𝐂𝐡𝐮𝐯𝐚, 𝐄𝐬𝐩𝐢𝐫𝐫𝐨𝐬 𝐄 𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐏𝐫𝐢𝐦𝐚𝐯𝐞𝐫𝐚. pjy + ksn

# 𝐄𝐬𝐬𝐞 𝐩𝐨́𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐨𝐝𝐢𝐨𝐬𝐨... :: ☔︎

— EU AVISEI PARA PEGAR UM GUARDA-CHUVA! — gritou Jay sobre o barulho da chuva forte, enquanto ele e Sunoo iam se abrigar sob um toldo ali por perto.

  Sunoo fez uma careta. Um careta extremamente adorável. Seus cabelos pretos e brilhantes estavam molhados, a franja pingava pelos lados de seu rosto e seu nariz e lábios estava avermelhados. Suas roupas também estavam encharcadas, o moletom rosa clarinho e de tecido fino havia grudado--se ao corpo — mania de usar roupas frescas num dia que indicava que iria esfriar. Uma mania que seu namorado, Park Jay, odiava. Tinha certeza de que no dia seguinte iria ouvir espirros assim que o outro acordasse. E não seria apenas pelo pólen. Kim Sunoo tinha um pequeno probleminha com o pózinho das flores. Uma alergia, que fazia seu nariz coçar e fazia-o espirrar sem parar. Bastava a linda estação chegar. A linda primavera.

  O desabrochar das flores, lindos céus azuis, grama verde. Tudo parecia se colorir, assim como o humor das pessoas na grande cidade de Seoul e nas cidades e países a fora. Quer dizer, com exceção do pequeno e fofo, Kim Sunoo. Jay ficava pensando. Se ele mesmo já era mais teimoso que uma mula, Sunoo era o que? Pensou e negou com a cabeça, dando uma risada discreta enquanto seu gatinho reclamava da sua grande má sorte. No início daquela tarde havia dito para ele levar um casaco, sabia como ele ficava doente fácil.

— Puff — murmurou do nada, chamando a atenção de Sunoo, que olhou-o cerrando os olhos.

— Você estava me ouvindo ou estava me xingando mentalmente de novo, Park Jay? — ele cruzou os braços, encostando-se na parede atrás de si.

  Estranhamente, em quase toda aquela rua, os comércios estavam fechados. Provavelmente deveria ser pelo alerta de tempestade que havia sido expalhado 3 horas antes. E o toldo da loja a qual estavam abrigado não era uma exceção. Através dos pingos grossos de chuva conseguia ver-se algumas luzes ligadas, mas nada além disso.

— Eu não estava te xingando, apenas pensando em como você é estúpido as vezes — o loiro disse, provocadoramente, com um sorriso ladino, e sua pose prepotente só compunha ainda mais o pacote.

— Ah seu— Atchim — e foi interrompido por um espirro. Tão fofo quanto um gatinho.

  Jay não se conteve e riu. E quando viu que Sunoo havia virado-se para si com uma expressão irritada e acompanhada de um olhar mortal, apenas tentou desviar do tapa — cof cof, tapinha, cof cof — que iria levar, soltando uma gargalhada entre um tapa e outro. Sunoo continuo com os tapas, até que o loiro segurou-o pelos braços, imobilizando-o na parede, prendendo seus braços acima da cabeça e... Oh wow, de repente ele se sentiu hipnotizado olhando aquele lindo rostinho úmido.

— Não me olhe assim — o moreno deu uma risada nervosa, vendo Jay com aquele olhar sério que deixava-o sem chão sob seus pés. Tão sexy — como um certo amigo seu diria. — Você sabe que fico nervoso. — e assim como disse, sorriu, claramente nervoso.

  "Tão transparente quando estes pingos que caem ao nosso redor", pensou o Park, negando com a cabeça.

— Tsc tsc — estalou a língua no céu da boca, passando a segurar Sunoo pelos pulsos, e com uma das mãos apenas. — Você fala demais, gatinho.

  "Gatinho" o Kim amava aquele apelido, mas nunca admitiria. Assim como nunca admitiria que Jay lhe tirava o fôlego de todas as formas possíveis.

— Atchim! — Sunoo virou o rosto para o outro lado, e o outro soltou seus braços.

— Certo, nós temos que ir para casa, se não a leve gripe que eu tenho certeza de que você vai pegar, vai se transformar em febre, e eu não quero meu gatinho doente — tateou os bolsos da jaqueta jeans, procurando por seu celular. Chamaria um táxi.