tremendo quase audível no andar de cima.
Assim que viram a porta aberta adentraram na outra área caminhando com cuidado e levando uma lanterna de óleo com eles.
Aquela lanterna mal iluminava mas o pouco que conseguiam ver parecia-lhes ser uma espécie de lavandaria. No centro daquela sala encontrava-se uma estrutura em madeira com formato arredondado que estava a ser cheio com água e raspas de sabão.
A tecnologia que eles ali viam era muito mais avançada do que o estão habituados e nem tão poucos sabiam o que aquilo ia fazer assim que estivesse cheio.
-Nao podemos ficar aqui. - Esmeralda fala.
-Vamos por aqui. - Eliot fala abrindo uma porta mostrando um corredor iluminado por várias velas.
Os quatro seguiram o rapaz que caminhou na frente sem medos. No fim do corredor uma outra porta estava a impedi-los de continuar o caminho.
Com cuidado, Richard abriu a porta e viu que ninguém estava a vigiar aquele espaço. Depois de passarem para aquela área olharam em volta e viram muitas grades. Era ali. Ali eram as masmorras.
-Acho que chegamos. - Diane fala.
A jovem professora caminha pelo estender das grades e então observa algo aninhado num canto escuro.
-Tem aqui uma pessoa. - ela diz.
-Uma não Diane. Muitas. - Esmeralda fala assim que vários homens se aproximam das grades.
Diane vira-se e então vê vários homens caminharem até as grades com um ar de cansados.
-Quem são vocês? - Richard pergunta pondo-se na frente das mulheres para as proteger de algum contacto brusco que aqueles homens podessem fazer.
-Todos nós somos, ou já fomos, maridos da Blenda. - o homem que Diane havia visto encolhido pouco antes fala fazendo as mulheres se virarem para ele.
-Está calado Arthur. Tu sabes que se a Blenda nos ouve falar estamos tramados. - alguém diz.
-Estou nem aí. Aquela bruxa já nos faz a vida negra mesmo sem falarmos. - Arthur fala.
-Diz-me Arthur. O que aquela mulher vos faz? - Esmeralda diz se aproximando da grade do homem.
Ele levanta-se apoiando-se na parede, mostrando que está fraco, da alguns passos e então cai na frente de Esmeralda.
-Ela treina os seus feitiços connosco. - ele fala quase rouco.
Olá maltinha! 🥰
Foi bem difícil para mim escrever este capítulo, não sabia que aventura iria por na frente destes quatro.
Espero que tenham gostado. 😊
Beijos. 😚

VOCÊ ESTÁ LENDO
Red Deer - FINALIZADA
FantasyFruto de uma traição e vítima de uma maldição . Assim que o sol nasce as suas mãos e pés passam a cascos, o seu cabelo ruivo forma uma pelagem macia por todo seu corpo, mostrando assim a figura de um belo veado avermelhado. Para acabar com esta mald...