Elevador

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- Você está pronta? - Pedro me perguntou quando estamos diante o prédio.

Não contei a ele o meu encontro com o Henry Cavill, de toda forma foi um acaso inusitado e não iria interferir em nada, mas agora estamos parados diante as portas giratórias do prédio de advocacia que iríamos encontrar os advogados do Cavill e o mesmo.
Aperto a mão do Pedro e confirmo com a cabeça, tento imaginar que estou em um primeiro dia de aula. Sou professora de uma creche e no ano passado eu tive meu primeiro dia como professora de verdade, sem ser em um estágio, tento lembrar daquele dia, apesar do medo eu conseguir assumir o controle e tudo correu bem.

- Espero que tenha válido apena eu ter perdido uma hora da minha vida para passar chapinha nos meus cachos. - Comento com o Pedro que dá uma risada que faz um som anasalado. - Não faça isso lá dentro.

- Não me faça rir

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- Não me faça rir.

Ele rebate, entramos no prédio e após passar pela recepção, somos levados para o elevador e depois guiados para uma sala de reuniões.
A sala tinha uma parede toda de vidro transparente e a outra era composta por uma janela enorme mostrando a cidade de Londres lá embaixo.
No centro da sala havia uma mesa enorme com várias cadeiras, uma mesa redonda pequena com café e biscoitos, também em uma das paredes sólidas continha uma televisão plana.

- Que horas eles vão nos encontrar? - Pergunto em um sussurro ao me sentar com o Pedro ao meu lado.

- Já estão vindo. - Ele sussurrou de volta.

Nesse mesmo instante, meu mundo congelou. Nós sentamos diante a parede de vidro e do outro lado era possível ver dois advogados de ternos passando e com eles estava o Henry Cavill, eles entraram na sala e eu tentei não ser vista. Esperava que por algum milagre ele não se lembre de mim, mas no momento em que o mesmo puxou sua cadeira e se sentou diante de mim do outro lado da mesa, era audível quando o mesmo puxou o ar em surpresa.
Ergui meu olhar e encarei seu rosto perfeito de uma estátua esculpida em mármore.

- Bom, vocês nos chamaram aqui para que possamos resolver tudo pacificamente, eu e minha cliente não queremos fazer um caos sobre a situação. - Pedro começou a falar, usando o inglês para se comunicar com os demais.

Os advogados de Cavill ouvem com atenção e então começam a falar como a minha obra foi ofensiva e queriam uma retratação, Cavill não dizia nada, apenas me olhava enquanto eu apertava minhas mãos uma na outra em meu colo.

- Sabem que não era a intenção da minha cliente de ofender.

- Mas além de ela ofender meu cliente, a sua cliente recebeu um bom dinheiro com a popularidade de sua obra. - O advogado número 1 de Cavill disse e eu olhei na direção do homem de cabelos loiros cor de areia.

- Harry Styles não se sentiu ofendido com a publicação de After. - Rebati antes que o Pedro me mandem ficar quieta.

O Advogado número 2 da uma risada e eu encaro ele.

- Bom, o nome do personagem era Hardin e não Harry Styles.

- Então a questão é porque eu mantive o nome Cavill? - Pergunto com uma esperança que isso possa ser resolvido tão breve.

Henry Cavill então se endireita em sua cadeira e me olha nos olhos.

- Você estava me seguindo ontem?

Desvio a atenção dos advogados para olhar ele, encarando os olhos azuis que eram tão perfeitos incluindo a heterocromia que torna a seus olhos únicos.

- Você quem não me deixava em paz, porque diabos eu iria imaginar que você estaria naquela livraria? - Cruzo meus braços enquanto o olhava brava.

- Não sei, não sou que escrevo contos de Fadas sobre a vida dos outros.

- Fanfic. O nome é Fanfic. - Me levanto rapidamente, pegando minha bolsa e encaro os advogados do Cavill. - Meu livro é inocente, existem milhares de pessoas com o sobrenome Cavill e nenhumas delas está me processando. O personagem se chama Hector Cavill, não é Henry. Foi inspirado nele sim mas agora com o lançamento é um personagem diferente, criado por mim. Se querem mesmo me processar, achem um argumento melhor do que esse.

- Eduarda! - Pedro se levanta me puxando pelo pulso, mas eu me solto dele e sigo para fora da sala.

Chego no elevador e vejo ele falando com os advogados, não me importar mais. Eu tinha uma carreira começando, meu livro aí ser publicado e eu tinha meus alunos, meu trabalho. Não deixaria tudo ir por água abaixo por uma questão idiota. Não vou ceder.
O elevador se abre e quando eu entro, Henry Cavill entra junto, Pedro para diante as portas mas elas se fecham e fica somente Cavill e eu.

- Não quero falar com você. - Digo bruta.

- Não ia.

Ficamos em silêncio, descendo dois andares e então ele aperta um botão e o elevador para, o solavanco faz eu ir para frente e ele me segura.

- Me solte! - Bato em seu braço e me afasto. - Você está me seguindo?

- Hoje, sim. - Ele admite sorrindo.

Maldito! Não resisto ao seu olhar e esse sorriso bobo, eu prendo a respiração com medo de acabar hiperventilando

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Maldito! Não resisto ao seu olhar e esse sorriso bobo, eu prendo a respiração com medo de acabar hiperventilando.

- Acho que deveríamos conversar, eu não queria que você me odeie e agora entendi porque a reação estranha de ontem. - Ele começa.

EU ergo a mão o pedindo parar e ele cala a boca. Encaro seus olhos e puxo toda a força que eu preciso.

- Cala a boca. - O repreendo. - Seguinte, sim eu tenho raiva de você porque você está me processando e por causa da droga do seu sobrenome? Tudo bem, você quer Guerra então vai ter!

- Guerra? Eu só quero que troque o sobrenome, por favor.

- Tivesse pedido antes de me processar! - Cruzo os braços e dou as costas a ele, o elevador é pequeno quando se tem um homem de quase dois metros de altura e largura.

- Caramba tu é nervosa né! - Ele exclama e então põe as mãos em meus ombros e eu travo todinha ao sentir o toque dele, mesmo que por cima do tecido do meu blaser. - Podemos marcar de conversar sem ser com advogados por favor?

Não queria dizer nada, mas não dava para negar, estava presa em um elevador e o aroma dele me possuía.

- Está bem.

Processada pelo meu Ídolo (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora