03.

718 94 12
                                    

Boa leitura!

Josh

Acordo com alguém chamando meu nome e pisco um pouco atordoado até começar a raciocinar as coisas.

"Josh!"

"Hun?" Franzo o cenho, olhando ao meu redor e vendo Noah sentado na cama olhando pra mim. "Ah, oi, Noah." Sorri fraco, bocejando. "Desculpa."

"Não se desculpe." Ele suspira. "Onde é o banheiro? Eu preciso muito fazer xixi eu não sei onde é essa coisa." Ele fala inquieto.

"Se você andar nesse corredorzinho vai ter uma porta à esquerda e é o banheiro que usamos."

"Obrigado." Assentiu e foi até lá e eu estiquei os braços, me espreguiçando, e pegando meu celular em baixo do travesseiro, vendo ser 8:45 da manhã.

Mando uma mensagem dando bom dia pra Taylor e Rees, e uma para Krystian.

"Hospitais me deixam na bad." Noah fala quando volta e eu solto uma risada.

"É só nos primeiros dias, logo você se acostuma."

"Eu vou ficar aqui bastante tempo, não vou?" Ele suspira, olhando pro seu colo.

"Não acredito que muito tempo, mas umas boas semanas, yeah... Mas eu posso te mostrar as coisas boas daqui." Sorri.

"O que pode ter de bom em um hospital?" Revira os olhos, dando uma risada cinica. "Já não tem nada na vida inteira, vai se ter em um hospital." Resmunga a última parte e aquilo me deixa indignado.

"Não fala uma coisa dessas, Noah!" Bato na cama. "Eu não sei o que te levou a fazer o que fez, mas posso te garantir que simplesmente não consigo entender."

"Ninguém entende." Ele fala frio, talvez um pouco machucado.

"Eu estou lutando pela minha vida e você quer acabar com a sua." Falo chateado e ele me olha.

"Eu não tenho motivos para não acabar com ela. Aliás, eu só tento tirar ela. Acabada? Já está."

"Noah, sua vida não está acabada." Falo, sentindo um nó na minha garganta. "A vida é valiosa. Cada pequeno detalhe faz ela valer a pena. Sabe o quão dificil é ser diagnosticado com algo que pode te matar, aos seus 17 anos? Sei que não posso comparar meu caso com o seu, são coisas completamente diferentes, mas, porra. E-eu não sei como você não sente prazer em acordar de manhã, respirar fundo, estar em casa, ver o sol ou ouvir a chuva." Meus olhos já estavam marejados a esse ponto. Talvez ninguém nunca vai entender o valor que eu tenho por esses detalhes.

"Não fazem sentido pra mim." Ele diz, sua voz baixa, o olhar mantido em suas pernas cobertas pelo tecido fino do edredom. Nego com a cabeça.

"Noah." O chamo e ele me olha. "Você vai ficar aqui um bom tempo, é melhor se acostumar com isso." Suspiro, levantando da cama e indo até o seu lado. "Levanta." Digo e ele franze o cenho, se colocando de pé em minha frente. "Vou te mostrar as melhores coisas da vida. Talvez não as melhores pra você, mas pequenas coisas que tornam os dias gratificantes e únicos." Respiro fundo. "Receba tudo de mente aberta, absorva tudo, e, mesmo que sequer me conheça, me deixe te ajudar." Eu disse e ele assente devagar.

"Certo, boa sorte com isso."

"Vamos começar do zero."

"Como assim?" Ele questiona e eu sorrio, esticando minha mão pra ele, que a aperta.

"Josh Beauchamp, 19 anos, câncer, bleh." Eu digo eele ri fraco.

"Noah Urrea, 18 e..." Suspira. "Suicida."

Desculpa qualquer erro.

The Greatest Things || N.B Onde histórias criam vida. Descubra agora