𝒉𝑖𝑔𝒉 𝑠𝑐𝒉𝑜𝑜𝑙 𝑠𝑤𝑒𝑒𝑡𝒉𝑒𝑎𝑟𝑡𝑠

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Merda. Merda. Merda!

Nesse exato momento eu estava dentro do carro do ruivo, que eu ainda não sabia o nome, indo até a minha casa. E a única coisa que se passava na minha mente era: "Eu sou retardada?"

Minha bicicleta estava em um gancho para bicicletas atrás do carro lustroso e o cara cantarolava alguma música na rádio olhando para mim toda vez que trocava a marcha.

Ele havia insistido ao ver que eu estava toda fodida. Sério, estava tudo ardendo. E eu queria chorar. Sasuke maldito!

Quando vi o jardim da minha casa, dei dois tapinhas na sua coxa sem nem ao menos perceber e informei que já havíamos chegado. Se ele for um psicopata eu me viro, sei lutar Taekwondo... o básico... mas já é alguma coisa.

Ele me ajudou a sair do carro, e enquanto eu estava parada na frente da porta da minha casa, o ruivo colocou a minha bicicleta - que eu provavelmente iria esquecer - encostada na parede. Sorri agradecida por alguns instantes sem saber o que dizer.

- Muito obrigada, er... - será que eu deveria fazer igual a menina do meme e falar qualquer nome com a língua solta?

- Sasori. - ele sorriu mordiscando o lábio lascivamente, o que me fez tremer por dentro. - Sasori Akasuna.

Não me levem a mal. O cara era um gostoso!

- É um prazer. - literalmente.

Ele passou a língua pelos lábios, desviando o olhar para o lado enquanto enfiava as mãos nos bolsos da calça.

- Você seria...?

- Ah! - eu abri a boca enquanto arregalava os olhos, tendo certeza que eu estava mais vermelha que um morango. - S-sakura! - pigarreei. - Meu nome é Sakura. - dei uma risada sem graça querendo morrer por dentro.

Ele estalou língua, chamando a minha atenção.

- Vejamos... Eu realmente não quero ser processado. Então... - ele tirou um papel de sei lá aonde e uma caneta de desenho preta. Anotou algo rapidamente e me entregou o papel dobrado.

- O que?

- Por favor, me mande pelo menos uma mensagem quando estiver melhor. - disse parecendo um pouco envergonhado e eu mordi minha bochecha por dentro, evitando sorrir que nem uma otária. - É sério. - me encarou e eu assenti revirando os olhos.

- Ok, amor. - arregalei os olhos assim que percebi o que eu disse e ele sorriu da forma mais libidinosa que eu havia visto enquanto arqueava a sobrancelha esquerda. Me lembrando MUITO à alguém.

- Amor é? Até breve, amor. - riu em um sopro da minha vergonha e caminhou até o carro, me dando um aceno de cabeça antes de entrar e sumir pelas ruas.

E eu? Queria me jogar no meio da rua e ser atropelada.

Me acostumei a fazer esse tipo de brincadeira com os dois patetas e agora só passo vergonha. Perdi a conta de quantas vezes bati a testa na porta me amaldiçoando, até a minha mãe abrir a porta e quase me deixar cair no chão.

- Nossa achei que tinha um bêbado batendo aqui em casa. - ironizou e eu nem me importei. Apenas me joguei dramaticamente no chão olhando para o teto.

- Mamãe eu quero morrer... - disse e senti algo duro batendo contra a minha barriga.

Olhei para cima vendo um demônio no lugar da gentil Dona Kushina.

- Diz isso de novo e eu mesma te mato! - levantou a colher de pau e eu fechei os olhos teatralmente.

- Faça-o, oh minha carrasca. Aceito até a pior punição pelos meus atos de estupidez.

Apenas senti a mão da ruiva fazendo um carinho nos meus cabelos e abri os olhos novamente, a vendo agachada do meu lado com a feição gentil.

- Isso tem alguma coisa a ver com o bonitão que tava aqui na porta? - perguntou de forma meiga e eu arregalei os olhos.

- Mãe!

- O que?

- Espiar é feio!

Ela revirou os olhos.

- Paquerar na frente de casa também. - rebateu e eu fiz uma careta.

- Nossa, paquerar, palavra de vó. - pontuei.

Mama Kushina fez uma careta.

- Você e Naruto me deixam com os cabelos brancos. - choramingou colocando a mão na testa dramáticamente. Nossa família com certeza tem uma veia para o teatro. - Mas eai, o que ele queria? - perguntou com os olhos brilhando e eu choraminguei.

- Nada demais, mamãe. Eu não prestei atenção andando na estrada depois que briguei com Sasuke e acabei batendo no carro. Ele me trouxe até em casa. Só isso. - disse e eu juro que vi uma barra de carregamento na cabeça da minha mãe.

Assim que voltou a si, me preparei para os gritos.

- ATROPELADA? COMO ASSIM ATROPELADA.

- Não foi nada demais, eu só me ralei um pouquinho...

- NADA DEMAIS? VOCÊ TA COM OS JOELHOS RALADOS, AS COXAS, BRAÇOS... AI MEU DEUS ISSO É UM ARRANHÃO NA SUA CARA? - berrou e eu tentei a acalmar, sem sucesso. - E se você tiver quebrado alguma coisa? - me olhou com os olhos lacrimejantes.

- Se eu tivesse com certeza sentiria, né. Ai! - reclamei ao sentir um tapa na minha barriga.

- Não me responde. - disse e eu fechei o bico. - E por que brigou com o Sasuke? - questionou.

-...

Ficamos em silêncio. Eu encarava ela, ela me encarava. Eu encarava o teto. Depois ela de novo, que estava prestes a surtar.

- POR QUE NÃO ME RESPONDE?

- VOCÊ MANDOU NÃO RESPONDER! - berrei de volta, até que meu pai apareceu alarmado na entrada de casa.

- O que ta acontecendo? - ele estava ofegante, com um taco de baseball na mão.

- NOSSA FILHA VAI MORRER, MINATO! - berrou com lágrimas no seu rosto e eu a encarei com tédio. Papai apenas franziu a testa olhando para meu rosto enquanto eu dava de ombros.

- Eu vou dormir, to cansada. - sorri levemente me levantando e comecei a subir as escadas, ouvindo um "Boa Noite" vindo de papai e uns resmungos preocupados da minha mãe.

Desabei assim que cheguei no meu quarto, me jogando na cama dramáticamente. Encarei aquela foto presa no mural com ódio e lágrimas em meus olhos.

"Chorar não vai resolver nada." disse a mim mesma, me obrigando a virar para o lado e pegar no sono enquanto observava as estrelas no céu.

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PLAY DATE' 𝑺𝒂𝒔𝒖𝒔𝒂𝒌𝒖Onde histórias criam vida. Descubra agora