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•Any Gabrielly•
Suspiro ao olhar que meu despertador está prestes a tocar, desligo antes do mesmo tocar e me levanto, tomo um banho rápido e visto a primeira roupa que vejo pela frente, um tênis branco, minha legging preta e um camisetão.
Vou até a cozinha e preparo o lanche da minha pequena e coloco dentro da lancheira dela.
— bom dia meu amor - digo dando beijos pelo rosto da pequena

— to com soninho mamãe - ela resmunga abrindo os olhos lentamente

— eu sei amor porém você tem que ir para a escolinha e a mamãe tem que ir trabalhar - pego ela no colo e vou em direção do banheiro para dar um banho nela, termino o banho e visto o uniforme nela, arrumo os cachinhos dela e finalmente estamos prontas para sair de casa.
E como sempre minha rotina vai ser a mesma, deixar Gaia na escolinha e ir trabalhar até tarde já que na segunda faço hora extra.

•Noah Urrea•
após passar a noite em claro tentando pensar em o que fazer, suspiro frustrado me revirando na cama e meus pensamentos vão para a cacheada, estão todos atrás de mim querendo saber o que eu vou fazer ou estão querendo me xingar estou tão cansado disso tudo, vejo que já são 18:45 então me levanto e vou tomar um banho, visto um conjunto de moletom e meu nike todo branco, pego minha carteira e a chave do carro, sento no volante e sem pensar duas vezes dou partida para a cafeteria onde a garota trabalha, depois de uns 20 minutos dirigindo finalmente cheguei no meu destino.
sorrio ao ver ela escorada no balcão com a maior cara de tédio do mundo — eai morena - ela levanta o olhar surpresa ao me ver ali

— Noah? - vejo um sorrisinho simpático surgir nos lábios dela - vai pedir o que hoje cantor famoso?

— pode ser um café bem quente e amargo minha fã número um  - gargalhamos - fico feliz em saber que descobriu quem eu sou.

— digamos que não foi muito difícil descobrir mas agora me conta o que aconteceu? E o porque está com essa cara - se escora no balcão

- Está tão óbvio o quanto eu estou fudido? - rio fraco

— pelas olheiras e pelo seu pedido na verdade ficou bem fácil - ela diz óbvia e vai fazer o meu café, observo ela e percebo quanto é bonita, cabelos cacheados, longos e escuros, pele morena e um sorriso perfeitinho, fico tanto tempo olhando para ela que nem percebo que meu café já estava pronto e ela vindo me trazer — aqui está seu café Noah - ela entrega o café e eu agradeço gentilmente. 

— se tiver afim de conversar sobre o que está acontecendo - ela sorri amigável

— não acho que iria me entender - bebo um gole do café

Ela suspira - não custa tentar né

suspiro — só não me odeie - ela concorda com a cabeça — há quatro anos atrás quando estava bem no início da minha carreira fui fazer um show em um bar e acabei conhecendo uma garota, nós dois bebemos demais e acabamos na cama, nunca mais tivemos contato depois disso - solto um longo suspiro e percebo que a morena está bem concentrada na história - porém depois de alguns ela me procurou e me contou que estava grávida - ela arregala os olhos — eu estava no início de tudo prestes a realizar um sonho então não assumi a criança, passei quatro anos pagando um valor bem alto de pensão, até ontem me ligarem falando que a mãe da criança faleceu - dou uma pausa apoiando o rosto nas minhas mãos - ou eu fico com a menina ou deixo ir para a adoção - termino de falar e pela primeira vez olho para mulher que me olhava indignada e com os olhos marejados.

— eu não te odeio mas sinto uma vontade enorme de dar um tapa na sua cara nesse momento - ela diz e eu abaixo o meu olhar apenas escuto seus passos em minha direção, ela para na minha frente e cruza os braços — me chamo Any Gabrielly e tenho 19 anos, há três anos atrás descobri que estava grávida de um intercambista que estudava na mesma sala que eu, eu tinha 17 anos e estava quase terminado o ensino médio não existia possibilidade de eu criar minha filha sozinha, mas o desgraçado do pai dela disse que não podia ter um filho agora e na semana seguinte voltou para a Alemanha, meus pais me expulsaram de casa pois eu era uma vergonha para eles, e então a dois anos cuido da minha filha sozinha e me mato trabalhando para cuidar dela enquanto o "pai" dela deposita 300 reais por mês e cursa medicina na Alemanha, e o pior disso tudo é ver minha filha triste por que não tem um pai - agora o misto de emoções dentro de mim me fazem perceber que sou um completo idiota — sinto muito Any - me levanto indo até ela e a envolvo em um abraço.

— espero que você faça o melhor para sua filha - Any separa o abraço

— vou fazer e obrigada - sorrio — eu nem sabia mas precisava ouvir sua história.

— se não se importar eu preciso fechar a cafeteria agora - Any diz

— a tudo bem - retiro minha carteira do bolso e pago o meu café. — quer uma carona? - pergunto e ela me olha confusa

— eu moro bem longe daqui Noah - ela diz cansada.

— não tem problemas, eu te espero fechar - volto a me sentar em uma mesa qualquer enquanto ela termina de arrumar algumas coisas.

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Por favor comentem muito.

𝑂𝑛𝑙𝑦 𝑎𝑛𝑔𝑒𝑙 / 𝑛𝑜𝑎𝑛𝑦 Onde histórias criam vida. Descubra agora