PLAY DATE' 𝑺𝒂𝒔𝒖𝒔𝒂𝒌𝒖

𝒕𝒓𝒐𝒖𝒃𝒍𝒆𝒎𝒂𝒌𝒆𝒓

[♡]

   Resmunguei enquanto caminhava pelas ruas em direção a minha casa, pensando no esporro que eu ia levar. Ser inconsequente da nisso.

— Aí! — grunhi de dor ao sentir algo duro batendo no ossinho do meu quadril. Quando coloquei a mão lá, meu cotovelo bateu em algo atrás de mim e de repente, ouvi um barulho altíssimo. Um metal caindo atrás do outro.

Arregalei os olhos ao ver uma fila de motocicletas no chão. Todas derrubadas por mim. No mesmo momento, um grupo de caras saíram do bar em frente onde eu estava. E o primeiro olhou direto para o espelho quebrado no chão.

Minha mente ficou em branco. Ou melhor, parecia um Windows travado. Não sabia se corria, ou se fingia que não foi comigo. Optei pela segunda opção andando como uma sonsa.

O que não durou muito.

— Ei, você! Cabelo rosa! — engoli seco xingando mentalmente e me virei com o sorriso gentil mais sonso existente.

— Pois não?

— Pois não? Você quebrou o espelho da minha Harley Davidson Iron 883!

— Harley David- Olha meu filho, eu não faço a mínima ideia do o que está falando. Só estava de passagem.

O moço barbudo levantou apontando o dedo na minha cara.

— Não se faz de sonsa, garota. Nós escutamos você xingando!

— Eu? Eu não faço essas coisas, sou educada.

— Fez sim! E vai pagar pelo meu retrovisor.

Porra homem, eu sou pobre.

— Como você me acusa de algo assim sem provas? Eu posso ter xingado por vários motivos! — ralhei com ele que fechou a cara.

— Para de graça, sua maluca. Se não vai pagar, vai ter que resolver de outra forma!

Meu queixo caiu. Que velho abusado!

— Ahá! Quem me garante que não fez isso de propósito pra ganhar uma foda com uma menor de idade? Seu tarado maluco!

— Mas o que? Eu-

— Você é o que tem de mais podre nessa sociedade. Meu dia foi um inferno, eu me machuquei, chorei e ainda sou obrigada a ouvir um velho frustrado sexualmente? Ah mas não vou mesmo, meu bem.

Nem eu sabia mais o que eu tava falando. Mas já fugi de um assalto assim, vai que dá certo de novo.

— Garota qual é a porra do seu problema? — ele chegou perto e eu arregalei os olhos assustada. Um soco no diafragma e um chute no saco.

— Não tenho culpa se estacionaram no meio da calçada onde PEDESTRES passam!

Ouvi uma buzina atrás de mim e vi a última pessoa que eu queria ver no momento. Mas não tava afim de apanhar para seis caras.